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FIFTY SHADES OF VANESSA PAQUETE

FIFTY SHADES OF VANESSA PAQUETE

SEM MEGHAN MARKLE, PRINCÍPE HARRY CHEGA AO UK SOMBRIO E NERVOSO

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O príncipe Harry foi fotografado à chegada a Edimburgo, onde desembarcou exibindo um visual casual, um casaco preto, calças de ganga, sapatos camel e um boné cinzento, triste, gélido, irritável para com os paparazzi e sem um sorriso no rosto.

Já falta pouco para os duques de Sussex abandonarem de vez as suas funções reais, mas até ao próximo dia 31 de março ainda terão que cumprir alguns compromissos. Por esse motivo, nesta terça-feira, dia 25, o príncipe Harry regressou ao Reino Unido, já que o primeiro ato oficial em que participou foi em Edimburgo!

O príncipe Harry participou numa conferência para o seu projeto de turismo sustentável, Travalyst, na quarta-feira, dia 26 de fevereiro. Antes do duque subir ao palco para fazer um discurso, a anfitriã Ayesha Hazarika disse aos delegados: "Ele deixou bem claro que todos devemos chamá-lo de Harry. Portanto, senhoras e senhores, por favor, deem umas boas-vindas escocesas a Harry."

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Sombrio e Desconfiado

O príncipe do povo, outrora tão acarinhado pelos britânicos, vê-se agora, face uma onda de revolta intempestiva, desencadeada pelo seu afastamento da família real e posterior acontecimentos: um anúncio feito via redes sociais e sem aviso prévio; a acrescentar a surpresa, simultânea, do lançamento de um site oficial dos Duques de Sussex, onde os próprios, definiam as suas tarefas, os seus patronatos e o que fariam doravante.

Face o que muitos acharam petulância, a Rainha respondeu:

Perderam os seus títulos reais, ou seja, mantêm o HRH mas não os poderão usar mais, serão simplesmente conhecidos como Harry, Duque de Sussex e Meghan, Duquesa de Sussex, estão interditos de fazer alusão a realeza ou tampouco representar sua majestade, a Rainha Isabel II, perderam alguns patronatos , embora tendo mantendo outros que poderão representar, o príncipe Harry deixou de ser Embaixador da juventude da Commonwealth ( que incluí mais de 53 países ) – um duro golpe – para a realeza, não voltarão mais a empreender nenhuma Tour Oficial a nenhum outro país, visto que não voltarão a representar a Rainha, não serão mais subsidiados pelos impostos dos Britânicos, terão de devolver os três milhões de Euros envolvidos na renovação da casa de Frogmare ( donde muitos bens já foram levados para o Canada ) e a transição acontecerá oficialmente na primavera !

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Sombrio e Zangado/ Antes & Depois

O príncipe Harry, que fez carreira nas Forças Armadas antes de conhecer Meghan Markle, também perdeu alguns dos seus títulos militares (algo que chocou muitos dos britânicos) e a última decisão ocorreu a semana passada , com a Rainha a interditar os Duques de, a partir de 31 de Março , usar a marca 'Sussex Royal', que já haviam registado em junho de 2019 e que era utilizada já na sua conta do Instagram e no site. Isto porque, a partir do momento em que deixam o estatuto de membros seniores da família real britânica, perdem o direito de fazer uso da referência 'royal' que, no Reino Unido, pertence em exclusivo à rainha.

Em resposta, os duques emitiram um outro comunicado que deixou os britânicos de boca aberta.

A gélida declaração de Meghan e Harry mostrava-se petulante fria, arrojada, reivindicativa e legalista como se tivesse sido escrita por dois jovens imiscuídos em sentimentos de mágoa e raiva. Embora, tenham solicitado o afastamento da família real britânica, agora, sentem que foram forçados a fazê-lo, dado que a Rainha e os seus conselheiros lhes impuseram uma linha muito ténue a ser traçada e lhes retiraram, por completo, a possibilidade de direcionar as suas vidas associadas a palavra “real “.

Face tal, alguém, que redigiu o comunicado teve a ousadia de dizer “A rainha não é dona da palavra Royal"o que, novamente, voltou a encolerizar os Britânicos que já acham as suas atitudes, uma vergonha para a coroa britânica e – momentaneamente – gozam todo e qualquer passo que este casal dá, destruindo-os e levando-os ao limite da exaustão.

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Mas os duques, a bem ver, usaram uma expressão de irritação infantil que insulta a pessoa mais admirada na vida pública britânica: a Rainha!

Na verdade, o que se entende na forma como a declaração foi escrita, é que os duques parecem querer frisar que foi "por favor" que deixam de usar a marca no estrangeiro: “nem a Monarquia nem o Governo têm jurisdição sobre o uso da palavra ‘royal’ fora do país” .

Donde nos apareceu este príncipe Harry petulante e desagradável que acusa fotógrafos, imprensa de intervir na sua vida , quando em tempos, tampouco se importava com os fotógrafos reais e era um misto de charme e magia face qualquer câmara? Donde nos apareceu este Harry que – embora- sempre tenha tido as suas querelas com a imprensa – mostrava-se descontraído ante as câmaras, sempre de sorriso aberto e atitude amistosa?

O príncipe Harry sempre foi considerado carismático, afável e intuitivo, um homem de maneiras impecáveis, pleno de consideração para com os outros e iluminado na presença daqueles que precisavam da sua ajuda; um verdadeiro príncipe do povo que congregava multidões em seu redor, reunia afetos e elogios, era defendido pelo povo britânico com garras e dentes, mesmo diante de alguns deslizes e pecadilhos, que eles nunca deixaram de lhe perdoar!

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Hoje, no entanto, Harry parece sombrio e ressentido. O príncipe pede que o tratem apenas por Harry, como se títulos não significassem nada para ele, contudo, no seu site, o próprio site continua a dirigir-se a Meghan e Harry como “suas altezas reais” e no Instagram como os Duques de Sussex. A mensagem é muito ambígua e antagónica, o que faz com que canadianos, britânicos e até estudinenses caíam em cima do casal e transformem o seu Instagram numa praça de enxurrada de insultos, bullying, malcriação e algo absolutamente incrédulo.

As redes socias atacam-nos, sempre que possível, a cada post feito na conta de Instagram Sussex.Royal: milhares e milhares de comentários são erradicados e apagados tal são os insultos e a agressividade perante o príncipe e a sua esposa, Meghan Markle! Meghan parece não ter qualquer respeito por parte do publico: não a consideram mais digna de ser duquesa, chamam-lhe oportunista, dominadora, manipulativa e uma vergonha. Harry, após a sua palestra em Miami, no banco JP Morgan e o seu alegado jantar com a artista porto-riquenha JLO, tem levado com o mesmo tratamento, sendo-lhe exigida a abdicação total dos títulos, uma solicitação de um pedido de desculpas público a sua majestade e o afastamento permanente da família real!

Harry, o príncipe bem-amado a acarinhado da Grã Bretanha transformou-se no bobo da corte – literalmente – da família real. E tampouco o povo britânico ou os jornalistas se importam com o escândalo do príncipe André, porventura, porque os britânicos nunca amaram o príncipe André como amam Harry.

Harry nunca escondeu que estava cansado de se sentir preso no 'aquário' da fama e que preferia morar em África, ajudando a salvar animais em extinção. Harry é no coração uma alma gentil que valoriza a privacidade, mas que foi-se aperfeiçoando nos últimos anos no seu papel de príncipe. A certa altura, chegou a dizer que considerava abandonar a vida real devido as pressões existentes e toda a atenção inerente.

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Contra isso, nada poderíamos fazer. Todavia, Harry fê-lo de uma maneira impulsiva, intempestiva, imiscuído em projetos escondidos , a par com a sua esposa, cortejando publicidade, não abdicando dos policiais da Scotland Yard -algo que tanto o povo britânico lhes atira a cara – e apresentando-se como uma vitima (conjuntamente com a sua esposa) de um presumível país racista, não tolerante , perseguidor e horrível, quando, na realidade, os britânicos sempre foram os seus maiores defensores e sua majestade, a rainha, uma rocha para o jovem duque.

Face tal explosão, Harry parece ter uma estalactite cravada no seu peito, fruto dos queixumes de Meghan Markle, que quis largar tudo, numa atitude absolutamente impulsiva, sem olhar para trás ou para o país que a acolheu como uma lufada de ar fresco para a monarquia.

Harry transformou-se num ser gelado, zangado e indiferente àqueles que o amam e também são a sua família.

Nas próximas semanas, os Sussexes cumprirão os seus deveres reais, antes de se emanciparem oficialmente a 31 de março. Ainda não foi confirmado quando Meghan voltará para o Reino Unido, mas deve comparecer ao Endeavor Fund Awards com o marido a 5 de março.

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Design de Flyers: Vanessa Paquete 2020 ©
Texto & Crítica: Vanessa Paquete 2020 ©
Fontes/ Sources: CARAS PORTUGAL, TOM BRADLEY © ANGELA LEVIN ©
Fotos Principais: Todos os Direitos de Autor Pertencem aos Respetivos Fotógrafos ©
Getty Images ©
Pinterest ©
Sussex.Royal.com ©

 

FLAMENCO NA I EDICÃO DA DESIFOTO LISBOA 2014

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A Desifoto Lisboa foi criada em inícios do ano de 2014 com o intuito de dar a promover uma amálgama de artes num só dia com o objetivo de dar a conhecer o trabalho de toda a gente, desde fotógrafos a modelos, make-up artists, estilistas, cabeleireiros etecetera.

A primeira Edição decorreu no Castelo de Palmela num dia sombrio e cinzento onde a chuva ameaçava arruinar por completo o Evento. Todavia, a energia dos modelos, a boa disposição dos fotógrafos e de todos os parceiros que nos acompanharam e se juntaram a nós fizeram daquela I Edição um dia memorável que nos ajudou a ganhar confiança para prosseguir com o sonho e começar já a planear-se a II Edição.

Na I Edição da Desifoto Lisboa no Castelo de Palmela, vários modelos juntaram-se para representarem variadíssimos estilistas e casa de roupa. Tivemos a sorte de conseguir congregar e fazer uma boa simbiose entre o Norte e o Sul do país, visto que vários fotógrafos e modelos da região Norte do país contribuíram com a sua boa energia e boa disposição, bem como profissionalismo para que o Evento se transformasse numa miríade de estilos bem diversificados.

A dança ficou a cargo da Escola de Flamenco de Sofia Abraços, algo que ambicionávamos muito e conseguimos realizar, presenteando assim os fotógrafos com um extra bónus que eles não estavam à espera: FLAMENCO para fotografarem!

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O meu primeiro contacto com esta linda forma de arte aconteceu a dois passos da catedral de Sevilha e também devido a forte ligação do Filipe à Espanha (residiu em Madrid alguns anos). O Filipe já era um enamorado convicto desta arte tão enigmática. Habituadíssimo a andar pela Andaluzia, foi lá que caiu de amores – por assim dizer – pelas bailarinas de flamenco. Antes do espetáculo iniciar-se, diante da catedral de Sevilha, ficamos a saber um pouco mais sobre esta música/dança que mistura influências ciganas, árabes e judaicas:

Ficamos a saber que, na sua forma original, o flamenco contava somente com a voz, um grito primitivo acompanhado pelo ritmo batido numa tábua de madeira.  Ficamos a saber ainda que existem vários ritmos ou estilos, por vezes contrastantes, que foram beber inspiração ao folclore andaluz, à música caribenha e aos ritmos africanos.

Os vestidos também mudam, ao sabor da emoção de cada dança. Há vestidos de caudas tão longas que batem no rosto dos espectadores, nos rodopios mais frenéticos. E depois há os acessórios, que acrescentam sempre algo surpreendente: um leque, um xaile, as castanholas…

Também conhecido como "cante jondo", o flamenco é uma arte capaz de transmitir todo o tipo de sentimentos através de movimentos suaves, mas firmes e marcados, a intensidade das vozes dos seus cantores e o simples tocar de um violão.

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No Castelo de Palmela, a nossa ambição parecia desmesurada; sem um palco apropriado (estrado) para os sapatos puderem implementar o seu ritmo, com um dia a avizinhar chuva e os fotógrafos céticos e inquietos e eu a roer as unhas, Sofia chegou por volta das 17:30 a Suite da Pousada do Castelo (onde residiam os bastidores) com um grupo enorme, várias malas, crianças, imponente, altiva e muito hispânica, devo dizer! Sofia tem uma formação de 15 anos em Flamenco, Escuela Bolera, Sevilhanas e Danças Regionais espanholas com Celia Neves, na Escola de Ballet Clássico Espanhol Celia Neves em Lisboa (1977-1992).

Em 1985, frequenta a Royal Academy of Dance (em Londres) e em 1993 forma-se em dança pela Escola Superior de Dança de Lisboa. Para além de Celia Neves, estudou também com Carlos Benavides (bailarino do Ballet Nacional de Espanha) durante 5 anos e com Ana M ª Martínez entre 1997 e 2007. Estudou intensamente em Lisboa e Sevilha com artistas de renome, tais como como Antonio Perez (também bailarino do Ballet Nacional de Espanha), Natcho Blanco, Rosario Peinado, Costi "El Chato", Maribel "La Zambra", Gracia Diaz, Carmen Mesa e Devla Amaya.

Como tal, imaginam o quanto sustivemos o fôlego.

Música de violões, cantos roucos, palmas, castanholas e dança – os principais ingredientes do flamenco não mudaram nos dois últimos séculos. O jogo de pés é relativamente recente: o sapateado só foi introduzido há 100 anos. Para muitos “gitanos” e “payos” (não ciganos), o flamenco não é apenas folclore, mas um estilo de vida e uma importante forma de arte. Sofia chegou com vestidos garridos, xailes, chapéus, castanholas e um ritmo frenético, Muitos leques, sapateado (ainda que não tivesse o estrado, algo que corrigimos em 2016) e muita posse: O flamenco é uma arte altiva, vem-lhes da alma, corre-lhes no sangue, sentimo-la no chão, no baloiçar das mãos, no premir feroz das castanholas, no olhar que espreita incisivo por entre os leques. O flamenco é fogo e cheio de matizes vermelhas, cor de sangue e rosa fogo. Nunca tinha visto nada igual!

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Sofia Abraços foi uma das grandes convidadas da I Edição da Desifoto Lisboa e resultou tão bem ao ponto de regressar para a III Edição no Bacalhoa Buddha Éden, em 2016!

O bairro de Triana viu nascer e crescer alguns dos dançarinos e cantores mais importantes do mundo do flamenco e se vocês quiserem conhecer mais sobre esta arte, têm a opção de visitar o Museu do Baile Flamenco em Sevilha, apesar de que acredito que a melhor forma de conhecê-lo é desfrutando da arte em estado puro e ir a um dos seus espetáculos, ou então desfrutar das várias fotografias que os fotógrafos da Desifoto Lisboa captaram.

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Design de Flyers: Vanessa Paquete 2020 ©

Texto & Crítica: Vanessa Paquete 2020 ©

Fotos Principais: Todos os Direitos de Autor Pertencem ao Respetivo Tiago Sequeira ; José António Marques; Paulo Homen De Melo; Ricardo Tavares ©

Modelos: Escola Sofia Abraços

Página Facebook Sofia Abraços

NOVO ÁLBUM DOS COLDPLAY: EVERYDAY LIFE SOB O AMANHECER E O ENTARDECER DE AMÃ NA JORDÂNIA - MUSIC IS THE WEAPON OF THE FUTURE

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Atrasada, mas sempre PRESENTE!

Os Coldplay são como um abraço reconfortante!

Uma banda que aprendemos a apreciar com os seus riffs de guitarra, em simultâneo, tocados com suavidade e firmeza. A voz do vocalista Chris Martin é frágil e encorajadora, como um abraço. Uma de suas letras mais memoráveis ​​diz: "Vou tentar consertar-te". E Chris está mesmo a falar a sério, dado que a música até foi escrita para Gwen Paltrow quando o seu pai faleceu. "Fix You" é um dos zénites de cada concerto desta banda britânica quando tocada em palco, contudo, os Coldplay são uma miríade de zénites e hits em cada concerto (como pequenos fogos de artifícios a serem lançados ininterruptamente). A banda é mesmo um “Firework”!

Quando os Coldplay anunciaram no ano passado o seu novo CD há muito aguardado “Everyday Life”, a banda mencionou que seria um álbum duplo (com Sunrise e Sunset), mostrando um lado mais "experimental" da banda, já antecipando a ansiedade dos fãs. E realmente os Coldplay surpreenderam os fãs, mas não da maneira que a maioria teria assumido.

O oitavo álbum de estúdio dos Coldplay explora temas completamente diferentes do "A Head Full of Dreams", de 2015, mergulhado numa infusão de sintetizadores cativantes e que levou à sua enorme turnê mundial em 2016-2017. O "Everyday Life" revisita o catálogo anterior do Coldplay, retomando às suas origens, com o seu som de guitarras suaves, melodias evocativas de piano e vocais melancólicos e vibrantes. Mas, curiosamente, inverte a extroversão dos álbuns precedentes onde o otimismo persistia, bombardeando-nos com alegria e positividade. No "Everyday Life", a banda aborda questões sérias e pertinentes do mundo em que vivemos, como o controlo de armas e a brutalidade policial, além de algumas faixas familiares que exploram relacionamentos (para ser honesta, não muitas). O álbum é brutalmente introspetivo, espiritual e – pasmem-se, religioso! É gratificante ver os Coldplay, finalmente, saírem do seu estereótipo de álbuns otimistas para algo mais cru e, por falta de um termo melhor, mais parecido com o "início do Coldplay", que alguns fãs desejam tão abertamente.

Outros, decerto não entenderam a mensagem da banda!

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Há muito que os Coldplay fugiam da excelência sonolenta e triste do "Parachutes" de 2000.

Os Coldplay são uma banda que se foi sempre reinventando em cada álbum para sonoridades mais apelativas e pop. "A Rush of Blood to the Head", de 2002, aumentou as guitarras; O "X&Y" de 2005 elevou a atmosfera e as sonoridades teatrais de guitarra pós-punk em preparação para o golpe de gênio de 2008 "Viva La Vida", para o qual convocaram o lendário Brian Eno ( conhecido como o 5 elemento dos U2 ) O "Mylo Xyloto" de 2011 inclinou-se demais para a eletrônica e o "Ghost Stories" de 2014 corrigiu em demasia o enjoativo entusiasmo do álbum anterior ao passar para a folktrônica silenciosa .

Um ano depois, "A Head Full of Dreams" equilibrou novamente o som da banda, misturando os sons folclóricos, pop, eletrônicos e pós-punk dos álbuns anteriores em um caleidoscópio de cores que nunca deixou de agradar o público.

Embora seja chamado de álbum duplo, o "Everyday Life" é mais curto que o "X&Y" e "A Rush of Blood". As suas 18 músicas passam num piscar de olhos, porque os Coldplay redescobriram a brevidade. Muitas parecem esboços, anotações de voz e performances puramente acústicas e a solo e que funcionaram maravilhosamente bem ao vivo na Jordânia; a maioria dos temas é construído em menos de três minutos, e apenas alguns aparecem como tarefas de banda completa, a um ponto que faz com que os singles pareçam dissonantes. Porém, o lançamento do álbum na cidadela de Amã, na Jordânia, revelou-se eficaz e um momento único de catalisador espiritual. Tudo funcionou melhor ao vivo na Jordânia, em comparação com o álbum de estúdio, que parece perder a mística da sonoridade envolvente. Teria sido melhor se a gravação na Jordânia tivesse sido lançada enquanto álbum, mas isso não aconteceu e temos o álbum de estúdio!

Pessoalmente, cinjo-me a gravação do YOUTUBE ao vivo na cidadela de Amã na Jordânia!

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O álbum cobre muito terreno e é verdadeiramente ambicioso e eclético. Começando pelo nascer do sol, literalmente, “Sunrise”, a faixa instrumental de abertura, é uma abertura orquestral lindamente avassaladora que parece ser o clímax de um filme vencedor de um Óscar (escutem-na ao vivo na própria capital da Jordânia com o sol a espreitar por entre os prédios de Amã, garanto-vos, é algo reflexivo e inspirador). "Sunrise" desvanece-se na segunda faixa, com Chris Martin a beijar o solo da cidadela e a entoar "Church" com Norah Shaqur, uma música ambiente descontraída e lindíssima com acordes de guitarra místicos e algo orientais sobre encontrar salvação numa outra pessoa.


A banda torna-se política com o solene “Trouble in Town”, baseado em acordes de piano e num baixo, onde se aborda o racismo e a brutalidade policial de um incidente em Filadélfia enquanto uma gravação do policial Philip Nace a assediar um civil negro chega a um final instrumental explosivo. Fantástico de se ver, enquanto o Sol se ergue na cidade de Amã, na Jordânia, e Chris Martin grita “Go Johnny, go go Johnny, go Johnny, go “. Os Coldplay estão a lembrar-nos – finalmente – que vivemos num mundo cinzento, cheio de dicotomias, mergulhado em guerras de raças e credos. É um álbum político e espiritual; a nossa vida quotidiana é perturbada pelo estado consternado dos assuntos que afligem o nosso mundo, mergulhado cada vez mais em divisões e escuridão.

Conforme observado nas notas principais, o produto da música vai para The Innocence Project e The African Children's Feeding Scheme. Uma alusão semelhante à raiva é encontrada na faixa de guitarra em ritmo acelerado “Guns”, onde Martin aborda a necessidade do controle de armas nas letras.

A música que se segue, "Broken", junta Chris Martin com um coro gospel que ecoa uma prece em busca de orientação no meio da turbulência existencial, evocando o Evangelho.

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"Arabesque" é um tema bem diferente e um dos melhores momentos da carreira da banda, um momento construído sob a base de um esboço que sobrou das sessões do álbum “ Viva La Vida “ onde Brian Eno mandou Chris Martin sair do estúdio enquanto ele ensinava a banda a empreender um verdadeiro ritmo avassalador ( Chris não deve ter gostado ), todavia, “ Arabesque “ é a peça central indiscutível do álbum. O tema fala, mais uma vez, da justiça social, mergulha na música étnica negra, no jazz e na indignação política de uma raça. "Arabesque" transmite uma mensagem de paz através de um ritmo solto de Afrobeat e arranjos requintados do veterano da música nigeriana Fela Kuti e o seu filho Made. (Fela Kuti aparece através de uma amostra do documento biográfico póstumo Music is the Weapon, unindo três gerações da família em uma música).

E partilhamos o mesmo sangue! “

. "Daddy" e "Old Friends" são baladas de destaque, com vocais quase sussurrados que pintam histórias sonhadoras de amor e perda. "Daddy" é uma faixa de piano emocional comovente, escrita do ponto de vista de uma criança. "Old Friends" conta a história de um amigo perdido há muito tempo, com acordes leves acompanhando os vocais calmos de Chris.

 “Orphans” é maravilhoso; foi escrito pelos filhos de Martin e baseia-se na história de adolescentes refugiados que apenas desejam voltar a ter uma vida normal , é uma faixa que parece projetada com o propósito expresso de dar aos fãs algo para cantar nos espetáculos, o óbvio momento de Max Martin que todo o álbum pop anseia, mas, a verdade é que “ Orphans “ é genuinamente contagiante, eletrificante e lindo de se ver ao vivo na Jordânia quando os jovens se juntam a Chris : um momento de pura felicidade e luz no meio de um ambiente sombrio e desconcertante.

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"Èkó" celebra a beleza de áfrica, enquanto “Cry, Cry, Cry “entra, novamente, nos ritmos and blues, o que talvez deixe os fãs algo desconcertados! “When I Need A Friend “é uma prece pungente apoiada por um cântico gregoriano de nos levar as lágrimas! Os Coldplay não fizeram este álbum para o apresentar em estádios ao mundo como os antecedentes. Na realidade, anunciaram mesmo que não haveria qualquer turnê pois estavam à procura de uma maneira ecológica de fazer uma turnê sem prejudicar o meio ambiente. Para além de uma consciencialização meio-ambiental, os Coldplay trouxeram para este álbum vozes de outras culturas, contribuições de músicos e corais britânicos, vocais do cantor belga Stromae, uma homenagem ao poeta iraniano Saadi e uma música do falecido cantor e compositor escocês Scott Hutchinson.

Everyday Life é um álbum mais calmo e íntimo, o que não é uma coisa má, muito pelo contrário. Isso mostra que a banda é capaz de fazer música significativa sem sintetizadores e pirotecnia gigantes, como fizeram no passado. Os Coldplay querem que nós saibamos que eles se importam com as causas sociais, com o aspecto mais dúbio e negro da alma e que eles não vão lançar apenas hits pop-synth (embora nós os amemos) para contrapor a desordem social em que vivemos. Os Coldplay quiseram tocar na ferida, abrir consciências, experimentar novas sonoridades e arriscar num terreno em que poderiam perder fãs e eu aplaudi e aprovei!

É um álbum que junta religiões: a islâmica e a católica! Ouvem-se cânticos islâmicos enquanto Chris Martin finaliza a faixa título do álbum com “Aleluia, aleluia, aleluia “ na Jordânia, que até ganhou o único concerto internacional deste álbum na cidadela.

Viva La Vida Coldplay; vocês fizeram-no: o álbum da vossa carreira!

Só não sei se os fãs o entenderam…

Faixas a não perder em absoluto:

Church

Trouble In Town

Daddy

Arabesque

Orphans

Everyday Life

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Texto & Crítica: Vanessa Paquete 2020 ©
Fontes/ Sources: FOX NEWS, BBC, BBC ONE, Rolling Stone©
Fotos Principais: Todos os Direitos de Autor Pertencem aos Respetivos Fotógrafos ©
Getty Images ©
Pinterest ©
 

 

 

SETÚBAL: PRAIA DE ALBARQUEL E O SEU POR DO SOL

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Falar na Serra da Arrábida é pronunciarmo-nos acerca de um paraíso na terra, ainda algo desconhecido para os portugueses.

Estando a morar, há alguns anos, em Setúbal, não me passou ao lado a beleza desta região que em tudo contrasta com a ferocidade dos mares do Norte (Matosinhos e Leça da Palmeira).

A Arrábida é uma zona (ainda) privilegiada; rodeada por um mar transparente verde safira ou azul lis, nesta altura, em que tanto somos acometidos por vários incêndios que vão devastando a nossa área florestal, a Serra da Arrábida coabitando lado a lado com o mar (cenário único em Portugal) é um sítio verdadeiramente abençoado.

Bocage dizia: “Setúbal é um cagalhão servido numa bandeja de prata”. A escolha das palavras é da inteira responsabilidade do poeta mais famoso da região, mas consigo compreender o que elas querem dizer. Entre o azul do rio Sado e o verde da serra da Arrábida, Setúbal nasceu num cenário quase perfeito.

E é exactamente nesse cenário que se encontra a praia de Albarquel!

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Situada no sopé da serra da arrábida, esta praia tem um extenso areal onde podem estender a vossa toalha e desfrutar do sol;  uma praia que poderia ocupar o lugar que já teve, a 5 min da cidade e com uma vista deslumbrante sobre a cidade, troia e a serra, no entanto falta-lhe as estruturas de apoio e o estacionamento, a estrada é má e a mata à volta não está arranjada, no entanto é um luxo para algumas pessoas desfrutarem de praia e serra ao final de um dia de trabalho.

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Uma praia para apreciadores do nascer do sol na praia também. Excelente para fotógrafos. Praia com rochas de uma beleza indescritível.

Tem um areal extenso, delimitado a poente por uma saliência rochosa da falésia de formato invulgar. Do lado nascente, está delimitada por um pontão e pelo Forte de Albarquel. Deste local, é possível apreciar de posição vantajosa a vista sobre a Península de Troia, do outro lado do rio Sado.

Foi limpa no início do século XXI e a sua procura tem sido crescente nos últimos anos, tanto de nacionais como por estrangeiros, particularmente europeus comunitários. Mais recentemente foi feito um jardim antes do areal, num espaço onde anteriormente se encontrava o antigo parque de campismo de Setúbal, conhecido por "Toca do Pai Lopes". A praia é banhada pelo estuário do Sado e a qualidade da água é considerada excelente, comprovada pelas análises frequentes efetuadas pelas entidades competentes. A sua água rivaliza com as temperaturas das águas das praias do Algarve, sendo que facilmente se encontram temperaturas entre os 20ºC e que poderão chegar aos 23ºC.

Praia de águas calmas, é recomendável principalmente a famílias com crianças de tenra idade. O facto de ser uma praia vigiada acrescenta uma maior segurança a quem a visita. A praia de Albarquel é o sítio perfeito para se relaxar , meditar ao por do sol e fotografar , fotografar muito...

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Não importa o quão difícil tenha sido o nosso dia, não abrimos sempre um sorriso ao ver um pôr do sol a enfeitar o céu e a iluminar mo nos. O coração enche-se de gratidão ao observarmos aquela paisagem e percebemos que a natureza surpreende-nos todos os dias.

Esse momento merece ser registrado em fotografias e as cores do céu deixam-nas ainda mais lindas.

Diariamente um pôr do Sol lhe é oferecido para refletir e virar as páginas de sua vida. Use-o como um ritual. Revise-se, repasse suas decisões e pensamentos… e siga em frente!

Baudelaire Guinevere

Quando preciso de luz, com certeza, é atrás do sol que eu vou! Ele ilumina a minha alma, aquece o meu corpo e dá-me toda a energia que preciso para continuar.

Já procurei muito, mas sei que energia melhor jamais vou encontrar.

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Texto & Crítica: Vanessa Paquete 2018  ©

Fotos: Vanessa Paquete ©
Flyers: Vanessa Paquete

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PRINCÍPE HARRY PERDE TODOS OS SEUS TÍTULOS MILITARES EM PROL DE MEGHAN MARKLE

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O príncipe Harry, que fez carreira nas Forças Armadas antes de conhecer Meghan Markle,  perderá os seus títulos militares (algo que chocou muitos dos britânicos). Harry desfrutou de 10 anos no exército, saindo em 2015. Durante os seus 10 anos nas Forças Armadas, ele subiu no ranking e ocupou o posto de capitão devido a seu serviço, recebendo a insígnia de Capitão de Wales (título herdado do seu avô). No entanto, ele também recebeu um conjunto de outros títulos como membro da Família Real: a acrescentar a tal também era o capitão-geral dos fuzileiros navais reais, o comandante honorário da Força Aérea Real Huntington e o comandante em chefe de pequenos navios e mergulho; como perdeu o príncipe Harry os seus títulos?

A Rainha Isabel II é chefe das forças armadas do Reino Unido e como tal pode retirar a Harry os seus títulos. Quando se diz que a conversa foi diplomática, custa muito a acreditar, dado que Meghan Markle nunca mais regressou ao Reino Unido e Harry parece ter sido punido e despojado daquilo que mais se orgulhava: os seus títulos militares!

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A classe de títulos como nomeação militar e nomeação real é parte de deveres oficiais, que Harry não desempenhará mais. Como tal, ele não terá mais os seus títulos, conforme revelado pelo Palácio de Buckingham em comunicado. Parte do acordo estipula que o príncipe Harry não poderá usar mais o seu uniforme e tampouco representar eventos militares, pois a tradição impede que cidadãos comuns o façam.

O comentarista real da Sky News, Alastair Bruce, comentou que a decisão da rainha de despojar o duque e a duquesa de seus títulos e patronatos revelou o seu “punho de ferro".

Não haverá mais Sua Alteza Real, nem mais representações em nome de sua majestade, a Rainha, ou fazendo parte do cerimonial da Família Real; não existirá mais envolvimento militar e tampouco dinheiro público.

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Design de Flyers: Vanessa Paquete 2020 ©
Texto & Crítica: Vanessa Paquete 2020 ©
Fontes/ Sources: FOX NEWS, BBC, BBC ONE, TOM BRADLEY © ANGELA LEVIN ©
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HARRY & MEGHAN MARKLE : LIBERDADE A QUE PREÇO ? SEM TÍTULOS REAIS, FORA DA REALEZA E COM O UK CONTRA ELES

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O príncipe Harry e Meghan Markle abanaram a Monarquia Britânica no mês de Janeiro ao anunciar que planeavam abandonar o cargo de membros "seniores" da família real, na esperança de se tornarem financeiramente independentes e trabalharem apenas em Part-Time em nome de sua majestade, oscilando a sua vida entre a América do Norte e o Reino Unido.

Embora, a notícia não tenha sido propriamente uma surpresa (durante a sua visita Oficial a Africa os duques já haviam relatado num documentário a sua vulnerabilidade face as câmaras e subsequente desilusão), a verdade, é que, perante o Palácio de Buckingham e Kensington Palace, o anúncio oficial caiu que nem uma bomba: foi feito via redes sociais e sem aviso prévio. A acrescentar a surpresa, simultaneamente, foi lançado um site oficial dos Duques de Sussex, onde os próprios, definiam as suas tarefas, os seus patronatos e o que fariam doravante.

Eles decidiam; não sua majestade, a Rainha!

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Desde que o anúncio foi feito; que pretendiam renunciar aos seus papéis como membros da realeza no início do mês de janeiro e trabalhar em prol da rainha, apenas em Part Time, todos os olhos se voltaram para o príncipe Harry e Meghan Markle e muitas questões foram colocadas no ar.

Os Sussex enfrentaram uma onda de ódio, incredulidade e ingratidão por parte do público e chegaram mesmo a abanar os alicerces da realeza, tendo de se desdobrar os Cambridge em visitas oficiais para colmatar a falha dos Sussex. Sendo o Príncipe Harry, extremamente amado por parte dos ingleses, pareceu-lhes terem sido atingidos com uma facada no peito quando este decidiu que partiria para o Canada com a sua esposa e filho devido a intrusão da imprensa britânica (mil vezes apelidada de racista, destrutiva e ofensiva).

Meghan Markle tampouco se dignificou a ficar mais um dia que fosse no país que a recebera de braços abertos, há 21 meses atrás, nada alegando, deixando o Príncipe Harry na frente de combate para negociar os termos do acordo com a sua família real, partido, de imediato, para a Ilha de Vancouver, onde se refugiou ao lado da sua melhor amiga, feita uma criança assustada que foge do papão.

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E tinha razões para fugir; os britânicos acusaram-na de uma miríade de nomes, de roubar-lhes o seu príncipe bem-amado, de corromper o seio da monarquia britânica, de envergonhar séculos de história. Não tardou muito até que o desejo dos Duques de viverem uma vida mais livre e pacífica se tenha transformado numa utopia, com jornais diários a colocarem-nos nas suas capas com as palavras “desistentes “e “abandono “lado a lado com os problemas de saúde do Rainha Isabel II e o Príncipe Philips, agravados, agora, pela fuga dos Sussex.

As redes socias também não se mostraram simpáticas para com o casal, atacando-os, sempre que possível a cada post feito na conta de Instagram Sussex.Royal: milhares e milhares de comentários foram erradicados e apagados tal eram os insultos e a agressividade perante o príncipe e a sua esposa, Meghan Markle! Meghan parecia não ter qualquer respeito por parte do publico: não a consideravam mais digna de ser duquesa, chamavam-lhe oportunista, dominadora, manipulativa e uma vergonha, quer para o público britânico, quer para o estudinense que – no fundo – ela estava a representar (a princesa americana)!

O príncipe Harry mostrou-se incrédulo e magoado perante tamanha inusitada agressividade e impropérios perante a sua decisão. Afinal de contas, pretendia continuar o seu trabalho enquanto embaixador do Reino Unido, representante da juventude, Presidente da Commonwealth (da qual Meghan Markle também é Vice-Presidente) e representante oficial de sua majestade em todos os seus patronatos, simplesmente, exigira um pouco mais de independência física e total independência financeira para puder empreender outros projetos noutros países, associar-se a novas causas e comercializar a sua marca Sussex.Royal.

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Talvez, a sua exigência mais constrangedora, tenha sido o corte total com a cobertura dos eventos feita pela imprensa britânica (doravante seria ele a escolher os fotógrafos e quem faria parte do quê)!

Logo desde o início, os britânicos decidiram que o seu príncipe de coração, não poderia ter um pé num continente e o outro na sua ilha bem-amada. Uma escolha teria de ser feita! E havia muitas questões burocráticas a serem solucionadas, como a cessação de fundos públicos, restituição de dinheiro caso não pretendessem mais serem fiéis a Coroa, o surripiar dos títulos que ostentavam, erradicação da segurança publica e privada e afins.

Houve conversas com a rainha, o príncipe Carlos e o príncipe William para decidir como o casal seguiria em frente, tornando-se independente financeiramente e dividindo o seu tempo entre os EUA e o Canadá e o Reino Unido e, embora, os comunicados sejam muito polidos, diplomáticos e civilizados, a verdade, é que o príncipe Harry e Meghan Markle sofreram na pele a tomada da sua decisão :   Perderam os seus títulos reais, ou seja, mantem o HRH mas não os poderão usar mais, serão simplesmente conhecidos como Harry, Duque de Sussex e Meghan, Duquesa de Sussex, estão interditos de fazer alusão a realeza ou tampouco representar sua majestade, a Rainha Isabel II, perderam alguns patronatos , embora tendo mantendo outros que poderão representar, o príncipe Harry deixou de ser Embaixador da juventude da Commonwealth ( que incluí mais de 53 países ) – um duro golpe – para a realeza, embora ainda não tenham sido anunciados um novo presidente e vice-presidente da Commonwealth , a verdade, é que perante o afastamento de Harry e Meghan parece-me que tal esteja a ser discutido, não voltarão mais a empreender nenhuma Tour Oficial a nenhum outro país, visto que não voltarão a representar a Rainha, não serão mais subsidiados pelos impostos dos Britânicos, terão de devolver os três milhões de Euros envolvidos na renovação da casa de Frogmare ( donde muitos bens já foram levados para o Canada ) e a transição acontecerá oficialmente na primavera !

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Não haverá mais Sua Alteza Real, nem mais representações em nome de sua majestade, a Rainha, ou fazendo parte do cerimonial da Família Real; não existirá mais envolvimento militar e tampouco dinheiro público.

Isto é uma abdicação, num certo sentido, da Família Real, semelhante a de Edward VIII em prol de Wallis Simpson ( americana e também solteira) e o público britânico percebeu-o : as americanas voltaram a imiscuir-se na monarquia britânica de uma maneira negativa; Antes da sua ascensão ao trono, Eduardo também havia sido Príncipe de Gales, Duque da Cornualha e Rothesay. Quando jovem, serviu nas Forças Armadas do Reino Unido durante a Primeira Guerra Mundial e realizou várias viagens ao exterior em nome de seu pai, Jorge V.

Eduardo tornou-se rei com a morte de seu pai, no início de 1936, mas mostrou-se bastante impaciente com os protocolos da corte e a sua aparente indiferença para com as convenções constitucionais estabelecidas preocupava os políticos. Com poucos meses de reinado, Eduardo causou uma crise constitucional ao propor casamento à socialite americana Wallis Simpson, divorciada do primeiro marido e em vias de se divorciar do segundo.

Após a sua abdicação por amor, foi-lhe concedido o título de Duque de Windsor, retirou-se para Paris, onde viveu uma vida supérflua ao lado de Wallis, aguardando para todo o sempre o perdão da sua família e a absolvição do povo britânico que jamais chegou.

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Devido a sua abdicação, Elizabeth, tornou-se a herdeira oficial do trono; o seu tio enamorado mudou-lhe o destino para sempre e esta tornou-se a soberana de Inglaterra com mais anos no trono.

Harry e Meghan Markle estão agora livres, até certo ponto, de seguirem os seus caminhos. Mas não fazem mais parte dos negócios reais.

As princesas Beatrice e Eugenie, já estão apontadas pela realeza como as próximas a ocupar o lugar de Harry e Meghan, mas os Mountbatten-Windsors que estão sentindo o stress momentaneamente são os príncipes William e Kate Middleton, com a duquesa de Cambridge sentindo a pressão mais do que a maioria. Foi relatado esta semana que uma das principais preocupações de Kate é a sua amizade com o cunhado Harry, de quem sempre foi muito próxima.

Harry é um Ex Príncipe, refugiado na Ilha de Vancouver no Canadá, a mãos com uma série de processos judiciais contra jornais britânicos (um dos quais já perdeu), acompanhado de uma duquesa vanguardista, a self made woman, também a mãos com processos judiciais contra jornais e o seu próprio pai.

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Harry que formou uma série de Instituições de Caridade como a Sentebale para ajudar os órfãos de Lesotho, na Africa do Sul, e que lançou os Invictus Games em 2014 , uma espécie de Olimpíadas a nível internacional para veteranos feridos em combate ou em recuperação e tem o seu nome associado a conservação da vida selvagem, numa série de projetos na Namíbia, Tanzânia e Botswana e continuou o trabalho da sua mãe contra o estigma da sida e a erradicação de campos de minas, vê agora o seu nome unicamente associado as entrevistas que – porventura – a sua esposa dará em LA e se esta voltará ou não a representação.

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Triste!

Por enquanto, o primeiro emprego de Meghan Markle após sair da família real britânica foi apontado como um reality-show canadiano sobre segundos casamentos, noticia que o‘ New York Post’ avançou este sábado, 1 de fevereiro. “I Do, Redo” é o nome do programa que a Duquesa de Sussex, supostamente, vai protagonizar em conjunto com Jessica Mulroney, estilista de casamentos e melhor amiga de Markle.

Embora tal, já tenha sido desmentido pelo marido de Mulroney, a verdade é que muita gente acreditou na duquesa de Sussex, no seu trabalho e empenho. Harry e Meghan demonstraram serem uma equipa cúmplice, exímia e exemplar capaz de mudar mentalidades e deixar a sua marca nas instituições que representavam e – num ápice – tudo mudou, Meghan, literalmente , fugiu para o Canada para junto da sua melhor amiga e o príncipe Harry foi atrás, acima de tudo, porque trata-se do seu filho, do escrutínio que Harry teme que ele sofra por parte da imprensa britânica , racismo até!

É difícil não nos compadecermos para com Harry!

Mas também é difícil entender a desistência de Meghan Markle, após ter feito votos solenes de fidelidade ante a coroa britânica e a ter representado tão eximiamente, apesar das dificuldades!

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Texto & Crítica: Vanessa Paquete 2020 ©
Fontes/ Sources: FOX NEWS, BBC, BBC ONE, TOM BRADLEY © ANGELA LEVIN ©
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