HARRY & MEGHAN MARKLE : LIBERDADE A QUE PREÇO ? SEM TÍTULOS REAIS, FORA DA REALEZA E COM O UK CONTRA ELES
O príncipe Harry e Meghan Markle abanaram a Monarquia Britânica no mês de Janeiro ao anunciar que planeavam abandonar o cargo de membros "seniores" da família real, na esperança de se tornarem financeiramente independentes e trabalharem apenas em Part-Time em nome de sua majestade, oscilando a sua vida entre a América do Norte e o Reino Unido.
Embora, a notícia não tenha sido propriamente uma surpresa (durante a sua visita Oficial a Africa os duques já haviam relatado num documentário a sua vulnerabilidade face as câmaras e subsequente desilusão), a verdade, é que, perante o Palácio de Buckingham e Kensington Palace, o anúncio oficial caiu que nem uma bomba: foi feito via redes sociais e sem aviso prévio. A acrescentar a surpresa, simultaneamente, foi lançado um site oficial dos Duques de Sussex, onde os próprios, definiam as suas tarefas, os seus patronatos e o que fariam doravante.
Eles decidiam; não sua majestade, a Rainha!
Desde que o anúncio foi feito; que pretendiam renunciar aos seus papéis como membros da realeza no início do mês de janeiro e trabalhar em prol da rainha, apenas em Part Time, todos os olhos se voltaram para o príncipe Harry e Meghan Markle e muitas questões foram colocadas no ar.
Os Sussex enfrentaram uma onda de ódio, incredulidade e ingratidão por parte do público e chegaram mesmo a abanar os alicerces da realeza, tendo de se desdobrar os Cambridge em visitas oficiais para colmatar a falha dos Sussex. Sendo o Príncipe Harry, extremamente amado por parte dos ingleses, pareceu-lhes terem sido atingidos com uma facada no peito quando este decidiu que partiria para o Canada com a sua esposa e filho devido a intrusão da imprensa britânica (mil vezes apelidada de racista, destrutiva e ofensiva).
Meghan Markle tampouco se dignificou a ficar mais um dia que fosse no país que a recebera de braços abertos, há 21 meses atrás, nada alegando, deixando o Príncipe Harry na frente de combate para negociar os termos do acordo com a sua família real, partido, de imediato, para a Ilha de Vancouver, onde se refugiou ao lado da sua melhor amiga, feita uma criança assustada que foge do papão.
E tinha razões para fugir; os britânicos acusaram-na de uma miríade de nomes, de roubar-lhes o seu príncipe bem-amado, de corromper o seio da monarquia britânica, de envergonhar séculos de história. Não tardou muito até que o desejo dos Duques de viverem uma vida mais livre e pacífica se tenha transformado numa utopia, com jornais diários a colocarem-nos nas suas capas com as palavras “desistentes “e “abandono “lado a lado com os problemas de saúde do Rainha Isabel II e o Príncipe Philips, agravados, agora, pela fuga dos Sussex.
As redes socias também não se mostraram simpáticas para com o casal, atacando-os, sempre que possível a cada post feito na conta de Instagram Sussex.Royal: milhares e milhares de comentários foram erradicados e apagados tal eram os insultos e a agressividade perante o príncipe e a sua esposa, Meghan Markle! Meghan parecia não ter qualquer respeito por parte do publico: não a consideravam mais digna de ser duquesa, chamavam-lhe oportunista, dominadora, manipulativa e uma vergonha, quer para o público britânico, quer para o estudinense que – no fundo – ela estava a representar (a princesa americana)!
O príncipe Harry mostrou-se incrédulo e magoado perante tamanha inusitada agressividade e impropérios perante a sua decisão. Afinal de contas, pretendia continuar o seu trabalho enquanto embaixador do Reino Unido, representante da juventude, Presidente da Commonwealth (da qual Meghan Markle também é Vice-Presidente) e representante oficial de sua majestade em todos os seus patronatos, simplesmente, exigira um pouco mais de independência física e total independência financeira para puder empreender outros projetos noutros países, associar-se a novas causas e comercializar a sua marca Sussex.Royal.
Talvez, a sua exigência mais constrangedora, tenha sido o corte total com a cobertura dos eventos feita pela imprensa britânica (doravante seria ele a escolher os fotógrafos e quem faria parte do quê)!
Logo desde o início, os britânicos decidiram que o seu príncipe de coração, não poderia ter um pé num continente e o outro na sua ilha bem-amada. Uma escolha teria de ser feita! E havia muitas questões burocráticas a serem solucionadas, como a cessação de fundos públicos, restituição de dinheiro caso não pretendessem mais serem fiéis a Coroa, o surripiar dos títulos que ostentavam, erradicação da segurança publica e privada e afins.
Houve conversas com a rainha, o príncipe Carlos e o príncipe William para decidir como o casal seguiria em frente, tornando-se independente financeiramente e dividindo o seu tempo entre os EUA e o Canadá e o Reino Unido e, embora, os comunicados sejam muito polidos, diplomáticos e civilizados, a verdade, é que o príncipe Harry e Meghan Markle sofreram na pele a tomada da sua decisão : Perderam os seus títulos reais, ou seja, mantem o HRH mas não os poderão usar mais, serão simplesmente conhecidos como Harry, Duque de Sussex e Meghan, Duquesa de Sussex, estão interditos de fazer alusão a realeza ou tampouco representar sua majestade, a Rainha Isabel II, perderam alguns patronatos , embora tendo mantendo outros que poderão representar, o príncipe Harry deixou de ser Embaixador da juventude da Commonwealth ( que incluí mais de 53 países ) – um duro golpe – para a realeza, embora ainda não tenham sido anunciados um novo presidente e vice-presidente da Commonwealth , a verdade, é que perante o afastamento de Harry e Meghan parece-me que tal esteja a ser discutido, não voltarão mais a empreender nenhuma Tour Oficial a nenhum outro país, visto que não voltarão a representar a Rainha, não serão mais subsidiados pelos impostos dos Britânicos, terão de devolver os três milhões de Euros envolvidos na renovação da casa de Frogmare ( donde muitos bens já foram levados para o Canada ) e a transição acontecerá oficialmente na primavera !
Não haverá mais Sua Alteza Real, nem mais representações em nome de sua majestade, a Rainha, ou fazendo parte do cerimonial da Família Real; não existirá mais envolvimento militar e tampouco dinheiro público.
Isto é uma abdicação, num certo sentido, da Família Real, semelhante a de Edward VIII em prol de Wallis Simpson ( americana e também solteira) e o público britânico percebeu-o : as americanas voltaram a imiscuir-se na monarquia britânica de uma maneira negativa; Antes da sua ascensão ao trono, Eduardo também havia sido Príncipe de Gales, Duque da Cornualha e Rothesay. Quando jovem, serviu nas Forças Armadas do Reino Unido durante a Primeira Guerra Mundial e realizou várias viagens ao exterior em nome de seu pai, Jorge V.
Eduardo tornou-se rei com a morte de seu pai, no início de 1936, mas mostrou-se bastante impaciente com os protocolos da corte e a sua aparente indiferença para com as convenções constitucionais estabelecidas preocupava os políticos. Com poucos meses de reinado, Eduardo causou uma crise constitucional ao propor casamento à socialite americana Wallis Simpson, divorciada do primeiro marido e em vias de se divorciar do segundo.
Após a sua abdicação por amor, foi-lhe concedido o título de Duque de Windsor, retirou-se para Paris, onde viveu uma vida supérflua ao lado de Wallis, aguardando para todo o sempre o perdão da sua família e a absolvição do povo britânico que jamais chegou.
Devido a sua abdicação, Elizabeth, tornou-se a herdeira oficial do trono; o seu tio enamorado mudou-lhe o destino para sempre e esta tornou-se a soberana de Inglaterra com mais anos no trono.
Harry e Meghan Markle estão agora livres, até certo ponto, de seguirem os seus caminhos. Mas não fazem mais parte dos negócios reais.
As princesas Beatrice e Eugenie, já estão apontadas pela realeza como as próximas a ocupar o lugar de Harry e Meghan, mas os Mountbatten-Windsors que estão sentindo o stress momentaneamente são os príncipes William e Kate Middleton, com a duquesa de Cambridge sentindo a pressão mais do que a maioria. Foi relatado esta semana que uma das principais preocupações de Kate é a sua amizade com o cunhado Harry, de quem sempre foi muito próxima.
Harry é um Ex Príncipe, refugiado na Ilha de Vancouver no Canadá, a mãos com uma série de processos judiciais contra jornais britânicos (um dos quais já perdeu), acompanhado de uma duquesa vanguardista, a self made woman, também a mãos com processos judiciais contra jornais e o seu próprio pai.
Harry que formou uma série de Instituições de Caridade como a Sentebale para ajudar os órfãos de Lesotho, na Africa do Sul, e que lançou os Invictus Games em 2014 , uma espécie de Olimpíadas a nível internacional para veteranos feridos em combate ou em recuperação e tem o seu nome associado a conservação da vida selvagem, numa série de projetos na Namíbia, Tanzânia e Botswana e continuou o trabalho da sua mãe contra o estigma da sida e a erradicação de campos de minas, vê agora o seu nome unicamente associado as entrevistas que – porventura – a sua esposa dará em LA e se esta voltará ou não a representação.
Triste!
Por enquanto, o primeiro emprego de Meghan Markle após sair da família real britânica foi apontado como um reality-show canadiano sobre segundos casamentos, noticia que o‘ New York Post’ avançou este sábado, 1 de fevereiro. “I Do, Redo” é o nome do programa que a Duquesa de Sussex, supostamente, vai protagonizar em conjunto com Jessica Mulroney, estilista de casamentos e melhor amiga de Markle.
Embora tal, já tenha sido desmentido pelo marido de Mulroney, a verdade é que muita gente acreditou na duquesa de Sussex, no seu trabalho e empenho. Harry e Meghan demonstraram serem uma equipa cúmplice, exímia e exemplar capaz de mudar mentalidades e deixar a sua marca nas instituições que representavam e – num ápice – tudo mudou, Meghan, literalmente , fugiu para o Canada para junto da sua melhor amiga e o príncipe Harry foi atrás, acima de tudo, porque trata-se do seu filho, do escrutínio que Harry teme que ele sofra por parte da imprensa britânica , racismo até!
É difícil não nos compadecermos para com Harry!
Mas também é difícil entender a desistência de Meghan Markle, após ter feito votos solenes de fidelidade ante a coroa britânica e a ter representado tão eximiamente, apesar das dificuldades!