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FIFTY SHADES OF VANESSA PAQUETE

FIFTY SHADES OF VANESSA PAQUETE

" CSI CYBER " DIOGO MORGADO REGRESSA PARA FAZER JUSTIÇA ANTE PYTHON ESTA NOITE NA SIC: (27 JULHO 2016 ÀS 00:30)

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Diogo Morgado que tem ditado cartas na ficção internacional continua a dar provas do seu talento na série norte-americanaCSI: Cyber onde o ator português dá vida a um agente latino da Interpol de nome Miguel Vega.

 

Quando Miguel Vega (Diogo Morgado) resolve assumir o controlo da sua vingança contra Python (o Hacker mais procurado da Unidade Cyber) que assassinara a sangue frio o seu companheiro, o Agente Rupert, é-nos apresentado surpreendentemente um Diogo Morgado exangue, alucinado e frenético disposto a quebrar todas as regras da Interpol e a agir por conta própria. Existe selvagidade QB para lá do argumento na personagem do ator; Diogo faz-nos franzir o sobrolho quando desfere uma série de golpes violentos num suspeito à caça de Python, todavia, há uma profundidade tal na personagem, um lado emocional tão negro nunca antes visto nele que nos recostamos para trás no sofá, com a face pálida como mármore a espera do que poderá acontecer a seguir.

 

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E eis que o nosso subconsciente não precisa de apelar muito mais a imaginação para ver o quão desesperadamente o Agente Miguel Vega (Diogo Morgado) se encontra pejado de raiva, sede de vingança e no limite de um ígneo suplício que o transforma quase/quase num vingador sem dó nem piedade: Miguel quer apanhar Python!

 

Quando achamos que a nossa perplexidade já atingiu todos os limites eis que entra o companheiro da Agente Avery (Patrícia Arquette) na trama, o Agente Elijah (James Van Der Beek) que tenta chamar o Agente Miguel Vega (Diogo Morgado) a razão e o tenta dissuadir do seu plano. Mas, ante os nossos olhos, sub-reptícios e incrédulos é um Diogo Morgado extremamente seguro, intenso e expressivo no seu papel, sempre competente, desabrido e despojado da sua máscara de menino tímido que nos faz crispar os lábios e arregalar os olhos ante a cena de “Fighting Club” que se passa a seguir entre o Agente Elijah e, o agora, desertor agente Miguel Vega.

 

Este vídeo pertence a http://diogofanfriends.blogspot.pt/

 

Resta saber se a Unidade Cyber se encontra ou não preparada para os jogos psíquicos de Python e se o Ex Agente Miguel Vega conseguirá refrear os seus sentimentos na hora H e não titubear ande a sede de vingança.

 

Esta noite na SIC: CSI:CYBER C/Diogo Morgado!

 

 

Design de Flyers & Printscreens: Vanessa Paquete 2016 ©

Texto & Crítica: Vanessa Paquete 2016 ©

Fotos: Diogo Morgado/ CopyRight INST/TWITTER

IMAGES: CBS/CSI:CYBER Copyright

Todos os Direitos Reservados ®

 

IRMÃS DE INDIA MARTINEZ FORAM AS CONVIDADAS ESPECIAIS DA III EDIÇÃO DA DESIFOTO LISBOA

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No dia 05 de Junho de 2016 realizou-se na Quinta dos Loridos, no maior jardim oriental da Europa, no impressionante Bacalhoa Buddha Éden, a III Edição da Desifoto Lisboa onde Laura e Deseada Martinez foram as nossas convidadas especiais: uma pequena ambição do Filipe que, entre conversações e muita amizade da parte dele, se tornou realidade.

 

Nesse Evento participaram bastantes modelos e fotógrafos, bem como imensas parcerias que serviram um pouco para pintar o pano de fundo do Bacalhoa Buddha Éden, e, de igual modo, teve como âmbito e objetivo promover as próprias entidades envolventes que estão afiliadas a este projeto.

 

Desde já agradecemos a toda a gente afiliada ao projeto (ainda eram mais de trezentas pessoas), a todas as parcerias porque sem elas jamais poderiamos levar a cabo uma Organização de Fins Não Lucrativos e a todos os fotógrafos e modelos que aguentaram um dia de calor imenso com e sob as objetivas.

 

Um imenso obrigado a entidade do Bacalhoa e a todos os seus funcionários que , incasavelmente, durante meses, nos ajudaram, nos incentivaram a levar o projeto avante e sempre colaboraram connosco, não descurando um único pormenor. Um grande obrigado ao Bacalhoa Buddha Eden e seus representantes por confiar e acreditar em duas pessoas e depositar nas nossas mãos a sua total confiança. 

 

 

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Laura e India Martinez

 

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Laura, Deseada e India Martinez (três irmãs inseparáveis)

 

Alumas das maravilhosas fotografias que no dia 05 de Junho de 2016 Laura Martinez e Deseada Martinez tiraram na Quinta dos Loridos, no maior jardim oriental da Europa, no impressionante Bacalhoa Buddha Éden, na III Edição da Desifoto Lisboa.

 

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Laura & Deseada Gracias por vostra participación
Sé que fúeran muchas horas de viaje para asistir al evento
Llegaron cansadas y agotadas
Pero vostra participación fue un éxito
Lo siento si la hora del almuerzo no me pude quedar tanto con ustedes
Me ahogué en el estrés
Sé que yo parecía silenciosa peró era el estrés, créame
Deseada, gracias por traer tu familia con usted
Fue un gran placer conocerte
Gracias por tu profesionalismo
Eres tan hermosa...
Laura, gracias por tu presencia y belleza
Fue un gran placer conocerte
Te espero pronto guapa para verte bailar
Y por fin puder disfrutar de unos de los momentazos de cada concierto de tu hermana, India Martinez
Deseada Y Laura, gracias por el carino y el trato recibido
Yo tenía muchas cosas que decir
Pero la timidez me inhibió
Me encanta vostra hermana India Martinez 
Soy absolutamente loca por sus canciones
Amo el dúo con David Bisbal y Enrique Iglesias
Un millón de gracias
Y a Felipe....
Mis gracias por el recuerdo de una eternidad
 Y una ovación de pie
Por haber realizado su sueño
You`re THE BEST !

 

 

Design de Flyers: Vanessa Paquete 2016 ©

Texto & Crítica: Vanessa Paquete 2016 ©

Fotos Principais: India Martinez Copyright INST/FACEBOOK

Foto Deseada Martinez: Paulo Gandra/ Copyright
        Henrique Duarte/ Copyrigth
         
José Marques/Copyright

Fotos Laura Martinez: José Marques/ Copyright
        P
aulo Gandra/ Copyright

Style: Bebiana Carvalho
Make-Up: Cristina Marques
HairStyling: Manuela Túlio

Evento: Desifoto Lisboa
Organizadores: Filipe Perinas & Vanessa Paquete

Todos os Direitos Reservados ®

 

O ATOR DIOGO MORGADO SURPREENDE FÃS COM NOVO LOOK

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O ator Diogo Morgado assustou os seus fãs nas redes sociais com o seu novo visual: de barba rústica, sobrancelha arqueada, olhar conspícuo e camisola cinza a condizer com o seu rosto de harpia, enquanto nos lançava um ar de polícia infiltrado ou de um bandido grosseiro desfavelado, ou, quiçá, um membro de um gangue, a verdade é que Diogo está diferente e surpreendeu-nos… outra vez!


Mas tudo por uma boa causa; assim se supõe!


Diogo, que parece trabalhar a velocidade da luz, encontra-se presentemente a trabalhar em território brasileiro num novo projeto. Mal finalizou as filmagens da sua primeira longa-metragem, enquanto realizador, em Faro, Diogo voou para o Brasil para mergulhar num novo empreendimento, cujo visual é a antítese de tudo aquilo que o ator nos mostrou até a data.


Se não soubéssemos que Diogo está embrenhado num novo trabalho - assim nos afirma ele - incorreríamos na tentação de afirmar que o ator estaria a competir com o seu melhor amigo: o entertainer/ator português Rui Unas, no crescimento da barba!


Mas não!


Diogo Morgado rumou até ao outro lado do atlântico para gravar algo.


O quê? Só consultando o oráculo de Delfos, visto que o ator é extremamente cioso da sua privacidade pessoal e artística idem aspas e – por norma – costuma deixar-nos bastante expetantes relativamente a cada projeto que empreende. Estratégia de marketing ou puros traços da sua personalidade, a verdade é que o ator nada revela e quase faz um jogo de charadas connosco; Diz-nos algo num tom sibilante e nós tentamos desvendar entrelinhas o que poderá estar por detrás da sua expressão inescrutável.


Longe vão os tempos em que o ator encarnava personagens bem formadas, de famílias sempre abastadas, onde – por natureza – assumia sempre o papel de doutor ou engenheiro; longíssimos vão esses tempos!

 

Quando digo algo do gênero pareço sempre anular alguns anos de trabalho de Diogo Morgado e titubeio sempre um pouco; é como se dissesse que tais papeis – a meu ver – não eram atrativos ou que eram demasiado sensaboronos, porém, já confessei por diversas vezes não ter acompanhado a carreira do ator e que o que me impeliu a escrever uma crónica acerca dele foi um filme nova-iorquino onde Diogo se despojava da sua candura e assumia uma posição mais incisiva e agressiva. Talvez, papéis de disciplina ascética não combinem comigo... 

 

Talvez eu aprecie verdadeiramente personagens que encarnam facetas problemáticas e mais obscuras.


Talvez tudo o que Diogo encarnou no último ano, desde o franzir do cenho, as botas de cowboy, o olhar enxague, o deferir de golpes, a manipulação psíquica, talvez tudo isso seja aquilo que me atraí verdadeiramente numa personagem e me assoberba os sentidos.


Talvez…


Só o poderei afirmar cabalmente quando Diogo voltar a interpretar uma personagem cavalheiresca e cordial.

Por ora, isto é o que me move!

  

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 O ator surpreendeu com a sua metamorfose e deixou-nos expectantes, dado que não sabemos se se encontra no Brasil enquanto realizador ou ator...


Não é de admirar que Leonardo DiCaprio me tenha conquistado a admiração com a sua interpretação em “ The Departed “. A narrativa é recheada de tensão e violência. Máfia irlandesa versus polícia de Boston. A premissa é sobre dois espiões infiltrados: um no gangue dos bandidos da máfia e o outro dentro do departamento da polícia. Ambos têm que participar numa rede de intrigas, traições e mentiras. A honra e a ética são colocadas de lado. A linha entre o paraíso e o inferno fica tênue. No final toda a gente é chacinada e o Leonardo Dicaprio ganhou-me o respeito, quando já havia ganho há anos a outras mulheres com a sua bela carinha larocas. A mim só mo ganhou quando me mostrou o seu punho cerrado a deferir uns golpes em Matt Damon e a sua interação com Jack Nicholson.


E que dizer de Matt Damon que com todo o seu carisma nos arrebata numa série de filmes onde a sua identidade, permanentemente desconhecida, o obriga quase a ser um fora de lei em constante perseguição, encarnando um bom herói de ação que há mais de catorze anos dá frutos: Jason Bourne é uma das minhas personagens preferidas de todo o sempre.


Evidentemente, que aprecio ação!


E mesmo nos dramas românticos aprecio que o herói não possua escrúpulos no início e os vá ganhando à custa do poder de transformação do amor. Gosto de personagens misteriosas, de semblante fechado e tétrico, prontas a serem desembrulhadas e vasculhadas por nós, sujeitas a uma metamorfose.


Fiquem descansados, eu também choro sempre que vejo o Titanic ou o Love Actually, portanto, nada de alarmar as autoridades locais ok?

 

Mas regressando ao fantástico novo look de Diogo Morgado que, ante a perspetiva da câmara, e aquele seu olhar esbugalhado incisivo, parecia ser bem mais assustador do que é na realidade, temos de conceder algum crédito ao entertainer Rui Unas que galgou algumas fronteiras e atreveu-se a implementar em Portugal a moda da barba à lenhador, cujo estilo, tem por nome lumbersexual e que se coaduna na perfeição com o estilo de Unas visto que um lumbersexual é um homem que trata de si, gosta de manter um bom visual, mas traz muitas influências rústicas dos lenhadores no seu visual como barbas grandes e afins...

 

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Numa outra variante mais profissional – ao longo dos anos – fomos vendo vários atores sofrer algumas mutações drásticas de visual para interpretarem certos papéis, algo que ainda não é muito usual aqui em Portugal em termos masculinos, mas que lá fora já fez muitas caras bonitas deixarem crescer a barba e até o cabelo, o que os torna algo irreconhecíveis aos nossos olhos!


A barba é sempre um sinónimo agreste de virilidade!


Diogo interpretou Jesus Cristo em “Filho De Deus” e o facto de não o reconhecermos no papel não foi tão impactante, quanto ele deixar crescer uma barba, colocar um boné e nos parecer o bandido ali do lado que nos vai abordar com uma arma a cabeça, mas, como sempre referi, o caminho é o da ascensão, da ousadia e não o da estagnação!


Agrada-me que o Diogo só opte caminhar pelos caminhos que escolheu trilhar.


É sinónimo de teimosia e personalidade!


Em que projeto estará ele empenhado, apenas o oráculo de Delfos nos poderá conduzir a resposta.


Por ora, Diogo vai partilhando aquilo que lhe apraz o que é justíssimo, visto que já nos apercebemos que é um homem que gosta de dividir com os fãs as suas conquistas, amizades e glórias, mas também aprecia atrair-nos com o seu isco de expetativa relativamente aos seus projetos.


Costuma dizer-se que revelar algo antes de estar consolidado dá mau agouro e Diogo parece acreditar muito nesse apanágio.

 

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Design de Flyers: Vanessa Paquete 2016 ©

Texto & Crítica: Vanessa Paquete 2016 ©

Foto Principal: Diogo Morgado/ Copyright INST/FACEBOOK
Foto Diogo Morgado: Paulo Alexandrino Global Imagens/ Copyright
IMAGES FLYER: INTERNET SOURCE Copyright
Fotos Rui Unas / Copyright INST/FACEBOOK/INTERNET SOURCE

Todos os Direitos Reservados ®

 

SER OU NÃO SER MÃE: O QUE NOS LEVA A DIZER SIM OU NÃO A CONCEBER UM FILHO

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Ser mãe ou não ser?


Muitas são as questões e as controvérsias e mesmo os mal-entendidos que se sublevam quando este tópico é abordado; existem mulheres que afirmam não possuírem aptidão para a maternidade, outras que a evitam por problemas socioeconómicos, outras por receio de um futuro incógnito que impossibilita as hipóteses de se arriscar.


São muitas as razões para não se ser MÃE!


Possuindo apenas o meu exemplo, e não desejando abordar os exemplos de conhecidas minhas, cujas estórias lhes pertencem, resolvi pegar em alguns casos bem conhecidos.


Para começar, gostaria de frisar que foi a atriz brasileira Cissa Guimarães que me levou a abordar este tópico.


Enquanto me passeava pelas notícias online do dia (um hábito que não dispenso), deparei-me com a homenagem desta grande atriz ao seu filho Rafael, falecido há seis anos atrás vítima de um atropelamento enquanto fazia skate no Rio de Janeiro.


Numa fração de milionésimas de segundos, ao contemplar a fotografia mãe-filho de quando Rafael tinha seis anos, e a ver a cumplicidade de ambos debati-me com um choro compulsivo sem igual. Por vezes, custa-me a acreditar que tanta gente me catalogue de ser insensível e fria, quando – na realidade – sou a pessoa mais vulnerável a face do planeta: as lágrimas jorram com tanta facilidade dos meus olhos que até dá dó…


Observando sub-repticiamente aquela fotografia de perfeita simbiose de amor e conjugação de afetos, chorei embaraçosamente durante umas boas horas. Não só me senti vazia e incompleta como senti que uma parte de mim jamais poderia prosseguir caminho por não ter empreendido o projeto que mais desejei empreender na vida e falhei: o de possuir uma família e ser mãe!

 

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As minhas razões são tão válidas quanto as de outra mulher qualquer!


Existe quem não possua o instinto maternal e o afirme a plenos pulmões.


Existem mulheres que desejam engravidar e não conseguem e essa transforma-se na maior dor das suas vidas. Muitas tentam a fertilização, tratamentos vários e com muita persistência lá conseguem realizar o maior sonho das suas vidas.


Existe o problema socioeconómico, a falta de estabilidade emocional e monetária. Falta de recursos. Medo de um futuro tabu. Pânico da responsabilidade. O dilema em saber-se se seremos ou não boas mães.


E ainda existe o outro lado! Existe o lado das mulheres que não desejam efetivamente ser mães! Com uma vida conturbada e a viver em quartos alugados após uma grande intempérie ter assolado a minha vida eu autoproclamei-me híper feminista e independente: filhos não, obrigado!


E fiz de tudo para os travar quando – se calhar – outra mulher na minha posição tê-los-ia tido até porque carente de estabilidade, um filho poderia ajudar-me a consolidar a minha vida, porém, eu nunca acreditei em nada disso. Na questão respeitante a filhos eu racionalizava tudo e era perentória na minha resolução irresoluta de que só teria filhos de um homem que me fizesse vergar os joelhos e, ante o qual, o meu coração cegasse e o sangue nas veias se me gelasse.


No meu caso – curiosamente – foi o excesso de romantismo e casmurrice romanesca que me levou a evitar as gravidezes: o meu filho teria de ser o espelho do pai que – supostamente – eu amaria!


Hoje, já perto dos meus 37 anos metade de mim debate-se com a questão “porque é que tomaste as pílulas do dia seguinte quando tiveste até alguns pretendentes ao cargo de pai do teu filho?” e a outra metade com a racionalidade que me diz: “Estarias infeliz, sempre quiseste que o teu filho fosse fruto do homem que amasses cegamente e “amá-lo cegamente” era uma premissa fundamental para ti na maternidade e tu sabias que todas essas relações teriam um fim e o teu filho seria fruto de um acaso“.


Por isso, autoproclamei-me uma híper feminista que nem podia ouvir falar em crianças, embora as famílias dos meus ex-namorados esperassem ver-me de barriguinha a cirandar pela casa na expetativa de verem nascer uma menina de olhos tão azuis quanto os meus; eu sempre desejei ter dois rapazes, curiosamente, e uma menina em último lugar, só que – a falta de um pai que eu amasse – é daqueles segredos que não revelamos a ninguém! Armamo-nos com um escudo e fazemo-nos de fortes e dizemos a toda a gente que ter filhos acarreta muita responsabilidade (o que é verdade) e que não nos está destinado!

 

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A atriz brasileira Cissá Guimarães e o seu filho Rafael falecido em 2010

 

Mas este é o meu exemplo: o infeliz exemplo de não ter encontrado um companheiro apropriado para a vida nem um pai que eu julgue apto para ser o procriador dos meus filhos. E nem é uma questão de eu achar que os meus ex-namorados não estavam capacitados a serem pais – muito pelo contrário - , estavam inseridos em famílias extremamente estáveis e abastadas a nível monetário (bem abastadas até), não possuíam vícios, eram formados, trabalhavam e possuíam recursos infinitos e uma estabilidade ridícula e queriam ter um filho meu….


Talvez esse cenário tão antagónico ao meu me fizesse recuar.


Eu não acredito que o amor se vai construindo com a convivência ou que nasce com o passar dos anos. Eu acredito que o amor é uma chama que inflama e nos tolda o subconsciente.


E tomada por esse súbito paroxismo de desespero de que – se calhar – não existiria alternativa a não ser buscar o meu príncipe encantado, saltei de relação em relação em busca do “tal” . Secretamente, afirmava a pé juntos que não queria ser mãe! De mansinho, ao acariciarem o meu corpo eles murmuravam-me laconicamente que desejavam ter um filho meu e acontecia… Após o ato eu volvia e revolvia na cama, pejada de pensamentos de remorsos; mais valia inventar que era adepta do celibato a ter de afirmar perentoriamente no dia seguinte que não queria ser mãe, que não chegara a hora, que não possuía o instinto maternal em mim etecetera quando – na realidade – sabia era que, mais cedo ou mais tarde, terminaria a relação e que seria de mim e do meu filho?


Tal pensamento fez-me correr para a farmácia – por vezes – a altas horas da madrugada para comprar a pílula do dia seguinte, porém, algumas das vezes pensei “porque não?”. Se eu estava com aquela pessoa era porque nutria algo por ela, apesar de acreditar que – mais cedo ou mais tarde – a relação iria terminar. O “porque não?” fez-me passar por mais de dez testes de gravidez (algo que ninguém sabe até hoje).


Não vou falar dos pais porque – na realidade – realmente a dada altura da minha vida aventurei-me em muitas relações e tenho consciência disso. Creio que todos teriam dado uns excelentes pais para os meus filhos ou filho porque sinto isso; simplesmente eu não os amava e foi essa decisão que pesou no final.

 


A cantora italiana Laura Pausini parecia possuir tudo para ser feliz, menos um filho. As tentativas foram várias mas inglórias. Sabendo da sua grande luta para engravidar, aquando da gravação do seu álbum BENVENUTO, foi-lhe oferecido um tema que se coadunava exatamente com a sua luta (a espera de um filho)! O belíssimo tema "Celeste" , de imediato, passou a ser o meu talisma e o meu estandarte na espera de um filho. Curiosamente, também o foi para Laura que após gravar o tema descobriu.... estar grávida! Quando gravou o vídeo-clip, Laura ainda não havia revelado ao mundo a sua gravidez. todavia, a sua emoção ao entoar a música e as lágrimas que deixou cair no fim, revelaram aos seus fãs o que toda a gente já desconfiava!

 

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Recordo-me sempre do meu olhar conspícuo ao contemplar os testes de gravidez.


Um dos primeiros pensamentos que me passava pela cabeça era a possibilidade de um aborto; se eu não amava o pai como iria ficar agarrada a uma relação em prol de um filho? Conseguiria eu ser feliz assim? Conseguiria eu suportar o fardo? Como conseguiria eu criar um filho sozinha, decerto que tirar-me-iam a criança devido ao facto de o pai possuir melhores condições de vida…


Mil pensamentos atravessavam-me a mente!


E eis que o teste chegava e dava sempre negativo.


Acho que interiormente sempre suspirei de alívio.


Não queria trair o meu coração.


Não podia trair o meu coração.


E, acima de tudo, não queria ter de passar por um aborto!


Felizmente, Deus foi condescendente para comigo em tal provação, e nunca tive de viver tal.


E as minhas premonições eram infalíveis: as relações terminaram sempre mais mês menos mês e eu continuava no meu quarto enxague, alugado ao mês, a lavar chãos de restaurantes, a servir as mesas e a passar a ferro ao domicilio.


Não queria que o meu filho visse a mãe a passar por tais privações na vida após uma intempérie a ter assolado. Não era justo, portanto, nunca assumi o risco de ter um filho de um homem que eu não amasse mas – curiosamente – parecia que Deus também escrevia certo por linhas tortas, como se olhasse cá para baixo e dissesse: “Não pode ser. Ambos seriam infelizes e tu és obcecada pela perfeição no ser humano e uma acérrima lutadora da estabilidade monetária e emocional, acredita que não daria certo “


E eu sempre acreditei nesta minha voz interior que me sussurrava tal!

 

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Todavia, não fugi das vozes maldizentes e dos olhares de través. Não gostar de bebés é malvisto, porque a sociedade impõe que se goste - e muito! Viver em quartos alugados é sinónimo de vida promíscua e precária, ao invés, de um grito de coragem e independência. Ser-se solteira por acreditarmos que ainda não encontramos o amor da nossa vida, muito para lá dos trinta, é sinónimo de imaturidade e leviandade.


Nunca ninguém consegue colocar-se no lugar da mulher que pondera ou não pondera ser mãe.


Eu não quis fazer bebés…


Não sem o homem que eu amasse…


E acreditem que sofri muito!


Há mulheres que não têm filhos mas que desejavam tê-los. E há as que os têm sem terem desejado tê-los. Mas a quem todos torcem o nariz é às que podem ter filhos mas não os querem. “Então podes engravidar, mas não queres?”


Ter ou não ter filhos é uma escolha minha.


Sofrível, mas minha!


Hoje em dia a mulher já não é sinónimo de maternidade. Existem as carreiristas. Outras pessoas apelidam-nas de libertinas. Passaram-se séculos e a mulher adquiriu o poder de escolha, conquistou a arte de bem viver a seu bel-prazer, sem obedecer as opções institucionalizadas. E o mito da felicidade depositada num filho é isso mesmo: um mito. Todos os meus ex-namorados acreditavam que se eu fosse mãe curaria todas as minhas feridas do passado, passaria a experimentar um amor tão incondicional que não existiria mais espaço para crises lacrimais.

 

É verdade que possuo um útero que pode conceber, mas Deus também me presenteou com um coração para amar e sentir os olhos do pai do meu filho cravados nos meus e também me deu um cérebro para equacionar, refletir, pensar e concluir que tamanha responsabilidade de bálsamo curativo não pode ser depositado numa criança.


Uma criança deve sim ser amada e isenta de responsabilidades.


Há quem possua capacidade para ser mãe e há quem não possua.


E depois existem as circunstâncias da vida que nos roubam pedaços de nós e não nos permitem seguir os nossos sonhos e nos amputam a alma. Muitas vezes perguntam-me se não me arrependi de não continuar a tentar conceber uma criança, ao invés, de ir comprar a pílula do dia seguinte.


Não, não me arrependi!


É sofrível mas não me arrependi!


Quero que o pai dos meus filhos seja o homem da minha vida.


É uma premissa obrigatória e não consigo abdicar dela.


Assaltam-me sentimentos de culpa e iniquidade mas como conseguirei eu ter um filho de um homem que eu não ame loucamente? Quero que o meu filho/filha possua os olhos do seu pai e a cor dos seus cabelos.


Sou uma romântica, eu sei. Também sei que – neste momento – algumas pessoas estão a olhar-me de través e a esboçar-me sorrisos enviesados, mas só quando eu sentir um baque no coração que o faça titubear, só aí, é que eu serei mãe; até lá estou em modo de abstinência e reclusão total amorosa a viver aquela tal liberdade que tanta gente almeja alcançar agora que se vê a braços com filhos e marido!


Mas quem disse que eu gosto de ser livre?

 

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Design de Flyers & Printscreens: Vanessa Paquete 2016 ©

Texto & Crítica: Vanessa Paquete 2016 ©

Todos os Direitos Reservados ®

 

 

OBRIGADO RAPAZES: VOCÊS FIZERAM DO NOSSO INFERNO NA TERRA UM VERDADEIRO PARAÍSO, AINDA QUE POR BREVES INSTANTES...OBRIGADO, MESMO!

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Sim, VENCEMOS!


Somos os Campeões do Euro 2016!


E quão difícil foi a nossa luta. Quão extenuante. Quão irónica e quão imprevisível. Tão imprevisível que nem os próprios franceses queriam acreditar e apelaram a repetição da final.


Antes de Portugal entrar em campo, redigi um POST em que apelava a união da equipa, a todas as batalhas travadas até ao momento, a irmandade que se criara numa equipa malograda e inferiorizada a nível internacional pelos MASS MÉDIA.


No POST pré-final, escrito a pressa, uma hora antes do jogo, numa tentativa vã que as minhas palavras e energia voasse e chegasse até Paris frisava que - afinal – Ronaldo era muito mais do que um jogador e sabia unir em seu redor uma trupe verdadeiramente solidária e companheira.


Ronaldo sabia comandar as tropas...

 

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Toda uma equipa estremeceu quando uma lesão o tirou de campo logo aos dez minutos. Uma equipa, um país inteiro e não só. Até os próprios franceses cambalearam um pouco pois, em segundos, tiveram de mudar mentalmente a sua estratégia tática. Cristiano chorou, tentou, não queria render-se aquele golpe do infortúnio. Saiu e entrou em campo três vezes, a ferrar os lábios para apaziguar a dor e a coxear por entre os seus colegas que o olhavam de soslaio e começavam a aperceber-se da gravidade da lesão do seu capitão.


A primeira saída, todos se juntaram em seu redor (até alguns franceses, condescendentes para com o nosso malogrado infortúnio). Regressou com uma ligadura e os olhos rasos de lágrimas, tais eram as dores e não aguentou por muitos mais minutos; pediu substituição! Num gesto de total consternação, inconformismo e tristeza atirou a sua braçadeira para o chão e contemplou o vazio com uma traça colorida diante dos seus olhos que nem possuíam coragem de se sublevar para as 80.000 pessoas em seu redor.


Nani confortou-o e recebeu a sua braçadeira, num gesto que dizia tacitamente:

 

“ Lutaremos até ao fim!”


E assim o fizeram!


Com força e convicção!


Manifestando indiferença perante os pareceres alheios daqueles que nos queriam roubar os sonhos e a esperança e reduzirem-nos a lama.


Enlevados pelo ímpeto de uma nação inteira que sempre os acompanhou e os dragara com galanteios mesmo quando o jogo não foi tão apreciável ou bonito de se ver.


Patrício aguentou as portas do forte como nenhum outro guarda-redes teria conseguido aguentar e saiu do campeonato europeu com o título de melhor guarda-redes (que orgulho)! E quando Patrício não estava lá para impedir o golpe desenfreado da bola na nossa baliza, os Deuses do futebol pareceram desejar dar uma ajudinha, fazendo com que aos 90 minutos uma bola de pontaria certeira colidisse com o poste.

 

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Foram todos apoiados por um treinador e uma nação inteira que lhes gritava: “Por favor, em nome de Cristiano!” e parece que tal frase surtiu efeito na entrega de todos os jogadores que corajosamente impediam a França de chegar a baliza, obstinadamente, e ainda fintavam a baliza do adversário sempre que lhes era possível. Unidos por um objetivo. Irmãos de sangue na concretização de um sonho.


Cristiano saiu dos balneários no prolongamento e a coxear veio dar a sua palavra de incentivo e tática a ser utilizada a cada jogador. Breves palavras. Breves segundos. Abraços profundos. Um sentido e languido entrelaçar de braços em torno de Ricardo Quaresma, algo desalentado e sem brilho nos olhos. Gestos que ainda breves, parecerem dar alento aos nossos jogadores que sentiam as pernas a cambalear e o suor a escorrer-lhes pela face. Por essa altura, porventura, muita gente já acreditaria apenas na lotaria dos penalties que – a fazer-lhe justiça – não saber-nos-ia a mel, mas apenas a um golpe de sorte ou azar que far-nos-ia levantar a taça.


O golo surgiu do nada… Nunca conseguimos explicar este ímpeto de força que assalta um jogador mal-amado da seleção nacional. É absolutamente inexplicável! Éder marcou ao minuto 109 (que ficar-nos-á para sempre gravado na mente) e numa euforia sem igual, atravessou todos os seus companheiros e foi abraçar o treinador que o mandara entrar em campo; um gesto de agradecimento sem precedentes e de uma beleza singular!

 

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A partir daí, os vídeos da comitiva portuguesa correm mundo: Fernando Santos gritava para dentro das quatro linhas, jogadores levantavam-se impacientes, uma nação inteira contava os minutos e olhava para o relógio e Cristiano transformara-se num puto, a quem , as emoções levaram a sua melhor e ninguém ainda tinha visto essa imagem tão efusiva de Cristiano Ronaldo que parecia verdadeiramente possuído.


Sempre o contemplara ante os meus olhos como o multimilionário, dono de iates e jatos privados a ostentar raparigas belíssimas pelos braços e vencedor de N botas de ouro, todavia, na FINAL, a minha imagem dele no próprio DIA e na PÓS CONSAGRAÇÃO mudou drasticamente: nunca vira um homem de trinta e um anos agir que nem um puto tão efusivamente e com tanta paixão e emoção que foi impossível não deixar o mundo boquiaberto. Não se tratava de BRIO PESSOAL, Ronaldo queria mesmo dar a alegria aos Portugueses de sermos os Campeões da Europa e foi muito bonito de se ver, arrepiante até....


Alma de puto num corpo de 31 anos com uma lesão num joelho que, ainda assim, a coxear saltava, arrastava-se, gritava, punha as mãos a cabeça e chorava... Danificou as costas do treinador tal era o impulso e as suas emoções (e essa imagem jamais esqueceremos) e empurrou um jogador que se estava a queixar a dois minutos de finalizar o jogo para dentro do campo; Ronaldo literalmente EMPURROU-O!

 

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E foi assim que o mito se concretizou e a lenda nasceu…


E por muitos anos vindoura será relatada!


De jogador lesionado, lavado em lágrimas, inconformado, a treinador coadjuvante aos berros e a exultar a sua pátria com lágrimas de alegria, Ronaldo levou a sua equipa a levantar a taça efetivamente.


Fernando Santos havia-o prometido; que apenas regressaria a casa no dia onze de julho! Considerado um homem de crenças e religioso, nunca conseguiremos explicar verdadeiramente que fé, força e coragem moveu estes irmãos de sangue. Contra todas as probabilidades e uma europa incrédula, os portugueses venceram em casa dos irredutíveis gauleses e fizeram a festa no seu estádio ante uma nação inteira que alucinou e viveu a noite mais longa das suas vidas.


A cordialidade, a simpatia, a emoção e a elegância com que agradeceram os seus apoiantes foi magistral. Apoiados por uma série de imigrantes que sempre os fizeram sentir em casa e amados, a seleção nacional antes de partir quis prestar-lhes tributo, abrindo-lhes o portão, saindo cá fora com a taça, erguendo-a e aplaudindo os seus apoiantes: que gesto de elegância!

 

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A isto chama-se força.


A isto chama-se união.


A isto chama-se solidariedade.


Em Portugal foram recebidos como reis e a nação inteira exultou perante eles.


Os putos saltaram no autocarro, arregaçaram as calças e as mangas das camisas (dress code apenas em Belém), pegaram no microfone e cantaram, cantaram bem alto para que toda uma nação ouvisse, que eram eles os campeões!


Ronaldo liderou mais uma vez as tropas, até numa performance inesquecível da sua interpretação de uma música dos Xutos e Pontapés. Era o miúdo mais feliz da classe; aquele que ganhou N botas de ouro e que já havia erguido dezenas de trofeus, parecia incompleto e com o coração a meia haste: é que ainda lhe faltava trazer para o seu país o maior feito inédito do futebol português: a taça de um Europeu!

 

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O destino parece infalível!


Não o deixou ser campeão em 2004 quando Luís Figo era capitão e Scolari treinador, mas fê-lo campeão quando se encontrava ele a frente da equipa enquanto capitão e Fernando Santos treinador (esse engenheiro que tantas voltas dera ao seu destino e que também precisava de acertar contas com Deus e o carrossel da sua vida)!


E foi nessa noite de consagração que se viu “ The True Colours “ de muita gente!


Obrigado Éder!


Obrigado a todos que resistiram a invasão francesa e defenderam o forte com tanta audácia e coragem.


Obrigado rapazes!


Vocês fizeram-me imensamente feliz!


A vida já segue lá fora com atentados e mais carnificina mas – por breves horas – vocês fizeram do nosso inferno na terra um verdadeiro paraíso!


Muito obrigado, mesmo!

 

 

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" ME BEFORE YOU " CHEGA AS SALAS DE CINEMA EM AGOSTO 2016 MAS CONSEGUIRÁ CONQUISTAR O NOSSO CORAÇÃO?

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Não existe forma alguma de dizer isto de uma maneira suave: “Me Before You” desilude!


Porém, Sam Claflin ganha-nos o coração!


Todavia, os espetadores aguardam ansiosamente pela chegada do filme ao cinema e esperam que as suas cenas de cortar o coração lhes algemem a comoção numa espécie de catarse lacrimal ao contemplarem o drama de Will e Lou.


O filme foi adaptado para o cinema por uma estreante que – na realidade – escrevia peças de teatro (Thea Sharrock), o que talvez nos consiga explicar a razão, pela qual, as cenas são cortadas exatamente como se tratassem de atos teatrais e fazem o filme não ter um fio condutor ou fluir naturalmente. Tudo avança e corre a velocidade da luz, e cada cena de suma importância relatada no livro de Jojo Moyes pormenorizadamente perde todo o seu vigor e magia.


Irónico, é sabermos que foi a própria escritora a adaptar o script ao cinema, o que nos faz questionar por que razão terá ela própria assassinado uma estória tão boa e com tantos momentos de clímax no livro fantásticos e subjugado a sua própria obra a uma adaptação tão medíocre?


Seria algo injusto reduzir a performance de Emília Clarke a uma espécie de bobo da corte (que o é no filme, na realidade), só suplantada pelas suas excêntricas malhas multicolores, meias calças de listras, vestidos de avozinha, trancinhas e totós à menina da primária, dado que ainda temos algum respeito pela brava, destemida, dominadora e feminista Daenerys Targaryen, a nossa bem-amada rainha de Game Of Thrones.


Para quem leu o livro, saber-se-á que Louisa Clark é insonsa e sem uma trajetória definida na vida e algo excêntrica nos seus gostos a nível de indumentária, mas não pateta! Aqui, Lou Clark é verdadeiramente pateta. Pateta num drama onde se fala de eutanásia; poderá existir algo mais antagónico? Não é uma comédia romântica mas sim um drama. Creio que alguém ter-se-á esquecido de tal pormenor ao fazer a adaptação cinematográfica o que faz com que Lou seja retratada como uma alienada, desinteressada de assuntos de maior importância na vida, que sorri em todas as circunstâncias – mesmo quando se trata de suicídio assistido -, rasgue a sua roupa ao ir de encontro a portas, namore com um potencial marido igualmente retardado, com expressões faciais que – dificilmente – não nos arrancarão um sorriso por certo….


Sim, ainda continuamos a falar de um filme acerca de eutanásia, embora não pareça!

 

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Sam Claflin tem uma postura diferente enquanto tetraplégico que está absolutamente decidido a colocar fim a sua vida; sem sombra de dúvida que – ao invés – de ser Louisa Clark a tentar puxá-lo para a vida é ele – Will, que mesmo amargurado e distante – lhe ensina algo acerca de agarrar as oportunidades que ainda existem diante dos seus olhos. E, em pouco tempo, a estória sofre um revês, porque muito cedo conseguimos apercebermo-nos que quem se encontra aprisionada é a própria Lou, extremamente incomodada com os olhos azuis-cinza do belíssimo Will que – nem por um só segundo – perde o seu charme, justiça lhe seja feita!


O problema de Emilia Clarke neste filme é que mesmo quando a estória começa finalmente a ganhar balanço e a entrar num território mais sentimental em que as emoções deveriam ser intensas e darem-nos calafrios na pele, Emilia continua a fazer expressões faciais de riso em exagero, quando naquela altura deveria estar a presentear-nos com um belo momento de romantismo: a personagem de Lou é um exagero, chegamos a temer pela saúde mental dela. Em alguns pontos do filme faz-me ter alguns vislumbres daqueles pacientes que tomam Prozac para depressões, absolutamente incapacitados de raciocinarem convenientemente, acometidos pelo riso fácil e acessos de felicidade por tudo e por nada, quando não existem razões para tal; muito menos no que diz respeito a um suicídio assistido!


Não é uma comédia romântica!


Nem é um remake de Bridget Jones, é um drama acerca da eutanásia. Ponto!


Há uma flutuação desenfreada na performance de Emilia Clarke quando – teoricamente – Lou deveria fazer-nos chorar copiosamente, mas Thea Sharrock não conseguiu tal feito com a nossa rainha de Game Of Thrones.


Consegui-o sim com Claflin (Hunger Games) que se apropriou do papel muito bem e quer sarcasticamente ou a lançar-nos cuspidelas de desprezo, ainda consegue fazer com que as nossas pernas tremam feito gelatina, e sintamos comiseração para com ele e nos comovamos com as suas deixas, pois Claflin consegue deixar-nos com um nó na garganta e, aí sim, finalmente Louisa chora, algo que até achava já improvável acontecer na tragédia, tal era a sua visão cor-de-rosa de tudo na vida.


E só Deus sabe o quanto detesto cenários cor-de-rosa…

 

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Já se sabe que em cima da mesa existe sempre a tão conhecida discussão sobre a dificuldade que é adaptar-se uma obra de literatura para o cinema sem dividir os fãs. Como romance, a obra desilude naturalmente pela sua simplicidade, eclodindo num final que nos traz – finalmente – alguma emoção à mistura e, pela qual, os espetadores irão aguardar todo o filme. Como adaptação, muitos capítulos interessantes foram deixados de fora e informação relevante deixada de lado, por conseguinte, aconselho a lerem o livro!


Entender a dinâmica dos dois personagens dependerá muito da nossa própria visão sobre a vida, romances, relacionamentos, metas, objetivos etecetera!


Devo dizer que todos esses elementos estão presentes no filme, porém de maneira tão recalcada que quase temos de andar a vasculhá-los como se estivessem escondidos algures e não sei se tal funciona para mim como telespectadora.


Afinal de contas, deveríamos desmancharmo-nos em lágrimas com a temática mor que é a eutanásia.

 

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Quase a totalidade da longa-metragem é sustentada pela interpretação e jogos de diálogo e ações entre Emilia Clarke (a nossa bem amada Daenerys, da série Game of Thrones, que interpreta a protagonista Lou) e Sam Claflin (o Finnick da saga Hunger Games, que encarna o complicado Will). As cenas funcionam, mas não muito. Lá está, Sam Claflin ganha em toda a performance e parece que Emilia Clarke não consegue acompanhar a sua intensidade de interpretação.


Embora a relação dos dois seja difícil – quem leu o livro sabe-o bem -, somente, e tão-somente nas últimas cenas é que realmente nos é possível ver e sentir a grande interação dos dois personagens (a vinte minutos do fim do filme). Tudo isso somado com uma temática delicada, uma música não muito apelativa, um cenário neutro e a angústia de já se saber o que vai acontecer, gerou um final algo agridoce, mas que, justiça lhe seja feita, conseguiu arrancar lágrimas aos espetadores que já conseguiram visualizar o filme.

 

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Stephen Peacocke (o Stéphanos da última adaptação de Hércules) garante a sua presença ao dar vida a Nathan, o enfermeiro de Will. Nathan é um personagem secundário que possui características extremamente cativantes no livro e, no filme, é possível admirá-lo pela sua paciência, dedicação, maturidade e respeito para com os demais personagens, mas não é um encantamento à primeira vista.


O humor é garantido e até desnecessário nas cenas rápidas e de segundo plano onde Matthew Lewis (o inesquecível Neville Longbottom de Harry Potter) encarna o arrogante e chato Pat, namorado de Lou. E quando digo chato, estou a falar a sério…


Contudo, o filme deixa a desejar ao não trabalhar bem o enredo dos pais de Will, Stephen Traynor (Charles Dance, o Tywin Lannister de Game of Thrones) e Camilla Traynor (Janet McTeer, recentemente vista como Edith Prior na saga Divergente). Embora isso não pareça muito importante no filme pois assumem papeis tão secundários que quase nos esquecemos que existem na trama, o casamento dos dois e o seu relacionamento tem um papel grandioso na obra de Jojo Moyes; aqui completamente anulado!


Novamente, de realçar, que é a decisão de Will e a interpretação de Sam Claflin que puxam lustro a esta adaptação cinematográfica e lhe dão brio.


Seria hipócrita se afirmasse que Claflin não me fez chorar com a sua cena pungente na praia com Emilia Clarke e que a única lágrima que lhe rolou pelo olhar ao despedir-se de Lou, na Dignitas na Suíça, não me partiu o coração. De salientar, vincar e sublinhar que Sam Claflin realmente ganhou-me a admiração e encheu o meu peito de sentimento.


Entre Game Of Thrones (a alucinada Louisa Clark e o pai de Will Traynor), Downtown Abbey (o magistral Mrs. Bates é o pai de Louisa num papel secundaríssimo), Harry Potter (o descabido arrogante obcecado por recordes namorado de Lou) e Hunger Games (Will Traynor), ganhou claramente Finnick de Hunger Games!


Sam Claflin é a estrela mor do filme.


Tão estelar que até conseguimos compreender a decisão de Will!

 

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Texto & Crítica: Vanessa Paquete 2016 ©

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SIM, PORTUGAL ESTÁ NA FINAL DO EURO2016 : " SE FALHARMOS, QUE SE DANE!"

 

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Sim, chegamos a final do Euro2016!


Contra todas as probabilidades das manchetes internacionais que – num jogo psíquico muito macabro – nos derrubaram, apostrofaram-nos de equipa ociosa onde o tédio imperava, rotularam-nos de um grupo de sucias que tampouco deveria ter passado dos quartos de finais; eramos um gáudio inofensivo que não metíamos medo a ninguém, um grupo de parasitas que apenas colecionava empates e prolongamentos, incapazes de concretizar um bom resultado nos 90 minutos de jogo.


Contudo, chegamos a final do Euro2016!


Sim, colecionamos empates.


Mas quando num jogo contra a Húngria as duas equipas se equivalem com seis golos e temos de enfrentar as tão temíveis quantas matemáticas, só podemos reclamar do quão renhido foi o embate e do quanto nos debatemos brilhantemente aqueles minutos para não permitirmos que o adversário nos levasse a melhor.


Não nos destacamos pelo exibicionismo!


Só os grandes sabem que os passes exibicionistas e os grandes golos onde se plana no ar para enfrentarmos a baliza num duelo mano a mano, se reservam para os momentos de glória e – ainda assim – a linguagem que utilizaram acerca da nossa nação continuou a ser um linguajar insultuoso, pejado de ressentimento e ira.


Não lhes bastou verem Quaresma, Renato Sanches, Cristiano, Nani, Patrício e tantos outros fintarem a bola incisivamente. Não lhes bastou contemplarem nenhuma das nossas acrobacias; apreciarem a nossa excelente estratégia defensiva que muitos tentaram furar nos dois últimos jogos e onde galeses e polacos temiam entrar. Para eles, continuávamos a ser uma equipa petulante, uma corja de meninos insensatos que impelidos por uma bênção qualquer dos céus iam passando obstinadamente fase após fase.

 

Quiçá, abençoados pela comiseração de um Deus que nutre alguma afeição por aquele que é considerado o melhor jogador do mundo.

 

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Sim, Cristiano Ronaldo pertence-nos, mas entrou neste Euro 2016 com o ensejo de ser a locomotiva que direciona, guia, motiva e apela os jogadores que o veem como o capitão e nunca como o estandarte do “ melhor jogador do mundo “. Aqui, não há individualidades nem espaço para se ter um único herói. Somos uma coletividade. Onze jogadores em campo arreigados de convicção e Cristiano sabe-o!


Chamaram-nos de equipa sensaborona, sem golos ou remates apreciáveis para se discutir na UEFA e fazer manchetes de jornais até que Cristiano voou, desafiando as leis da gravidade e concretizou o impossível: ficar suspenso no ar milionésimas de segundos, focar e rematar a bola a baliza. Continuava na mesma a ser o melhor jogador do mundo, capitão da equipa das Quinas, mas não merecedor de suplantar a equipa de Gales e classificar-se para a Final porque Portugal que, justamente, marcou presença em meia dúzia de finais europeias e numa final da competição em 2004, aos olhos dos tenebrosos críticos que os ceifam, parecem ser uma equipa de ínfima e reduzida importância, merecedora de gracejos e não aplausos.


Fazem-se apostas para que Cristiano possa vir a chorar lágrimas sofríveis com sabor a fel, ao invés de lágrimas de alegria, redigem-se manchetes agrestes onde se lê nos cabeçalhos que Portugal está derrotado a priori porque continuamos a ser uma espécie de súcias de indígenas que nem deveriam ter sequer galgado as fases eliminatórias: como foi possível tal acontecer???

 

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Com força e convicção!


Manifestando indiferença perante os pareceres alheios daqueles que nos roubam os sonhos e a esperança e nos reduzem a lama.


Enlevados pelo ímpeto de uma nação inteira que os acompanha e os draga com galanteios mesmo quando o jogo não foi tão apreciável ou bonito de se ver.


Empurrados por um capitão que não permite a receção de um “não” e ordena-lhes “ que saiam do seu casulo", assumam o seu papel na competição e marquem um penaltie quer queiram ou não. “ Se perdermos que se DANE “! Apoiados por um treinador que rabisca táticas num pedaço de papel e que, a meio do jogo, as entrega ao jogador que chama de lado e passados segundos esse jogador finta a baliza do adversário. Unidos por um objetivo. Irmãos de sangue na concretização de um sonho.


Não importam as estatísticas que estão para trás, desde quando o mundo se rege por estatísticas? O mundo – até mesmo o do meio futebolístico – rege-se pelo querer, a força de vontade e a bravata de se alcançar o inatingível até ao momento.

 

Somos muitos!


Mais do que onze milhões…

 

Porque se uns nos contorcem a fé e nos pontapeiam o ego, outros irão acompanhar-nos no nosso ígneo suplício e essas são as vozes que verdadeiramente nos importam e aquelas que queremos ouvir, não as dos maldizentes sorrisos sardónicos que esperam que HOJE a França se sagre novamente campeã Europeia.


Esta é a nossa noite rapazes, façam por merecê-la!


Respondam-lhes com um encolher de ombros apologético, mostrem-lhes indiferença, batam-se pela vitória, reescrevam a nossa história e, sim, utilizem como apanágio de equipa a tão mítica frase de Ronaldo “ Se perdermos que se dane “ !


Nós cá estaremos para vos apoiar!


Sim, gritemos bem alto: chegamos a final do Euro2016!

 

 

Texto & Crítica: Vanessa Paquete 2016 ©

Todos os Direitos Reservados ®

 

" CSI CYBER " COM DIOGO MORGADO NA SIC: II TEMPORADA ESTREIA ESTA NOITE NO CANAL DE CARNAXIDE (07 JULHO 2016 ÀS 00:30)

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Estreia esta noite na SIC a II temporada da série CSI:CYBER e com sabor lusitano, visto que o ator português Diogo Morgado, surge nesta II temporada como o Agente Miguel Vega.

 

É difícil de quantificar em palavras o quão fascinada fiquei com a sua participação nesta série, não só pelo elenco de luxo que reúne, como pela sua brilhante performance. Facto constatado. Irresoluto. E infinitesimalmente comprovado.

 

O ator português não para de surpreender o público. Depois de participações nas séries "The Messengers" e "Revenge", e do papel principal que assumiu na minissérie "The Bible" e filmes como "Son Of God", "Love Finds You In Valentine", bem como a sua passagem pela hilariante comédia, "Virados do Avesso", a realização de uma curta metragem com Daniela Ruah sob o sol californiano “Excuse” e a gravação de uma longa-metragem em solo português com Rui Unas e Luciana Abreu,  “Malapata”, Diogo estreia-se esta noite na SIC em CSI:CYBER, no papel do agente Vega, mostrando-nos o quão maleável e multifacetado consegue ser.

 

O programa norte-americano da cadeia CBS, criado por Anthony E. Zuiker, Carol Mendelsohn e Ann Donahue, gira em torno da Agente Especial Avery Ryan, encarregada da Divisão de Crimes Cibernéticos do FBI, em Quântico, Virgínia. A segunda temporada estreia esta noite na SIC, tendo sido precisamente nela que Diogo fez a sua estreia.

 

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A série que tem como principais estrelas Ted Danson e Patricia Arquette, recentemente vencedora de um Óscar, conta ainda com nomes como James van der Beek, Shad Moss, Charley Koontz, Hayley Kiyoko, entre outros.

 

A interação do ator com o restante elenco é de se lhe tirar o chapéu. Não existe fuga nem indulto possível a esta afirmação: “ Diogo convence de verdade”!

 

E é exatamente neste ponto que entra toda a veracidade, comoção e singular interpretação de Diogo na sua estreia na série CSI:CYBER: a sua brava simbiose com Patricia Arquette! Não tendo surgido na narrativa como um agente novo que vem integrar a unidade, mas sim já como um velho conhecido de Avery, a tarefa poderia afigurar-se-lhe mais difícil e complexa, visto que tinha de recriar para o ecrã, laços passados já bem vincados e uma química entre parceiros, porém, ao contemplarmos as cenas lá está ela; aquela tal química, aquela habilidade interpessoal e aquela conexão afetiva com Avery (Patricia Arquette).

 

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Diogo Morgado ao lado da atriz Patricia Arquette

 

Desde 2013 que Diogo nos tem demonstrado resultados brilhante nas suas interpretações. Por vezes, tal frase parece anular os seus vinte anos de carreira para trás, mas desengane-se quem pensa que ao falar assim afirmo tal; simplesmente, parece-me que a profissão de um ator deve ser eclética e o mais diversificada possível e que – por vezes – a rotina e o representarmos sempre os mesmos papeis no ecrã nos estereotipa e nos coloca um rótulo, acabando por estagnar a nossa progressão, tornando a profissão de ator num ciclo vicioso bastante cansativo que satura a nossa imagem ante o público.

 

Quando os papéis são interpretados com amor e paixão é impossível não sermos reconhecidos e Diogo possui sentimento, emoção e dedicação de sobra para com a sua profissão, bem como respeito: quatro premissas fundamentais para se construir uma carreira de sucesso!

 

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Já quase a completar 20 anos de carreira o ator passou um pouco por todos os registos que existem a nível nacional; deste teatro, revista, musicais, comédia, cinema, ficção nacional e agora, realização. Diogo é aquilo a que se chama um perpétuo estudioso, uma TOUR DE FORCE, um ator que ousa arriscar e atirar-se no abismo porque sabe, de antemão, que o não está garantido à partida. Mas tudo isto Diogo fá-lo por amor a uma característica que muito aprecia: a proatividade e a determinação. Usa e abusa da emoção quando o SCRIPT assim o exige, mas só quando o SCRIPT assim o solicita porque se existe algo em Diogo que se encontra bem vincando na sua personalidade é a clara diferenciação entre a realidade da sua vida quotidiana onde o equilíbrio, a ponderação e a equação do risco parecem ser uma constante e os papeis que interpreta no ecrã.

 

Diogo aterrou em Hollywood no novo milênio e entrou pela porta da frente com o papel mais significativo de qualquer carreira cinematográfica: o de Jesus Cristo! Poucos atores poderão gabar-se de ter interpretado no grande ecrã a estória mais conhecida e universal de todos os tempos; a do homem que se sacrificou pela humanidade e que para sempre será citado em escrituras, salmos, cânticos, livros, preces e liturgias! Uma responsabilidade de peso para um ator português que já em 2007 dava cartas no baralho ao interpretar o papel de Santiago Medina na telenovela “ Vingança “ ; uma adaptação de um produto sul-americano baseado no romance de Alexandre Dumas, o Conde de Monte Cristo!

 

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Porventura, terá sido por essa altura que Diogo realizou-se por completo enquanto ator numa narrativa onde o drama e o romance imperavam par a par com uma mescla de ação internacional e vários confrontos psíco-emocionais; algo extremamente inédito e vanguardista num produto de ficção nacional, o que fez de “ Vingança “ uma das telenovelas mais aclamadas até hoje pelo público português. Mal a finalizou, Diogo rumou a Hollywood para ingressar num curso de realizador. Premonições e bons agouros aparte, “ Vingança “ que – curiosamente – iniciar-se-ia em Marrocos (mesmo local onde foi filmada a série e o filme que lhe traria reconhecimento internacional – A Bíblia), parecia tratar-se de um sinal, era como se existisse naquele trabalho de Diogo um leve desígnio do que passar-se-ia alguns anos mais tarde.

 

Para quem acredita: MAKETUB!

 

Diogo Morgado não aprecia que evoquemos que é um homem sedutor, cuja expressão facial nos conquista com um simples olhar ou um simples vislumbre do seu sorriso. Prefere antes que, ao invés, de o acharmos atraente, o achemos um homem de atitude, de condutas respeitosas e procedimentos firmes, talhado com um caracter humilde e despojado de certas superficialidades.

 

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 Diogo Morgado ao lado do ator Ted Danson

 

Uma coisa é certa, qualquer que seja o cenário, Diogo jamais conseguirá fugir do próprio charme que exala porque Diogo Morgado é verdadeiramente um homem que possui uma linguagem corporal muito própria e charmosa, bem como manejos que parecem sussurram-nos tacitamente galanteios.

 

Diogo convence pelo seu talento e não só…

 

Quer seja de smoking preto, flute de champanhe na mão e cabelo retro clássico à anos 60 ou a envergar um fato mais informal, de semblante tétrico e olhar conspícuo ou com ar de mauzão, de pistola em punho, jeans, sweatshirt, colete da Interpol e cabelo desalinhado, este nosso ator português possui qualquer coisa de muito sensual e atrativo que poucos homens têm a sorte de possuir.

 

Se nos endossa o esboço de um sorriso não existem palavras suficientemente dengosas capazes de descrever a miríade de sentimentos que despoleta em nós e o agente Miguel Vega  não é exceção à regra.


Esta noite CSI:CYBER a ser exibida pela SIC!

 

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Texto & Crítica: Vanessa Paquete 2016 ©

Fotos: Diogo Morgado/ CopyRight INST/TWITTER

IMAGES: CBS/CSI:CYBER Copyright

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EU SOU UM ROSTO NA MULTIDÃO; TU ÉS O CENTRO DAS ATENÇÕES...

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Você não me conhece. Eu tenho que gritar isso porque você está surdo e não me ouve. A sedução me escraviza a você. Ao fim de tudo você permanece comigo mas preso a imagem que eu criei. E quanto mais eu falo sobre a verdade inteira, um abismo maior nos separa. Você tem um nome. Eu não tenho. Eu sou um rosto na multidão. Você é o centro das atenções. Mas a mentira da aparência do que eu sou é a mentira da aparência do que você é porque você não é o SEU NOME e eu não sou NINGUÉM...

O jogo perigoso que eu pratico aqui, ele busca chegar ao limite possível da aproximação através da aceitação  da distância e do reconhecimento dela. Entre eu e você existe a notícia que nos separa. A minha nudez parada te denuncia e te espelha. Eu te delato. Tu me relatas. Eu te acuso e me confesso. Assim me livro das palavras, com as quais, você me veste...

 

Eu sei que eu tenho um jeito
Meio estúpido de ser
E de dizer coisas que podem magoar e te ofender
Mas cada um tem o seu jeito
Todo próprio de gostar e de se defender
Você me acusa e só me preocupa
Agrava mais e mais a minha culpa
Eu faço, e desfaço, contrafeita
O meu defeito é gostar demais de você
Palavras são palavras
E a gente nem percebe o que disse sem querer
E o que deixou pra depois
Mais o importante é perceber
Que tudo
Depende só e unicamente de nós dois
Eu tento achar um jeito de explicar
Você bem que podia me aceitar
Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser
Mas é assim que eu sei gostar de você

(Maria Bethania)

(O texto foi ADAPTÁVEL)

 

 

 

LAURA PAUSINI: #PAUSINISTADI 2016 (O REGRESSO A SAN SIRO PASSADO 9 ANOS)

 

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Laura Pausini regressou a San Siro, em Milão, passados 9 anos e fez a sua tão aguardada #pausinistadi que a levou a três estádios Italianos (inclusivamente o de Roma), e comprovou o que já na gíria musical mundial toda a gente sabe: Laura é realmente a maior artista italiana que alguma vez saltou para o circuito musical internacional. Incontestável. Irrefutável. Escrito a ferro e fogo. Laura enverga as cores de Itália e o estandarte do seu país por esse mundo fora como o maior embaixadora do momento. Foi a primeira artista feminina em Itália a conseguir atuar num estádio e lotá-lo em 2007, sob uma descomunal chuva em pleno mês de Julho, que não demoveu um único fã de assistir aquele que tornar-se-ia um concerto mítico.


Em 2016, o feito voltou a repetir-se.


Com duas noites consecutivas lotadas em San Siro, Milão, Laura juntou cerca de 100.000 pessoas que entoaram em uníssono os seus temas. O palco desenhado pela própria em forma de um abraço, passava a mensagem bem clara que, passados 23 anos, o seu público ainda era o seu aconchego, o calor que a aquecia no amago da sua alma, e bastava dar um passo em frente para aquele abraço indissolúvel que os seus olhos e a sua voz ficavam presos naquela imagem, de um estádio cheio que dragava beijos, saudações e clamores na sua direção e exultavam com a sua presença; assim é Laura Pausini!


O sucesso do multiplatinado álbum lançado em Novembro do ano transato deu o mote para um concerto recheado de temas fortes, baseado no título do trabalho em questão: “ Simili “ ou “ Similares “. É uma Laura enlevada pelo galanteio e a adrenalina do seu público, que mescla intimidade e simplicidade - algo bastante difícil de se fazer ante 60.000 pessoas -, que abre o espetáculo com um monólogo escrito por Massimiliano Bruno: “ Os soldados do amor, eu trato-os como iguais. Milhões de olhos de cores diversas que vasculham e possuem medo. Livres para serem diferentes mas focados em manterem-se juntos, aguentando as suas lágrimas e os seus risos, lutando com golpes, afagos e olhares, encorajados pela proteção mútua. Jamais se conquista algo com o ódio. E contra tudo e contra todos devemos unir as nossas mãos. Não existem idades, alturas ou cores…apenas um projeto em comum. Engrenar no ritmo e ficarmos juntos neste relvado para pudermos contemplar o que existe mais além! “

 

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Laura cronometrou o seu espetáculo para duas horas e meia nos três estádios (muito em parte devido ao facto de o estádio Milanês de San Siro ter restrição de horário), e tenta numa tarefa árdua e difícil conciliar todos os seus sucessos passados com os temas presentes, alternando grandes sucessos da sua carreira (muitos deles interpretados em Medleys), com a primazia do seu novo álbum. No total são 45 temas interpretados, o que levou Laura a tomar sérias precauções a nível vocal devido a amplitude dos estádios e ao volume sonoro que estes exigem. Momentos de silêncio para resguardar a voz. Alguns exames vocais, precauções e vigilância médica mas, acima de tudo, o resguardo da sua voz através do silêncio.


Laura quis agradar a todas as faixas etárias dos seus fãs.


Aqueles que a seguem desde 1993 e os mais recentes que talvez a conheçam de alguns anos para cá, apenas!


Junto a si em placo, possuiu seis coristas, onze músicos (incluindo um quarteto de cordas) e trinta bailarinos que levaram os estádios ao rubro nos temas mais dançáveis como “ Inamorata “ de Jovanotti que é interpretada duas vezes
(é o tema que despede toda a equipa de Laura do seu público), e que parece ter sido concebida para ser tocada e dançada propositadamente em estádios. Temas como “ Resta In Ascolto “ continuam a ser momentos únicos que fazem Laura recuar a um passado sombrio que trazem à superfície o seu lado mais agressivo, quer a nível vocal como a nível de performance. Parece que Laura, apesar de toda a felicidade com que foi bafejada, não se esquece que em tempos foi traída por um homem que amou incondicionalmente e a guilhotinou

 

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A provar tal, temos uma Laura que pega numa guitarra elétrica e entoa, numa mudança volátil de humor “ Come Se No Fosse Stato Mai Amore “, outro tema intempestivo que faz a própria Laura confessar ante o seu público “ Esta jamais poderia faltar “. O tema parece conectar-se com grande parte do público que, a dada altura da sua vida, já deve ter passado por uma situação semelhante. É uma canção icônica, cantada em uníssono e com alguma raiva até. Laura confessa que a interpreta sempre assim, apesar de presentemente possuir uma vida estruturada, mas que tal tema a faz regressar ao passado e que não vê estranheza na sua raiva. Outro tema que havia sido emblemático em San Siro em 2007 e que encerrara o espetáculo é “ Una Storia Che Vale “ que, desta feita, volta a ter o mesmo impacto no público: entoação em uníssono de vozes afinadas e comovidas.


E de Medley em Medley e atuação em atuação, Laura vai fazendo uma oscilação de humores da sua fase mais sombria da sua vida para os momentos mais doces da sua carreira e o encontro consumado com a paz, finalmente!

 

“Casomai” não poderia faltar e é uma desinibida, sempre indiscreta Laura Pausini, que direciona o seu olhar e a sua voz para Paolo Carta e lhe dedica o tema da história de ambos. De recordar que quando o cupido bafejou a dupla com a seta do amor, Paolo era casado há quinze anos e pai de três filhos e tal criou uma série de rumores em torno do casal. Ele foi visto como um oportunista. Ela como uma destruidora de lares. É com paixão e abraçada ao seu marido que Laura canta “Quantas pessoas me diziam “ Jamais acredites nele “, com a inveja de quem aguarda a repercussão de tal problema. Neste caso foi para melhor, tudo mudou. Neste caso, o erro foi não ter-te encontrado mais cedo, algum tempo antes de as emoções formarem a minha personalidade e entretanto o mundo julgava-me, porque havias tido de escolher entre ela e eu, atrás das paredes toda a gente sussurrava, ela desde que o encontrou já não é mais a mesma…” Paolo sorri discretamente. Sabe que ante milhares de pessoas está sob as luzes dos holofotes e aquele é o momento de ambos, ovacionado por um público entusiasta. Laura não se coíbe de mostrar as suas emoções e canta tão-somente para o seu marido. Um ecrã gigante, pejado de cenas de vídeo-clips, close-ups do concerto e o próprio público, foca a simbiose do casal.

 

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E os momentos intimistas da sua vida privada não terminam por aqui pois é com o seu público que Laura divide as páginas da sua vida e tudo aquilo que vai escrevendo no seu diário; “ Invece No “, coloca o estádio em lágrimas e é entoada como um grito pungente em forma de dedicatória a todas as pessoas que perdemos na nossa vida (quer a nível físico ou sentimental). Um tema que não deixa ninguém indiferente por ser tão emblemático e nos abranger a todos, na realidade; quem de nós nunca perdeu alguém ou deixou algo por dizer a alguém que amava?

 

No estádio de Roma, Laura, atreve-se a falar das redes sociais e a dedicar tal tema a uma seguidora sua no Twitter que se encontrava no estádio essa noite e havia relatado a Laura num Tweet que havia perdido a sua mãe. É para essa fã, cujo nome Laura refere dezenas de vezes, que as vozes se elevam em lágrimas essa noite e Laura de olhos marejados de lágrimas diz “ Esta é para ti. Fecha os olhos! “ Notáveis, são os variadíssimos interlúdios musicais que a sua banda e coristas vão fazendo, enquanto Laura muda de figurino. As vozes das coristas já são conhecidas de muitos mas, este ano, para os estádios houve reforço e inovações. Canções como “ Simply The Best “ de Tina Turner, “ Crazy In Love “ de Beyoncé, “ With Or Without “ dos U2 e “ Locked Out Of Heaven “ de Bruno Mars, deram brilho ao espetáculo.

 

Outro momento intimista é quando Laura interpreta ao piano os temas dedicados a sua família. “Celeste” é cantada com comoção e numa atmosfera de quietude, com uma compositora toda vestida de branco a depor nos acordes do seu piano, igualmente branco, todo o amor que nutre pela sua filha: a dor, a espera, a ânsia do seu olhar vai transformando-se em versículos de comovida alegria. De relembrar que “ Celeste” foi composta quando Laura acreditava já não ser mais possível ter um filho, a não ser que recorresse a uma cirurgia.

 

De seguida, outro momento junta Paolo e Laura sob as luzes dos holofotes, ambos sozinhos, apenas acompanhados por uma guitarra acústica e as imagens da filha de ambos a serem passadas no ecrã gigante ante milhares de seguidores que cantam com Laura “ É a lei que devo l`amore”. Um momento de partilha da vida de ambos muito apreciável e aplaudido pelo público.

 

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“Sono Solo Nuvole”, a canção/poema escrita por Sangiorgi Negramaro é entoada numa atmosfera etérea, para Laura de seguida partir para alguns êxitos passados que fazem os telemóveis vibrar da esquerda para a direita e da direita para esquerda com as luzes ligadas a interpretarem “ It`s Not Goodbye “, “ 200 Notes “ e a tão aguardada “ Seamisai”. “Entre Te E Il Mare” rouba-nos os corações há já dezasseis anos e é com grande alegria que os romanos veem Biagio Antonacci surgir no estádio de Roma para interpretar um outro êxito seu “ In Una Stanza Quasi Rosa “, e aproveitam a ocasião para lhe cantar à capella, a composição da sua autoria que maior fama daria a Laura “ Entre Te E Il Mare “, que acaba por unir-se a mais recente craição do autor para a cantora “ Lato Destro Del Cuore “ .

 

No total são 45 temas, repartidos por duas horas e meia de espetáculo; baladas, performances rockeiras e dance music para fazer o público tirar o pé do chão. Laura mostra-se sempre muito comovida e empática, acenando ao seu público e – já como é habitual – fazendo interlúdios seus das histórias por detrás de cada tema e incentivando os seus fãs, inclusive, a fazer duetos com ela. Uma artista de mãos dadas com os seus seguidores e de coração aberto. Absolutamente inquestionável.

 

Laura não dispensa uma boa troca de vestidos ao longo de toda a noite. Na realidade, algo bem mais glamoroso do que o San Siro de 2007, onde Laura fez apenas duas trocas de OUTFITS e um deles era jeans com uma jaqueta. A indumentária está a cargo de Nicholas Cerioni que alternou entre cores vibrantes e cortes de vestidos à ragazzina de anos 50, para algo mais sóbrio e sofisticado como o belíssimo vestido aos folhos amarelo que fecha o espetáculo ao ser entoada “ Lato Destro Del Cuore “ !

 

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Portugal não ficou esquecido no meio de milhares de vozes que se sublevaram naquela noite no estádio do AC Milan e, embora, muito provavelmente Laura tivesse avistado – como a própria ia afirmando ao longo do concerto – bandeiras de variadíssimos países mas não a de Portugal, a cantora italiana focou o nosso país e mandou-nos beijos e numa homenagem luso-brasileira entoou um tema à capella na língua de Camões.

 

Laura não falhou, contra algumas probabilidades dos jornais italianos, e num gesto destemido e arruaceiro (que bem podia ter sido feito por uma mulher do norte de Portugal), ergueu o dedo do meio para os jornalistas que afirmaram veementemente que ela jamais conseguiria lotar San Siro por duas noites consecutivas; fotografia que percorreu escandalosamente todas as redes sociais em fração de segundos!

 

O êxito cumpriu-se e a frase mística de Laura (agora alterada para o singular também) de mandar-nos para casa fazer amor voltou a repetir-se.

 

De seguida, Laura empreende uma extenuante e exaustiva tournée norte e sul-americana que – literalmente - fá-la-á percorrer em dois meses todo o continente americano de lés a lés; desde o Canadá, passando pela América, todo o território sul-americano até ao Brasil onde a italianinha atuará em São Paulo e Rio de Janeiro.

 

Em seguida, a Europa!

 

Laura Pausini tem 42 anos, 23 de carreira e está imparável! É uma artista icônica. Muito provavelmente, a mais ativa do momento; aquela que leva a língua italiana aos quatro cantos do mundo e, cujo legado, jamais será suplantado!

 

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Design de Flyers: Vanessa Paquete 2016 ©

Texto & Crítica: Vanessa Paquete 2016 ©

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