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FIFTY SHADES OF VANESSA PAQUETE

FIFTY SHADES OF VANESSA PAQUETE

SIM, SOU MULHER E GOSTO DE FUTEBOL /QUARESMA LEVA-NOS AOS QUARTOS DE FINAL DO EURO

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Dizem que as mulheres criticam os homens por apreciar futebol. Porém, quando chega a hora da seleção jogar somos nós as primeiras a mostrar a nossa cara pintada com as cores vermelho e verde, as primeiras a envergar t-shirts sexies com as insígnias de Portugal, as primeiras a adiantar o jantar para nos sentarmos em frente ao sofá para vermos os nossos onze magníficos a fazer o seu samba de bola.


Nós, mulheres, gostamos de futebol.


Principalmente, se estivemos a falar da seleção nacional que enverga as cores do nosso país além-fronteiras e faz ecoar o nome da nossa nação pelos quatro cantos da Europa.


É uma questão de patriotismo, sim!


Não somos cegas. Aliás, creio que ninguém é cego. Sabemos perfeitamente bem a situação calamitosa do nosso país a nível socioeconómico, da precaridade instalada numa nação que não possui mais de onze milhões de habitantes e onde, cada vez mais, se consegue sentir o fosso entre a classe média-alta (antiga burguesia) e a classe baixa (a plebe)!


Eu própria sou uma das vítimas deste governo desgovernado!


Contudo, como não nos deixarmos hipnotizar por aquele vaivém de bola que faz o nosso coração acelerar, titubear e sofrer de síncopes cardíacas? Não se trata de nos deixarmos inebriar por um CR7 e a sua valsa de bola que – para uns não tem agradado o compasso e para outros faz o que pode – mas, sim, deixarmo-nos inebriar por uma evanescência qualquer que nos injete adrenalina nas veias, nos faça o sangue latejar e os pulmões gritarem alto e bom som, insensatos e frivolamente que aqueles onze homens representam as cores do nosso coração e que- independentemente – do visível caos do país que nos faz mergulhar num estado depressivo deplorável, ainda existe algo que nos faça vibrar em uníssono e assoberbar os nossos sentidos por 90 minutos que seja.


Portugal está nos quartos-finais!

 

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Quem – no seu íntimo – não terá rejubilado com tal feito e aplaudido interiormente, mesmo que não o tenha demonstrado?


A semana chega com todos os nossos problemas a mesclarem-se numa grande redoma de vidro de onde não conseguimos sair, e de repente, existe aquele desejo indizível e dissoluto que chegue aquele tal dia; o dia de onze homens entrar em campo e nos toldarem os sentidos por breves minutos que sejam…


Naquele momento não sou ninguém!


Naquele momento sou um todo!


Harmonizo a minha voz para entoar o hino nacional. A minha prerrogativa é uma e única: a vitória! Que vençam e me façam soltar um grito no fim do jogo. Deposito a minha fé naqueles onze homens que não conheço de lugar algum para me arrancarem da depressão e do caos que é a minha vida. Durante aqueles 90 minutos não tolero complacências. Não sou condescendente. Sou uma mulher e – igual a qualquer outro homem - quero que tragam a taça para casa e façam com que o meu rosto pálido como mármore se ruborize, ganhe vida e possa esboçar um sorriso de felicidade.


Os problemas continuarão a surgir, a doença de qualquer individuo continuará a avançar, a conta bancária continuará a decrescer, os filhos a chorar e as palavras de encorajamento a escassear.


Mas durante os 90 minutos que aqueles onze homens estão em campo ninguém mais olhará para nós com comiseração, não haverá o ensejo de nos dardejarem com palavras de esperança que não existem mais; essas agora estão depostas num campo de futebol numa cidade qualquer francesa e é lá que devem ficar!


A vida é efémera e sensaborona.


Sim, bem sei, eu não ganho os milhões que eles ganham!

 

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Tampouco estou indiferente a tal, mas deixem-me sentir por uns breves minutos, a ser impelida por um sentimento de orgulho incontrolável e pela vontade de os ver a marcar golos na baliza adversária. Deixem que o nervoso miudinho tome conta de mim e as lágrimas possam jorrar dos meus olhos se não passarmos dos quartos-finais. Prefiro derramar lágrimas pela confiança dos nossos jogadores ter titubeado em campo do que pelo caos da minha vida.


Estou confiante e tenho a plena convicção de que voltarei a gritar por Portugal!


Nós, mulheres, gostamos de futebol.


Nós, mulheres, gritamos quando o Ricardo Quaresma transformou um resultado irremovível numa passagem sofrida mas não impossível.


Não somos frívolas no nosso dia-a-dia, tampouco insensatas. Não perdemos o juízo ou o senso-comum.


Todos os dias somos bombardeadas pela vida, o governo, os órgãos de comunicação social, os vizinhos até com saudações anti climáticas, e lá vamos nós aguentando estoicamente este caos que é a nossa vida, portanto, deixemo-nos de palavras e atitudes dengosas e exultemos, por uns breves 90 minutos, pelos onze homens que entram em campo e que – num samba de bola frenético – podem transformar as vergastadas que a vida nos dá em carícias momentâneas a aflorar o nosso ego.


Sim, sou mulher, e gosto de futebol!


Sim; sou Portugal!

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                                                                        Texto & Crítica: Vanessa Paquete 2016 ©

Todos os Direitos Reservados ®

 

 

DECISÃO DE VERÃO: TIRAR FÉRIAS DO FACEBOOK E USUFRUIR DO MELHOR QUE A VIDA TEM PARA OFERECER: A PRÓPRIA VIDA!

 

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Como decisão estival, decidi abandonar o Facebook!


E foi a soluçar e de olhos a lacrimejar, dobrada sobre mim mesma que tomei tal resolução.


Parecia algo patética, dado que não possuo ninguém de interesse no Facebook e era quase incompreensível o porquê de tal dor penosa: creio que é o hábito!


Nos últimos meses, como resolução de vida, resolvi dizer a toda a gente aquilo que me ia na alma (para o bom ou para o mal) e se, por vezes, tal acto é espontâneo, noutras é um acto puramente refletido pois sinto que tenho mesmo de dizer a essa pessoa o que penso acerca dela, todavia, escolhi não o fazer via redes sociais.


A minha paciência começou a esgotar-se com o último evento que se realizou. Com uma série de paranoicas, psicopatas e inimigos a querer destruir o que se estava a fazer é de conhecimento geral, que se fosse eu que tivesse a frente de tal, este seria cancelado.


Razão?


Sou uma mulher de paz, curiosamente!


Posso não o parecer mas sou!


A minha paciência não consegue suportar a inveja, a rivalidade e a falsidade que existe nesta rede social respeitante ao mundo da fotografia, é como dormir com o inimigo: complôs; mentiras; aldrabices; ameaças, tudo o que se possa imaginar de sórdido e desumano.


A paciência já vinha a rebentar pré-evento.


Cumes de problemas. Perfis falsos. Ameaças de retirada de modelos. Ameaças de processos judiciais. Literalmente, parecia a III Guerra Mundial. Momentaneamente, e para resguardar o evento fechei a boca, mas tanta maldade colocava-me incrédula. Cedo, apercebi-me que – neste mundo da fotografia – este era o MODO OPERANDIS : mentiras; difamação; calúnias e falsidade.


Não adepta de tais coisas na minha vida começou a subir-me a mostarda ao nariz e não no bom sentido. Queria-me afastada do Evento. Se possível a todas as pessoas envolvidas para que pudéssemos viver em paz e respirar energias positivas. Uma nuvem cinzenta de mau agouro fazia-me previsões de uma grande intempérie. Eu gosto apenas de me descontrolar por uma razão: homens e tão somente homens!


Eu só me permito a mim própria um descontrolo de emoções e esse é o meu calcanhar de Aquiles: homens & ciúme! A paixão deixa-me cega e, por vezes, controlar as minhas emoções é uma luta inglória, todavia, esses são os únicos argumentos que desculpo na minha existência para entrar numa guerra: o amor, a paixão, o ciúme…

 

Já falei aqui do Cyberbullying, do qual, fomos vítimas. Milhares de perfis falsos juntaram-se para nos denegrir. O estranho era eu conseguir reconhecer a escrita e conseguir diferencia-la de perfil para perfil. Como já foi relatado aqui também num post anterior, os IPS foram mostrados e entregues a PJ. Numa noite as 03 da manhã eu decidi mesmo abrir o caso. Absolutamente contrafeita e indignada por ter de estar a gastar a minha energia contra os malfeitores que não possuem um pingo de índole ou decência, estava furiosa!


Não queria ter entrado naquele mundo da fotografia.


Amaldiçoei mil vezes o dia em que o fiz e os hipócritas que nos sugam as energias, respiram malvadez e expiram complôs!


Abanei a cabeça e disse que NÃO, já parecia a música do DENGAZ!


As palavras de uma figura pública que em 2009 declarara as redes sociais más e pavorosas e que só entrara nelas a conselho do melhor amigo também não me saiam da cabeça; parecia um maldito karma!


Era como se as suas palavras fossem água cristalina de conhecimento ou vergastadas nas costas, Seja de que maneira for – mais uma vez – ela possuía a sabedoria do seu lado e toda a razão. Aliás dita pessoa só aderiu ao Facebook em finais de 2012. Quando me recordo disso, penso sempre no tempo precioso que ele gastou a viver a vida junto da sua família e a trabalhar, ao invés, de estar naquela rede social a ver ou a ler o que não desejava.


Homem sábio!

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Por uma ridícula ironia do destino, seria ele próprio a dizer-me tal este ano; a ínfima importância que as redes socias possuem na sua vida. Achei-o deveras tão sincero que o único ciúme que posso sempre nutrir é o daqueles que usufruem da sua teimosia, casmurrice, racionalidade e companhia.


Infelizmente, por vezes, pareço nutrir uma relação de amor-ódio com ele mas é porque acredito infinitamente nos seus dogmas mas não o posso demonstrar, sem que me rotulem de, sei lá, como explicar isto? Ahhh, bom… Não sei se atingem ou não, o resto fica ao critério da vossa fantasia!


Eu própria pareço casmurra, teimosa, intratável para com ele mas isso é uma questão de orgulho: evidentemente que tudo o que ele diz parece bater certo como um mandamento e a sua racionalidade parece uma bofetada de luva branca que desarma o mais altivo dos espíritos e o meu é bastante orgulhoso.


Deixem-me que vos conte algo para aliviar um pouco a tensão: Vi-o nos Globos de Ouro. Na passadeira vermelha e, posteriormente, na gala. Queria fazer uma crónica no Blogue acerca de tal mas ainda não tive coragem pois aquilo parecia a via-sacra lacrimal. Ao vê-lo, entrei em pânico, o corpo ficou gélido, não conseguia sair dali. Ficaria ali presa para sempre no meio da multidão, caso o meu colega não me tivesse ajudado a evadir-me. Consegui esconder-me por entre os transeuntes e toda encolhida a chorar. Era esta a minha primeira reação ao vê-lo após uma ridícula discussão: as lágrimas turvavam-me os olhos, deixei de ver por segundos e senti na ponta dos meus dedos ao enxaguar as lágrimas a tinta preta do eyeliner e do rímel. O meu colega tirou-me de lá num ápice e fez-me caminhar por entre o labirinto de pessoas até uma casa de banho onde me pudesse recompor. De lenços de papel na mão e a soluçar, tampouco sei como tive coragem de assistir a Gala, mas, creio que essa crónica deva ficar para uma outra altura!

 

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O Facebook? Pois!


Exausta das paranoias do Evento, mais as agravantes de perfis falsos a atacarem e ver o meu nome enxovalhado porque disse aquilo que pensava de uma pessoa e ela não foi capaz de o guardar para si, ignorar e mandar-me ir dar uma curva ao bilhar grande, ainda tive de levar com o rótulo de descompensada e desequilibrada e um rebanho fiel de seguidores a comentarem algo acerca de alguém que nem conhecem; o mundo do facebook é genial não é verdade?


Desequilibrada e descompensada deve ser o rótulo que mais me atribuem.


Os loucos possuem sempre genialidade; nunca ouviram dizer?


Mas descompensadas e desequilibradas foi o que mais encontrei neste evento. Ao final de duas semanas, já não aguentava ouvir falar no nome de X ou Y. Mais uma vez, se a página fosse administrada por mim teria ido abaixo porque este mundo precisa de paz e de pessoas de boa índole que ajudem as tais desesperançadas (e não descompensadas) a acreditarem que existe bondade neste mundo, a guiarem-se pela fé, a respirarem energias positivas e a caminharem para algo melhor, todavia, havia muitas responsabilidades a serem cumpridas com certas entidades.


Mas guerras? Não, obrigado!

 

Já me bastam os meus estúpidos erros que me acarretam dissabores, mas esses são no foro da emoção e a racionalidade ainda não se conseguiu sobrepôr aos sentimentos.

 

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A minha opinião? Estou num país democrático!


Sei que não infringi leis nenhumas e que, apesar da amargura das minhas palavras, sei que o que disse está certo. A malvadez pode ser disfarçada mas vem sempre ao de cima quando encostada a parede.


Boas maneiras para Inglês ver é muito bonito de ser praticado, enfim…


O Facebook pode ser tóxico…


Eu, que me limitei a dar a minha opinião em privado, fui chacinada em público porque – óbvio – o que a malta gosta é de ver o circo a arder, como tal, e já esgotada e pelos cabelos a minha decisão foi DIZER QUE NÃO, tal como o DENGAZ!


Recordei-me de uma velha conhecida de nome Joanne que ficara de coração destroçado ao ver o seu ex-amado com outra. Na altura, ao ver a Joanne a colocar o Facebook abaixo – também feita meio aparvalhada – achei que a Jo estivesse grávida dele e desejasse sossego. Afinal, a Jo estava em profundo luto e a sofrer porque a relação terminara. Numa atitude muito corajosa e racional, colocou o seu Facebook abaixo por quatro meses.


Achei tal de uma coragem sublimar!


Aplaudi-a mil vezes!


Hoje, no meio do turbilhão, voltei a aperceber-me que a Joanne voltara a colocar o Facebook abaixo. Passados dois anos da descoberta do outro relacionamento do seu e meu ex-amado a caminho de ser pai ou já feito pai, questionei-me se a paixão fora tão profusa que a Joanne não conseguia contemplar o que os seus olhos não desejavam ver.


Anui que sim.


Agarrei-me ao exemplo da Joanne e disse para mim própria “ Se não gostas de estar no meio de uma guerra, não vás para o epicentro da tempestade. Já disseste o que tinhas a dizer, já te esgotaste, já desperdiçaste a tua energia vital para lutares no teu dia a dia,: Tu sabes quem tu és! “

 

 

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Só quero paz! Tenho um ar demasiado simpático para ganhar rugas e ser invadida por elementos tóxicos e perversos...


Por isso decidi seguir o exemplo da brava Joanne que se afastou!


Dizem que nada acontece por acaso e o ano de 2016 parece ser um ano de grande aprendizado para mim relativamente a tirar ilações positivas de situações negativas.


Ironicamente, não me canso de escutar as palavras de alguém na minha cabeça a dar-me um sermão acerca de redes sociais. Parece que algo que eu faça direcionado para ele, faz ricochete e volta a recair em mim, como se alguém me apontasse o dedo e estivesse ali incisivamente a querer dar-me uma lição de moral ou a explicar-me algo acerca da vida dele e de tudo aquilo que eu criticara.


É como se fosse imperativo eu entendê-lo e, estupidamente, através dos meus erros, vou entendendo-o mais do que alguma vez ele possa imaginar. Começo a acreditar que, afinal de contas, talvez realmente hajam “ escolhidos “…

 

 

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Quando mais tento entrar na tal relação de amor-ódio com ele e oscilo de um Pólo para o outro, mais estaladas levo e o meu cérebro fica congelado.


Como eu gostava de ser anónima agora e ter a minha privacidade!


Mas, por ora, fiz a opção de seguir o caminho da paz.


É a minha escolha!


Espero que a respeitem!


Facebook Oficial OF!


O Blogue estará muito mais ativo porque também já fiz as minhas escolhas de livros a serem lidos este Verão.


Aguardem por publicações excelentes!

Acredito piedosamente que todos nós temos desejo de investir o nosso tempo em coisas que regularmente não fazemos como indivíduos (como ler mais livros, fazer exercícios, aprender uma nova lingua, aprender uma nova tecnologia, estudar para um concurso, etecetera), e também como coletividades que somos (prestar mais atenção a nossa familia, importarmo-nos com os outros, fazer mais favores, escutar as pessoas, conversar, ajudar...).


Tudo menos fazer parte de circos de fera; não obrigado!

Em tempos idos, quando não havia internet, “todas as pessoas” ficavam a saber das catástrofes, os desastres naturais, os acidentes aéreos, a enchente não sei de onde, o assassinato de Daniela Perez, a morte de Ayrton Senna (para citar alguns que marcaram a minha adolescência e sucitaram grandes debates) Todas as pessoas choravam, lamentavam, comentavam e criticavam. As pessoas tinham as suas opiniões formadas, mas ficavam restritas apenas ao seu círculo social. Vizinhos, família, colegas de trabalho ou escola. Caso tivessem um comentário infeliz a fazer, deixavam uma marca negativa em seis, sete pessoas, e quando muito, (a ser bem pessimista) 20 ou 30 desafortunados ouviam-nos, mas isso não causava um efeito tão devastador na imagem de um grupo quanto nos dias de hoje. 


A internet, entretanto, facilitou a comunicação de um modo que potencializou o poder de influênciar as pessoas. Sites, blogs e redes sociais massificaram a opinião, e agora todas as pessoas dizem o que pensam (incluindo eu) quando quer e bem entende sobre qualquer coisa; não na mesa do restaurante, para um público que se pode contar nos dedos da mão, mas para milhares de indivíduos, simplesmente quando decide responder ao sr. Facebook ‘ O que você está pensando?’ “


Nós sempre fomos assim.

 A única diferenca é o alcance das nossas opinoes e comentários neste preciso momento. Entre o pensamento e o teclado, acredito que exista uma distância menor do que entre um pensamento e a boca. Agora temos “coragem” de escrever qualquer coisa no facebook. Coisa que nao teriamos “coragem” para dizer cara a cara com alguém, mas é tao fácil simplesmente escrever no facebook. É muito comum  ver pessoas a reclamar e a opinar acerca de TUDO, e “a meter o nariz” em todos os tipos de assuntos possíveis. É comum ver opinioes de pessoas que nunca conhecemos antes, e nao por nao terem tido contato suficiente, mas simplesmente porque o nível de “coragem” dessas pessoas ao publicar algo no facebook é muito alto. Muito diferente de uma conversa cara a cara.


Além disso,  a “coragem” aumenta pelo facto de nao precisarmos preocupar-nos com o impacto de algo que falamos, quem nao gostou do que falamos que nos bloqueie e assim anda a nossa liberdade de expressão...


Pessoalmente eu já disse o que tinha a dizer e tampouco foi via facebook.

Decidi que: Quero evitar falar “disparates, descer ao nível de certas pessoas e inspirar veneno tóxico” ou fazer “reclamações idiotas ou meter o meu nariz onde não sou chamada” perante um público de milhares de pessoas sem me preocupar com o alcance real das minhas palavras e com as consequencias que tal pode acarretar. E nas redes sociais que ainda continuo a participar quero ter cuidado com o que falo, e contar até 10 antes de compartilhar, postar, responder, rebater, gostar, amuar, etcetera...

Ao Facebook hei-de voltar. Mas muito mais sábia! Que os cães se gladiem pelo osso que tanto desejam roer.

O desfecho da história já todos nós a sabemos: o instinto da sobrevivência não permite partilhas de ossos. Alguém terá que cair. Alguém terá que ser o lider da alcateia.

Assim caiem e constroiem-se impérios!

 

Texto & Crítica: Vanessa Paquete 2016 ©

Todos os Direitos Reservados ®

 

 

INTERPOL AO ATAQUE ! SERÁ?ACHO QUE TENHO O FBI NA MINHA CALDA!

 

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Ora a Ana e a Quiduxa Desconhecida, disseram-me que eu deveria contar algumas das minhas peripécias.


Não sendo uma grande apreciadora de comédia, a verdade é que escaco-me sempre a rir a ler as pequenas peripécias de ambas. Por isso, embora este Blogue continue a ser de entretimento, a verdade é que vai começar a ter algum humor à mistura.


Ora aqui vai uma das peripécias.


Eu já havia falado com a Ana acerca dos meus vizinhos misteriosos. Em Leça da Palmeira, eu vivia desde 1991 num abastadíssimo quarteirão de vivendas de frente para o mar, ora, tendo vivido numa casa de cinco quartos e dois andares, numa vila pitoresca, com avenidas a serpentear a freguesia com casas caiadas a branco, alpendres floridos e o som dos adolescentes a chapinar nas faustosas piscinas e o ronronar dos Ferraris a dar a curva na nossa rua, já estava habituada a algum snobismo.


Tendo-me mudado para o Sul, não me calhou um quarteirão faustoso de vista para o mar, mas, curiosamente, um local onde – na Margem Sul- residem os famosos. Levei algum tempo até aperceber-me disso porque – na realidade – pouco ligo a vizinhança e estando a residir num local ermo que mais parece os confins da terra, lá me remeti ao meu canto.

 

Porém, não podendo fazer jogging à beira da praia, comecei a contornar as vivendas que havia atrás da minha casa e descobri o tal quarteirão de vivendas; bom não é bem um quarteirão de vivendas mas um desfilar de vivendas – cada qual com a sua arquitetura – cheias de câmaras e detetores de movimento ! Ao fazer jogging fui-me apercebendo, que muitas das vivendas possuíam cães, MUITOS CÃES, daqueles pitbulls que não rosnam, nem ladram, só nos observam como se estivessem a observar uma presa e prontos a atacar.


Pessoas? Nem a vista desarmada!


Ou não fossem eles famosos e não quisessem a sua identidade ou residência revelada.


Todavia, o meu jogging matinal e noturno já descobriu a careca a muitos.


Não são apenas eles a usar boné e óculos de sol, feitos infiltrados da PJ à socapa, eu também os uso e com bastante frequência, principalmente, desde que me apercebi quem eram os meus VIZINHOS!


Todavia, existe uma casa que me suscita especial interesse! Não me perguntem porquê! Os donos nunca estacionam a frente da sua vanguardista residência e tentam ocultar-se a todo o custo.


Com uma série de vivendas, munidas de câmaras e detetores de movimento, nem pensar tirar fotos com telemóvel ou utilizar uma câmara, a menos que eu fosse uma excelente fotojornalista ou paparazzi e possuísse uma lente daquelas que fotografavam a Lady Di em Capri (e digo-vos já que sou uma grande fã de paparazzis e muno-me – frequentemente – da minha máquina digital que possui um zoom ridículo para fotografar à socapa meros transeuntes)


Pronto, sei que é voyeurismo mas adoro fotografar a amizade, romance, idosos de mãos dadas, estrangeiros: vá não me julguem!

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Adiante… Os ditos habitantes dessa casa já repararam que alguém passa diante da sua casa a fazer jogging diariamente, então, reforçaram a segurança com dois pitbulls a porta (pretos como a noite), as câmaras sempre ligadas etecetera!


Nada que me demovesse de continuar a fazer jogging lá!


Ontem ao passar por lá as 21 e tal, lá estavam eles! Carros estacionados a quilómetros de distância e persianas até meio na sala. Como estava a fazer jogging com uma amiga, foi ela que me chamou a atenção que os nosso vizinhos misteriosos estavam na sala e – imagine-se – em roupas interiores.


Evidentemente, o calor era muito e é compreensível que dentro da nossa casa, andemos como bem nos apetecer, mas tal facto insólito só me aguçou mais a curiosidade. Baixamos ambas as nossas cabeças para pudermos vislumbrar apenas umas belas pernas de homem torneadas e musculadas e uns boxers bem apetecíveis e umas belas pernas de mulher que estavam desnudas até a zona das coxas pois a parte de cima estava coberta com uma simples e informal t-shirt que devia ser do dito-cujo. (Ohhhhh que romântico)


Ao baixar-me, os meus olhos fitaram os do pitbull que estava silencioso e em modo de “ Mais um passo e vou-te a goela “. No entretanto, o seu rosnar deve ter dado o alerta para os habitantes da casa ou o detetar de movimento (eu sei lá) e acenderam-se os holofotes todos que incidiram sobre nós.


Senti-me como uma traficante de droga apanhada em plena flagrante pela Interpol.


Fiquei ofuscada pelos holofotes e a única coisa que me ocorreu foi um “ Corre, Carla! “ Já que estávamos a fazer jogging e já…

 

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Conseguem imaginar a situação; não?


Lanço aqui um repto aos senhores famosos!


Quanto mais proibido for o vosso fruto mais apetecível é!


Não é lá por eu ser vossa vizinha, que vou facultar a vossa morada a todos os jornais e revistas a nível nacional e jornalistas que há no mercado. A vossa vida não me interessa minimamente. Quando saem. Quem entra na vossa casa. De quem se fazem acompanhar e vice-versa. Eu só faço jogging lá e – por um mero acaso – calhei de ser vossa vizinha, portanto, tratem-me como vossa vizinha (a mim e aos demais) e não como fugitivos do FBI.


Se nos tratarem com educação e normalidade, acreditem que vos respeitamos e ninguém há-de fazer usufruto das vossas moradas e vidas para ganhar dinheiro. Eu vivo ao vosso lado há sensivelmente quatro anos e nunca andei a vender a vossa vida a ninguém e – evidentemente – sei quem vive onde, aparte, os ditos-cujos que me apontaram ontem os holofotes à FBI; não faço mesmo a mínima ideia quem são esses…


É que até já nos questionamos se será alguém do governo (e isso entenderia eu) ou mais um paranoico doentio pela sua privacidade... Há algo que não compreendo. Se não desejam as luzes da ribalta porque escolheram serem famosos? Para se esconderem por detrás de óculos de sol, perucas e bonés ao gênero de Leonardo DiCaprio em “ The Departed “ ? É que se vocês vissem as figuras que fazem e que me obrigam a fazer (sim, porque também uso boné, óculos escuros e até lenços à muçulmana na cabeça), eu que sou uma mera mortal, para me resguardar da vossa mania da privacidade incólume, tenho de fazer figuras patéticas.

 

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Eu e a Carla a fazer jogging parecemos o Matt Damon e o Leonardo DiCaprio (só falta mesmo os óculos de sol)

 

Agora já nem se pode fazer jogging pacificamente, ora….

 

 

 

DIOGO MORGADO: DE ATOR A REALIZADOR: "MALAPATA" E "EXCUSE" OS PROJETOS QUE O ARTISTA POSSUI EM MÃOS

Sem Títulonm

 

O ator Diogo Morgado encontra-se presentemente a rodar em terreno Algarvio a sua primeira longa-metragem - uma comédia de contornos místicos; assim o afirmou o ator aos diversos órgãos de comunicação social. No cardápio de atores encontram-se várias caras conhecidas do público português, d`entre elas José Raposo, o mágico Luís de Matos, o comediante Marco Horácio e a atriz/apresentadora Luciana Abreu, bem como o seu melhor amigo: o entertainer português Rui Unas e Manuel Marques!


Diogo Morgado, que no início da sua carreira, afirmou por variadíssimas vezes que desejava ter uma carreira eclética e abranger vários projetos (promessa que talvez não tenha sido levado muito a letra dado os seus papeis de galã romântico na dramaturgia portuguesa) cumpre assim o seu objetivo de passar para trás da câmara e realizar um projeto há muito pensado (ou não tivesse o ator rumado a Hollywood após a gravação da telenovela Vingança par tirar um Curso De Realização) e agora plenamente concretizado.


Atirado nas sitcoms portuguesas, minisséries, telenovelas e até telefilmes para papeis sempre de cariz romanesco/dramáticos (algo que sempre lhe caiu muito bem), o ator nunca escondeu a sua ambição de interpretar um lado mais obscuro das personagens. A sua ambição levou-o a rumar a Hollywood onde – como todos sabemos – alargou os seus horizontes e pode experienciar em primeira mão, durante uns três anos, as luzes da ribalta da cidade dos anjos e da cidade que nunca dorme (variadíssimas foram as suas aparições em programas de renome Nova-Iorquinos de Los Angeles e afins).

 

Tal percurso, deu-lhe o impulso e o conhecimento necessário para se aventurar na sua primeira curta-metragem “ Break “ em 2013 que, já na altura, contava com duas pessoas do seu foro intimíssimo como atores (Lúcia Moniz e Rui Unas). Diogo sempre pareceu desejar mostrar ao público uma faceta desconhecida dos atores sobre, os quais, incidia as suas obras. Tome-se como exemplo Rui Unas, conhecidíssimo comediante, que em “ Break “ veste a pele de André, uma personagem que foge da sua realidade circundante e abraça o seu mundo de alienação. Um papel bastante atípico para o comediante/apresentador que na dramaturgia portuguesa, diga-se de passagem, apenas se tem cingido ou submetido a papéis de ínfima importância e limitada relevância (bem como Luciana Abreu)!


O ator Diogo Morgado parece ser – e a experiência pessoal cada vez mais me comprova isso – um individuo desconfiado que quando empreende um projeto seu de supra importância escolhe a dedo a equipa que o rodeia: é como se Diogo fosse buscar a sua “ malta “ e, ao invés de ir tomar um café com eles, dissesse “ Hey, pessoal vamos fazer um filme “!

 

E assim se reuniu o elenco e a equipa de Malapata!

 

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  Este foto pertence a Diogo Morgado Copyright (Instagram/Facebook ) 

 O que nos espera ainda não sabemos.


Encontra-se escrito entrelinhas nas imagens que vão sendo publicadas nas diversas redes sociais onde vemos um Diogo Morgado orgulhosamente agarrado a uma câmara, de vestes muito informais, cabelo castanho-escuro desalinhado, escondido sob um chapéu e barba já a cobrir-lhe o queixo feito um Peter Jackson comprometidíssimo com o seu trabalho; afinal de contas é a sua obra que esta a ser criada!

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Este foto pertence a Diogo Morgado/Storylxproductions Copyright (Instagram/Facebook ) 

 

O filme que está a ser rodado num luxuosíssimo resort algarvio (assim nos mostram as imagens) tem data prevista para exibição o último trimestre do ano de 2016, algo que não me surpreende de todo, dado que “ Virados Do Avesso “ de Edgar Pêra estreou-se precisamente na altura natalícia e arrecadou as bilheteiras portuguesas e parece que daí o ator/realizador Diogo Morgado tirou algumas ilações: para começar, a mais preciosa de todas, que uma boa comédia portuguesa em época natalícia e com alguns nomes sonantes enche as salas de cinema !


Porém, não nos cinjamos unicamente a cifrões e recordemo-nos que Nicolau Breyner, falecido este ano, sempre fora uma referência na comédia nacional e para o próprio Diogo, e iniciou-o em vários projetos com a sua assinatura e sempre o incentivou a abraçar mais a riso, visto que o ator afirmava não ter nascido com um grande dom para ser comediante. Nicolau refutava tal e até já possuía na calha alguns projetos para ambos. Nunca se saberá se Malapata seria um deles e – na realidade – se não será uma homenagem pessoal do ator e um projeto de cariz sentimental.


A verdade é que se recuarmos até 2014 e constatarmos o sucesso que foi “ Virados Do Avesso “ pudemos supor que Diogo esteja a apostar na mesma fórmula, dai ter data prevista para o último trimestre do ano, todavia, se o filme de Edgar Pêra a seu desfavor possuía a total lacuna de argumento e se fazia munir de um humor alarve, a seu favor possuía um elenco de luxo, nomeadamente, o próprio Diogo Morgado que muitas carinhas larocas deve ter atraído ao cinema, Jorge Corrula que habilmente soube encarnar o homossexual efeminizado que muitas gargalhadas nos arrancou com os seus manejos, trejeitos e drama amoroso e restante elenco que de tão sonante que era até lhe podíamos puxar o lustro: era um candelabro luxuoso ou não fosse um filme de orçamento estimado em 600 mil Euros. Para finalizar bastava apenas um Toque de Midas e esse chegou pelas mãos de Anselmo Ralph que fez a sua participação no filme e ainda cantou os seus Hits do momento.

 

Só a participação de Anselmo Ralph e a cena das docas de Lisboa, com um Diogo Morgado eufórico, eletrizante e sedutor a tentar provar a todo o custo a sua faceta de macho folião assumido ao sabor do tema “ Não Me Toca “ , valia cada tostão empregue no bilhete. O resto era puro entretimento sem uma narrativa interessante. Diogo nunca foi gay num filme que era suposto sê-lo, mas foi a sua imagem e a sua interpretação de escritor alienado perdido numa rodilha de sustos e interrogações, atraiçoado pela sua rival e em busca da sua carreira e vida que ficara em suspenso que acabaram por nos entreter e fazer de “ Virados Do Avesso “ um sucesso.


Resta agora saber o que Diogo Morgado está a cozinhar em lume brando em “ Malapata “ e tirar aquela tal prova dos noves: será que o seu nome enquanto realizador e a figurar num cartaz será o suficiente para atrair público?


Temos Rui Unas. Luciana Abreu. Luís de Matos (um estreante nestas andanças). Marco Horácio. José Raposo e Diogo Morgado atrás de uma câmara…

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 Este foto pertence a Hotel de Faro Copyright (Instagram/Facebook ) 


A verdade é que os seus fãs americanos mais fidedignos e eu própria continuamos é expectantes e quase ofegantes relativamente a sua curta-metragem “ Excuse” ; desta feita um drama com Daniela Ruah e Alberto Frezza e aí não nos restam quaisquer dúvidas que apesar da curta possuir apenas quinze minutos e dois atores e o rosto de Diogo Morgado por detrás da câmara e não diante dela, tal não será um obstáculo a fidelização de público. Os teasers já foram apresentados, a alma cativada com as palavras de Alex e Brenda (Ruah & Frezza) e nós estamos a espera da estória dos dois indivíduos que cruzam os seus dramas pessoais e redescobrem na estória pessoal de cada um uma centelha de luz.


Em “ Excuse “ Diogo não alterou em nada a sua fórmula de estar na vida, bem como a nível profissional. Rodeou-se dos seus melhores amigos em solo americano, pegou na sua “ malta “ e foram rodar uma curta, a comprovar tal temos Diogo Morgado como Diretor Executivo, Dana Johann como produtora e o seu marido Dave Johann como assistente de produção.

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        Este foto pertence a Excuse Short Film Copyright (Instagram/Facebook ) 


A dupla Johann parece ser uma espécie de “ Impulsionadores ” da carreira americana do ator, visto que Dana é uma profissional de TV em Los Angeles que gere tudo respeitante ao ator, desde os seus fãs até a sua promoção no Twitter. Amicíssimos desde 2013, Dana começou por promover a carreira de Diogo após ter visto a sua entrevista na Oprah referente ao seu papel de Jesus Cristo na série “ The Bible “. Uma amizade compreensível dado a contribuição desta para a divulgação da sua carreia em território norte-americano e uma amizade que deu frutos muito apetecíveis como é o caso de "Excuse" que, segundo o crítico de cinema Pedro Tendinha, nos revela uma faceta intensa e dramática da atriz Daniela Ruah que, momentaneamente, a fazer parte integrante do elenco de " Investigação Criminal: Los Angeles ", talvez tente descolar-se um pouco do estereótipo da "agente Kensi " !

 

A curta “ Excuse “; segundo o próprio ator/realizador fará primeiro o circuito dos festivais e depois será colocada online. Acreditamos que tal aconteça em 2017 pois prevejo – sem trocadilhos com a suposta narrativa mística do seu filme Malapata – que Diogo regresse a América em 2017 para novos projetos!

 


https://twitter.com/ExcuseShortFilm

https://www.facebook.com/ExcuseFilm/?fref=ts



Design de Flyers: Vanessa Paquete 2016 ©

Texto & Crítica: Vanessa Paquete 2016 ©

Fotos: Diogo Morgado/Storylxproduction/ Excuse Short Film CopyRight INST/TWITTER

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CYBERBULLYNG: QUANDOS OS NOSSOS INIMIGOS SE ESCONDEM POR DETRÁS DE UM ECRÃ

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Recentemente, a Organização a qual pertenço foi vítima de cyberbullying, ou então o demônio passou pelo lado esquerdo do backstage do recinto aonde se passou o Evento e demonizou umas almas que andavam por lá.


Seja lá o que for que se tenha passado (creio que terei de ir ao Mestre Bambu para o entender), a situação foi gravíssima e – pela primeira vez na vida – percebi o que era o tal falado cyberbullying e que, na realidade, ele está ao alcance de qualquer um e pode ser praticado por qualquer um de nós se não conseguirmos gerir devidamente as nossas emoções.


Sendo uma pessoa de baixa autoestima, compreendi que o Cyberbulling, ao ser vítima do mesmo, advinha de problemas psíquicos de frustração e depressão associados e em última instância a pura maldade.


Há uns meses atrás deu-me um surto de ciúmes por falta de atenção relativamente ao meu trabalho de bloguer relacionado com uma figura pública até bastante importante. Muito instintivamente, a minha reação não foi uma ponderada, mas reativa e histérica ao contemplar algo. Na realidade, acho que o facto de aquela figura pública me dar atenção foi o ato mais insólito da minha existência humana. Com um passado de baixíssima autoestima, rejeição masculina pelo rapaz que eu mais amara na adolescência e que era um verdadeiro adónis de 1,87 para as jovens que caiam todas a seus pés, parecia que Deus estava ou a presentear-me com algo ou a testar a minha capacidade de lidar com situações daquele gênero.


Evidentemente, voltei a falhar no teste!


Não reagi bem e ataquei agressivamente e feita uma terrorista Islâmica em todas as frentes.


No dia a seguir ao Evento, ao ter uma maquilhadora a praticar reações similares a minha, para mim, foi-me fácil perceber que aquela pessoa tivera problemas na vida, que já fora rejeitada e que não conseguia lidar com críticas ou uma simples advertência.


Para os outros, era e é uma psicopata que devia estar internada!


As suas ações foram muito além das minhas e em medidas extremas impensáveis mas a linguagem era similar a de quando me dá surtos de baixa autoestima e frustração: agressividade IN EXTREMIS, palavras irrefletidas, bem como ações, ataques terroristas através das redes sociais e por ai fora. Apesar de tudo, eu deixo-me sempre ficar por um SURTO DE CIÚMES e depois caio em mim, peço desculpas e sigo em frente. Todavia, nunca me havia apercebido o quanto ataques agressivos com palavras via redes sociais podem deixar uma pessoa com medo, apreensiva e – acima de tudo – extremamente perturbada!


Foi o que nos aconteceu!


Atacados ininterruptamente e numa espécie de guerra em campo minado, onda cada vez que abríamos o computador lá tínhamos uma mina pronta a rebentar, era impossível raciocinar, dormir e estar em paz connosco. Os ataques foram graves: insultos, ameaças, intimidação, roubo de propriedade intelectual (os trabalhos dos fotógrafos) e não eram ataques a uma única pessoa ou a nossa Organização apenas, mas sim a um TODO !


Fotógrafos foram ameaçados e intimidados fisicamente. Outros chacinados autenticamente vias palavras. Outros usurpados. E a nossa Organização denegrida.



E o efeito CYBERBULLYING teve o resultado pretendido!


Gerou o medo, o pânico, o desconforto perante a nossa Organização e o Evento que realizáramos. Fotógrafos recusaram-se a postar mais qualquer trabalho que fosse e, evidentemente, alguns devem ter pensado intimamente que se haviam metido numa bela baixaria.

 

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O CYBERBULLYING, inicialmente, julgamos sempre que fora praticado por uma única pessoa: uma maquilhadora que fora criticada devido a maquilhagem em excesso e advertida. Para além do teor dos ataques ser absolutamente picuinhas, mesquinho, medíocre e sem qualquer fundamento, não me foi difícil perceber que a pessoa em questão não sabia gerir as sua emoções e sentira-se atingida no seu ego, humilhada e não valorizada.


Não foi o caso porque – pessoalmente – até apreciei bastante os seus trabalhos. Porém, na sua mente estava a ser humilhada e atingida no seu ego ao ser criticada.


Quando a dita maquilhadora começou a surtar, tentei aperceber-me do porquê de tamanha agressividade, baixeza e estupidezes e apenas me ocorreu que as suas emoções haviam galopado a fronteira do subconsciente: ela não estava em si!


Tentei falar com ela via telefone visto que eu própria já surtara, já galopara barreiras em que me munira de palavras irrefletidas por ciúme e despeito e acabara por implementar o medo na rede social aonde me encontrava; talvez relatando-lhe a minha experiência ela pudesse compreender que todos nós perdemos o controlo nas nossas emoções de vez em quando. O importante seria cairmos em nós e admitir o erro. Porém, cada palavra escrita era como um rastilho de pólvora: fazia explodir mais uma granada!


Curiosamente, só após ela ter provocado este ataque de CYBERLULLYING é que me apercebi da força das palavras, dos comentários escritos no calor do momento cheios de agressividade e que efetivamente possuem o poder de destabilizar a psique humana de um individuo. Acordarmos e recebermos mensagens privadas a dizer “ Não te escapas “ ou “ Estarei na tua vida para sempre “ denunciavam um profundo desequilíbrio psíquico.


Mais estranho era o facto de muitas pessoas terem falado com essa maquilhadora pessoalmente e todos testemunharem a sua meiguice e simpatia e nos fazerem um retrato de uma pessoa de caracter amistoso e nada dada a psicoses.


Para os fotógrafos lesados, o CYBERBULLYING foi considerado um grave desequilíbrio psíquico digno de internamento no Hospital Júlio de Matos. Lembro-me que a – dada altura – me recordou dos meus surtos impulsivos e que, de certeza absoluta, a figura pública achara que eu deveria ir pelo mesmo caminho (internamento hospitalar), aliás as suas palavras para comigo eram exatamente as mesmas das pessoas que haviam convivido com a pessoa no evento: desilusão, incredulidade!


A uma certa altura, o complô era uma trama já tão estranha e tinha tantos perfis envolvidos que voltei a ter de analisar tudo do ponto de vista psíquico.


A situação era tão grave que o perfil da maquilhadora em questão e as suas duas páginas oficiais foram denunciadas vezes sem conta por inúmeros fotógrafos lesados, o que fez com que o Facebook as encerrasse. Todavia, a drama a estilo americano não se deixou ficar por aí. Variadíssimos perfis falsos foram criados num ápice. Mal postávamos algo na Organização como o álbum de um fotógrafo, lá vinha um perfil falso de alguém denegrir a nossa imagem. De cada vez que abríamos o computador lá estava uma mensagem cheia de insultos ou a ameaçar-nos.


Tornou-se esgotante ir as Redes Sociais e raciocinar até!

 

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Comecei a comparar os mais de dez perfis falsos: linguagem; modo de se expressar e falar, pontuação, mensagens curtas ou cumpridas e data de criação dos mesmos. Cheguei rapidamente a conclusão que mais do que uma pessoa se encontrava por detrás do conclave contra a Organização.


Era um ataque em massa e não individual.


Como recentemente havia sido alvo de algo parecido na América não me restavam dúvidas; alguém estava a aproveitar-se da fraqueza e da raiva que essa maquilhadora possuía contra a nossa Organização.


Há pouquíssimo tempo atrás vi-me envolvida num caso similar com uma figura pública. Como fora a única a ter coragem para lhe dizer o que pensava de certa pessoa que – na altura – nem fazia a mínima ideia que era sua amicíssima e trabalhava na sua equipa, viram em mim uma granada que podiam utilizar para destruir outra pessoa.


Curiosamente, sendo a pessoa menos influenciável a face do planeta, a partir do momento que descobri a ligação intimíssima que essa pessoa pública possuía com a minha suposta rival, ao invés de a desmascarar como inicialmente o pretendiam, apenas fui vasculhar a sua imensa carreira como assistente de scrips e afins e até fiquei a admira-la.


Mas não se escapou do meu dedo indicador a apontar e o tal CYBERBULLYING em ação através de curtos Tweets que pedi que lhe fossem transmitidos a dizer que já descobrira a sua identidade. Afinal de contas, todos nós somos bichos que agimos irracionalmente muitas das vezes e armamo-nos em terroristas daí eu ter analisado esta situação minuciosamente feita perita de CSI:CYBER.


Porém, não sendo uma mulher para brincadeiras, o que aconteceu foi que as 3 da manhã peguei em todos os PRINTSCREENS que possuía, todas as pessoas que suspeitava (pois suspeitava mais do que uma pessoa) e em todos os perfis falsos e dirigi-me a PJ. O caso foi denunciado. Todos os perfis suspeitos entregues para avaliação de IPS.


O CYBERBULLYING é real e deve ser reportado as autoridades porque eles possuem mais que meios para detetarem de onde advêm os IPS e quem está por detrás do assédio e da perseguição constante.

 

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A minha lição foi simples.


Senti como se o Karma se tivesse revertido.


Agira impulsivamente com uma pessoa que estimava e me dera valor mas não soubera controlar as minhas emoções e as minhas palavras foram as balas que decidi usar para disparar sobre ele e demais pessoas. A algumas pessoas passavam ao lado. A outras atingiam no seu amago, principalmente a ele que parecia não estar habituado a agressividade alguma.


Quando fui vítima de CYBERBULLYING pensei: “ Pronto, agora percebes o que ele sentiu? “ Andava desnorteada, a agressividade verbal dos perfis falsos perturbava-me, pôs-me depressiva e definitivamente não sabia lidar com aquelas palavras tão injustas e incisivas. Embora eu jamais tenha galopado a margem de fazer ameaças físicas e intimidar noite e dia e agir verdadeiramente a psicopata, a verdade é que sei que magoada e a sentir-me humilhada disse coisas bastante desagradáveis que não tem retorno e por isso mesmo afastei-me definitivamente, embora, ainda possua a liberdade de escrever acerca dele.


Desculpas não se pedem, evitam-se!


Hoje e unicamente hoje a situação pareceu abrandar e acalmar um pouco.


O resto está sob investigação.


O efeito CYBERBULLYING foi conseguido.


A Organização ficou associada ao episódio de uma psicopata e muita gente recusa-se a postar fotografias, portanto, efeito bomba demolidora conseguido!

 

Quando me dirigi a PJ os agentes contaram-me uma série de estórias de Cyberbullying entre adolescentes, casais, namorados e até familiares. Nunca me havia debruçado sobre o assunto e também nunca me havia apercebido que escrever/ou agredir alguém numa rede social era covardia: é muito fácil estar por detrás de um ecrã e dizer uma série de estupidezes no calor do momento porque - garanto-vos - que a nossa frente não o diriam e eu própria também não iria proferir uma barbaridade em frente de quem quer que fosse. Eu própria sofro desse sindroma no calor do momento, porém, após ser vítima de Cyberbullying, apercebi-me que as redes sociais são a maior ARMA do século XXI contra alguém. Ou temos estomago para ignorar rejeições, desatenção, advertências ou viramos BICHOS IRRACIONAIS e num minuto detonamos uma bomba. Como vítima da detonação e também como alguém que já primiu o gatilho e detonou, apenas posso aconslhar a trabalharmos o nosso QE (Quofeciente Emocional) !

 

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Como se não bastasse tal episódio, definitivamente, o diabo passou pelo lado esquerdo do backstage dos bastidores. Por vezes pergunto-me se o calor foi demasiado e torrou os neurónios a algumas pessoas ou se, porventura, durante o dia bateram com a cabeça em algum sítio.


Quando se olha para as fotografias do backstage dos bastidores é ridículo: toda a gente feliz, sorridente & contente!


No final, o diabo parece que passou por lá e se apoderou de algumas almas. Ou foi isso ou o calor em excesso realmente torrou os neurónios a algumas pessoas do staff…


E entre CYBERBULLYING, picuices, mesquinhices andamos nós!!!


A minha sorte é que tenho como apologia ver as pessoas como substituíveis (nunca amigas)… e como me ensinou um diretor de uma empresa em tempos onde trabalhei: não existe ninguém que não seja substituível, não existe ninguém que seja imprescindível, não existe ninguém que seja vitalício ou tenha um lugar cativo.


A mutação é uma constante da vida!

 

Vejam o filme CYBERBULLY e apercebam-se daquilo que nos aconteceu e que - infelizmente - acontece a muitos jovens hoje em dia!

Se porventura, fui mais amarga, azeda, agressiva em alguns Tweets/Redes Sociais foi mesmo porque não consegui controlar as minhas emoções: SOMOS TODOS BICHOS, já lá alguém o dizia e ele sabia do que estava a falar.