A VITÓRIA DE BOLSONARO: BRASIL E ESTADOS UNIDOS RENDEM-SE A INTOLERÂNCIA E A MISOGINIA
Já havia acontecido nos Estados Unidos.
Embora artistas se manifestassem, comícios e debates fossem renhidos e o inacreditável impensável, a verdade, é que a subtil ditadura se impôs no continente americano. Inicialmente, acusou-se uma infração na contagem de votos, corrupção no sistema: Como poderia alguém tão ignóbil tornar-se presidente dos EUA? Contudo, tal aconteceu e foi o povo que o elegeu.
As medidas foram, de imediato, postas em curso. Obama Care abolido, uma série de assinaturas de sobrolho franzido, esgar cerrado, mão pesada e índole arrogante a assinalar a sua chegada: eis que Donald Trump havia subido ao poder, até os Simpson já o haviam pressagiado há uns anos atrás.
Mexicanos rua… constrói-se um novo muro de Berlim! Separa-se a América do México. “Quem foi que teve a ideia idiota de não erguer muros a separar nacionalidades e raças? “
Ontem, o Brasil passou pelo mesmo fenômeno intrigante: a pseuda-ditadura vencia de novo e fora o povo que a elegera!
Deixo-vos aqui um texto que achei de uma pertinência tal face o ocorrido que me é impossível não o partilhar :
" Bolsonaro venceu as eleições, sendo assim, o 42º Presidente do Brasil...
E quem perdeu?
Quem perdeu foi esse Brasil que aprendi a amar.
Venceu a intolerância, a misoginia, a homofobia, o racismo, o autoritarismo, a boçalidade, o preconceito em geral...
Venceu também o "Deus" de Bolsonaro e a sua Bíblia em primeiro lugar.
Em segundo lugar a suposta Constituição que ao seu lado se encontrava, no discurso de vitória, certamente, estripada de algumas páginas fundamentais e a Biografia de Churchill...
Ali estava a Biografia daquele que lutou contra o Nazismo.
Haja "Sacrilégio".
Se a virada tivesse ocorrido, venceria a corrupção, a demagogia de esquerda que tomou conta, durante mais de uma década, do Brasil.
Venceria a suspeita de uma impunidade que poderia salvar Lula da Silva, um passado demagogo, principal responsável pela eleição do senhor Bolsonaro.
Essencialmente venceu o Caos, nestas eleições do Brasil, pois se nada irá ficar igual, depois da eleição de Jair Bolsonaro, também não tenho dúvidas que quem nele hoje votou, lhe irá exigir, de forma intolerante, os demagógicos resultados que tanto prometeu.
"Deus", "Deus" e "Deus", denominador comum nos discursos do novo Presidente Brasileiro, entrou definitivamente na política Brasileira, elevando assim para um patamar transcendental esse destino de uma Nação.
Nas ruas, estarão plasmados os rostos de um Brasil em ferida, num caminho de espinhos tropicais que não irá ter recuo.
O Brasil suicidou-se, amarrado a um discurso agressivo e trauliteiro, preso por entre corruptos e intolerantes.
Sobra-me, assim, a tristeza por esses PSDB, PDT e outros tantos partidos, que ao longo do tempo se demitiram do seu papel político, em nome de interesses maiores...
Maiores do que o País, do destino e do futuro.
E agora lidarão com as populistas consequências dos seus desmandos.
No Brasil não existirá Direita ou Esquerda, mas sim Bolsonaro ou o Anti-Bolsonaro, o mito ou os seus detractores.
O Caos acabará por chegar, com essa intolerância descrita em cada discurso, em cada pedaço de pensamento, de uma maioria desesperada por um Brasil maior.
Este Brasil que zurze por justiça...
Justiça moral e religiosa como garante do seu pensamento, enquanto, Sociedade.
O caos como modo de vida.
E o Caos...
Nunca é boa escolha."
Texto: Filipe Vaz Correia
Texto & Crítica Inicial : Vanessa Paquete 2018 ©
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