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FIFTY SHADES OF VANESSA PAQUETE

FIFTY SHADES OF VANESSA PAQUETE

UMA TARDE DE CÃO NA FORMAÇÃO (NÃO POSSUO VOZ ACTIVA) SENSIBILIDADE & EMOÇÃO VERSUS RAZÃO

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Eu não tenho perfil de líder.

A minha atitude é passiva!

Não ativa...

E quando tento dizer algo sou absolutamente menosprezada e rotulada com os balõezinhos entrelinhas por cima da cabeça: “ Minha, arranja é uma psicóloga PARTICULAR e toma uns drunfos e não nos venhas amolar para aqui que aqui estamos a tentar aprender a ser lideres e a gerir equipas e não a resolver os teus problemas. Vai tratar-te! “

 

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CRÓNICA DE UMA TARDE DE CÃO NUMA FORMAÇÃO

 

As pessoas insensíveis e egoístas são uma espécie de adubo para o nosso crescimento?


É uma questão, a qual, nunca encontro qualquer resposta !

 

Hoje estou a escrever esta crónica para libertar-me da frustração aglutinadora que sinto desde que ingressei numa turma num Instituto!

 

Confesso que não escolhi o curso: foi-me imposto!

 

Dos vinte cursos que havia para escolher selecionei dez e nenhum foi aquele, o que significa que definitivamente tal assunto não me preocupa momentaneamente; ser líder ou motivar equipas, o que quer que seja, só eu e Deus sabemos entre nós o quanto por si só já me é difícil eu liderar a minha vida e motivar-me a viver, quanto mais os outros.

 

Quase que é uma anedota! Todavia, eu sigo tudo o que me é imposto: é algo que faz parte da minha personalidade. Sou bem disciplinada e tento assimilar a matéria, apesar das intempéries que possam surgir no meio do caminho. Porém, nesta turma os meus nervos e a minha sensibilidade está a flor da pele.

 

Confesso que ser ignorada ou desprezada me faz recordar sempre os meus dias nublosos da adolescência. Muitas pessoas desta turma conseguem incorporar o papel da esposa do meu pai, com quem, por motivos que só a nós nos pertencem, interagi muito mal ! Quando utilizam a técnica dela de IGNORAR ENQUANTO ESTÁS AMUADA só ma trazem ao pensamento…

 

Sem querer dou por mim a contemplar o vazio e a vivenciar tudo uma vez mais! Todavia, algo estranho acontece: choro convulsivamente, desmancho-me em lágrimas nos intervalos (colocar um lembrete no telemóvel para deixar de utilizar make-up senão vou sempre com os olhos esborratados para a aula).

 

O fenômeno interessante é que na adolescência, por mais provocações que ela me fizesse, eu era verdadeiramente feita de titânio. Muitas pessoas questionavam-se onde é que eu ia arranjar a força e o autocontrolo para – literalmente – desprezar anos de impropérios; desde acusações de vadia, putaria, não ser dotada nem de beleza, nem de inteligência e outras mais que eu acabei por perdoar, acreditando, que o meu pai a contar-lhe o passado da minha mãe, lhe fez inconscientemente uma lavagem cerebral para que ela agisse assim.

 

Ela foi influenciada pelo pânico, a vergonha, e o meu silêncio: hoje acredito verdadeiramente nisso! Eu não a deixei conhecer-me, como tal, ela não possuía um mínimo vislumbre da minha personalidade ou de quem eu era enquanto pessoa. Se me tivesse conhecido, talvez soubesse que sou simplesmente um coração orgulhoso que palpita forte demais e que – tal como um animal bem domesticado – bastam umas meias dúzias de festas na cabeça para eu ser uma fiel escudeira (o que talvez explique o facto de detestar gatos, aquela indiferença toda perante o dono irrita-me).

 

 

Respeitar & entender a Diferença dos Outros

Grande mensagem HUMANA de esperança e de SOLIDARIEDADE para com o outro !

 


As pessoas sempre me questionaram aonde eu ia buscar o meu autocontrolo! Eu creio que sei aonde o fui buscar mas esse tema já foi tão mencionado no meu Blogue que até já fica banalizado, mas sim, eu ia buscar o meu autocontrolo e conforto ao facto de estar irremediavelmente apaixonada ! O amor era a minha âncora, consequentemente, a esposa do meu pai podia espicaçar-me anos a fio que dali nada obtinha, o que só a fez espicaçar-me ainda mais, porém, o meu autocontrolo foi realmente irrepreensível : dona de um orgulho férreo, nariz empinado, independente e, acima de tudo, soberana do meu mundo, eu nunca chorei pelo seu desprezo, chorava sim pelo rapaz que me desprezava ! Método de escape eficaz a curto prazo, e um grande problema a longo prazo !

 

Adiante…

 

Ser desprezada e ignorada é o meu calcanhar de Aquiles, todavia, a imaturidade da adolescência ajudou-me a não escutar absolutamente nada do que me diziam e, muitas das vezes, era-me dito frente a frente…Tal fenômeno de resiliência e resistência a desprezarem-me perdurou por mais de vinte anos, mais exatamente, até o dia em que deixei de sustentar o meu amor platónico pelo Tiago na minha cabeça… Um dia, acordei e o homem (já feito) tinha morrido! Vá-se lá entender… A partir de então qualquer coisa que me era dita, qualquer telefonema que não me era feito pela minha família eu desmanchava-me em lágrimas.

 

Eu costumo dizer que a minha FORÇA ficou com o Tiago e apenas a ele PERTENCE: morto ou vivo, era lá que residia a minha paz e a meta da minha viagem! E tendo em conta que o Tiago nunca olhou para mim, eu devo ter uma grande resistência mesmo OU TINHA, a ser desprezada e ignorada o que leva a VANESSA de agora: chata, choramingas e absolutamente fragilizada !

 

Eu sinto falta do Tiago todos os dias para me ajudar a ultrapassar este sentimento de vazio que sinto de cada vez que não olham para lá da minha alma porque – pura e simplesmente – NÃO LHES INTERESSA ! Penso sempre que se ainda o amasse e desejasse jamais importar-me-ia com o que os outros dizem ou não dizem ou não fazem (é mesmo mais uma questão de não fazer e dizer) !

 

O que nos leva novamente a minha turma: não existe EMPATIA entre mim e eles (todavia subentenda-se que não estou a englobar os membros todos) e eu aprendi nas primeiras aulas desse curso que EMPATIA era colocarmo-nos no LUGAR DO OUTRO/VESTIR A SUA PELE/DESCER ATÉ AO BURACO DA ESCURIDÃO COM A PESSOA, coisa que – decididamente – eles não possuem capacidades para o fazer: tampouco me dizem BOA TARDE num corredor quanto mais olharem para além da minha ALMA !


Eu não possuo qualquer VOZ ACTIVA naquele grupo e – obviamente – que sendo um ser PASSIONAL já me ocorreu que só berrando-lhes é que consigo fazer-me escutar, porém, por respeito ao Instituto e a todos os cursos que já lá tive a oportunidade de fazer, remeto-me ao meu canto, baixo a cabeça e choro no intervalo.

 

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Não é um sacrifício! Garanto-vos! Por dinheiro, tudo se aguenta !


Três horas por dia é pouquíssimo tempo para me esquartejar a alma. Quem já passou por anos de silêncio, abandono, desprezo e um sofrimento agreste coloca a sua máscara de frieza e aguenta até ao fim as poucas horas de formação que lhe restam!


Uma coisa que me questiono é se num CURSO como este não deveria ser colocada em prática exatamente aquilo que se está a ensinar: procurar junto do outro (equipa e líder) uma solução para que a outra pessoa se sinta integrada no núcleo/acarinhada até… Ah é verdade, mandavam-me para a ala psiquiátrica do Júlio de Matos !


Temos, então, o núcleo dos rapazes e vou dizer rapazes para diferenciá-lo dos SENHORES que são lá grandes SENHORES já com muita experiência de vida e que detêm uma aura de supremacia e integridade, a qual, nada temos a apontar (mesmo que não nos cumprimentem no corredor). Ora o núcleo de rapazes é – no mínimo – estranho (dão-se todos entre eles porque homens serão sempre homens), mas uns detêm uma aura de arrogância e isolamento que de encontro a minha dá faísca, obviamente!

 

Eu quase consigo ler o pensamento deles quando os contemplo, com balõezinhos por cima das suas cabeças. Evidentemente, sendo homens muito orgulhosos, metódicos e disciplinados acham-me uma fraca, infantil e perturbadora do grupo. Aliás nem sequer vão perder um ÚNICO SEGUNDO DA SUA ATENÇÃO com algum sentimento meu… Quem me conhece sabe que sou uma MELÓMANA, por isso muitas das vezes dou por mim a contemplar o branco da parede ( visto que nunca os contemplo de frente nem gosto de os estar a analisar fisicamente por isso raramente olho para eles) e dou por mim a imaginar a PLAYLIST deles: que músicas escutarão? Que vida terão? Qual o passado deles? Sendo tão reservados, a minha imaginação vagueia para outros mundos.

Muitas das vezes questiono-me como tanta gente pode estar junto num curto espaço de metros quadrados e a quilómetros de distância uns dos outros … É só uma reflexão!


No meio do núcleo dos formais e dos reservados que me parecem agentes da CIA, temos outro núcleo que não deixa transparecer nada da sua vida mas detêm uma outra faceta: a de GOZÕES E CAÇADORES DE RABOS DE SAIAS! Esses são no mínimo SUI GENERIS, o que a nossa líder considera de puro otimismo, bom divertimento e descontração, eu considero GOZAÇÃO!

Evidentemente que esses também se juntam ao grupo do RESERVADOS e acham-me a PATÉTICA DA TURMA, ou seja, a espécie a quem não se deve dispensar um só segundo, seja quais forem as suas motivações, o seu presente, passado e o que a leva a desmanchar-se tão rapidamente e não ser BOA ONDA como as restantes mulheres do NÚCLEO… Esses são aqueles que – na porta da sala – deveria existir uma buzina ou um sininho de cada vez que passa uma rapariga/mulher (só), nem é uma mulher/rapariga bonita, basta ser um RABO DE SAIAS e de preferência que tragam mesmo saias! Também reparei que tem uma certa aversão as roliças, visto que a sua testosterona interior não lhes salta das órbitas quando passa uma roliça.

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Definitivamente ASSIM eu seria escutada!
Não iria necessitar do megafone para nada...
Até em surdina escutar-me-iam!

 

Sendo uma MELOMÁNA também tento imaginar a PLAYLIST deles, porém, os temas que me vem a cabeça são sempre temas de cariz pimba e até já tentei imaginar algo numa categoria superior, porém, não consigo mesmo imaginar o homem que engoliu o livro “ O SEGREDO “ a escutar algo refinado, até deveria escutar, tendo em conta que – a menos que estivesse a GOZAR MAIS UMA VEZ – uma leitura assim predispõe para tal, mas as suas indiretas e as suas picadas são tão foleiras que faz-me lembrar o Zé aqui do andaime; o problema é que não consigo imaginar o Zé do andaime a ler “ O SEGREDO “


Tenho a certeza que esse formando estava a REINAR com a nossa cara quando disse isso!


Depois temos aquele que acha muito COOL dizer que não leu um único livro na vida. Tem piada. O homem que amei durante vinte e dois anos também achava COOL afirmar isso, nem por isso deixei de o amar e, além do mais, tornou-se num líder nato: capitão do clube que defendia e diretor comercial da empresa onde trabalha! Para além disso, por muito COOL, que ele achasse que dizer aquilo fosse, os meus vinte e dois namorados também não leram um único livro na vida, o que não fez deles pessoas menos cultas e bem-sucedidas: é tudo uma questão de CARISMA!


É um CAÇADOR DE RABOS DE SAIAS mas é mais a GARGANTA & A FAMA que a AÇÃO e isso basta olhar para ele de vislumbre para conseguir percecionar nele que existe alguma sensibilidade. Ponto. Todavia, a sua suposta sensibilidade não o vai fazer gastar o seu tempo com nenhuma MALUQUINHA da turma, a choramingar pelos cantos!

 

Temos ainda o caçador furtivo que ACREDITA que por ter visto e presenciado a fragilidade da presa a consegue caçar com galanteios e piropos que vão de encontro aquilo que a presa vivenciava uns anos atrás, porém, a presa tem olhos de  falcão que realmente trespassam a alma e, acima de tudo, não cai na rede de nenhum caçador através dos seus momentos de fraqueza.

 

E o que é que eu faço numa turma destas? Observo! Porque de cada vez que abro a boca trago conteúdo emocional meu a mesa e levo com um balde de água fria daquela gente.( " AQUELA GENTE " é uma expressão tipicamente utilizada no norte, sai-nos naturalmente, não significa que estejamos a desdenhar alguém ou a menosprezar ) Hoje descai que no processo COMUNICACIONAL fiquei calada nove anos numa casa. Eles RIRAM-SE!

 

A sério?

 

É um tema para se rirem? Uma pessoa excercer a arte do mutismo anos a fio numa casa ?


Pior!


Atingiram o meu calcanhar de Aquiles. Disseram que eles simplesmente haviam colaborado comigo ao exercer o silêncio do outro lado (o meu pai deveria ter-se reverenciado perante eles) ! A nossa líder concluiu o mesmo sarcasticamente e eu fiquei engasgada e a contar até cinquenta de trás para a frente nos dez minutos que faltavam para o intervalo.

 

Ao chegar ao bar desmanchei-me em lágrimas!

 

Precisava de fazê-lo! Foi uma descarga de energia, sofrimento, tensão e desprezo que precisava colocar cá para fora! O que nos leva até a minha perceção da SENSIBILIDADE DOS OUTROS… Que se passa com o mundo? Quando berramos não nos ouvem? Quando choramos dizem que não se vão desculpar pelos nossos quinze minutos de lágrimas vertidas no intervalo? Desculpem-me mas não possuo família, nem pilares. Os meus pilares são as pessoas HUMANAS que me vão surgindo no meio do caminho e eu preciso delas para ACREDITAR que este mundo tem algo bom para me OFERECER…

 

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Conclusão (positiva e assertiva), talvez estas pessoas sejam nada mais e nada menos que pessoas que precisamos encontrar no meio do caminho para evoluirmos mais, eles são uma espécie de teste que temos de ultrapassar, no meu caso, a tolerância a frustração e ao desprezo.

 

Mas acima disso tudo, precisamos estar preparados para enfrentar a turbulência e não nos deixarmos levar pelo orgulho e afundarmos-mos ainda mais nas trevas por causa destes percalços.


Eu acredito que pessoas insensíveis acabam por DESPERTAR em nós o nosso EVIL SIDE, por isso precisamos estar sempre atentos e com cautela ao lado delas e vigiar os nossos passos para não tomarmos nenhuma atitude, da qual, nos venhamos a arrepender!


Se TU és o centro, mesmo involuntário, de algum facto desagradável, sê a primeira pessoa a sorrir, desfazendo tensões e aborrecimentos capazes de aparecer. Eu sei que EU não faço isso mas a mim só me restam sete dias para finalizar o CURSO, mas tu/tu podes ter anos de convivência pela frente com colegas similares a estes, que terão cada qual a sua personalidade e estar-se-ão nas tintas para o teu BACKGROUND EMOCIONAL ou para aquilo que estas a VIVENCIAR !


ESTE FOI O TEXTO MAIS INTERESSANTE QUE ESCREVI NO MEU BLOGUE
ABSOLUTAMENTE ISENTO DE MENÇÃO DE CIDADÃOS E NOMES
FINALIZOU COM UMA MENSAGEM POSITIVA E DE ENCORAJAMENTO E ASSERTIVA
VIVEMOS NUM PAÍS LIVRE: ATENTAR CONTRA O QUE ESCREVI É CENSURA !
SER INSULTADA E AMEAÇADA EM CONTEXTO DE SALA JÁ É DE UMA GRAVIDADE ACRESCIDA E EXTREMA !

FAZER UMA CRÓNICA É UM ACTO JORNALÍSTICO; O QUE ACONTECERIA A TODOS OS JORNALISTAS DO NOSSO PAÍS, HUMORISTAS, CRONISTAS, COMENTADORES ETCETERA SE DE CADA VEZ QUE DIZEM QUE PARTIDO TAL NÃO PRESTA, QUE O MOURINHO É ISTO E AQUILO ? O QUE ACONTECERIA??? NENHUMA DESSAS PESSOAS É ACONSELHADA A TOMAR MEDICAÇÃO OU A IR TRATAR-SE PARA O MAGALHÃES LEMOS. DECERTO, PROCESSOS EM CIMA DEVEM LEVAR PORQUE DIPLOMATICAMENTE É ASSIM QUE SE EXERCE O OFÍCIO !!! ENTÃO, DIPLOMATICAMENTE EXERCAM AQUILO QUE É POLITICAMENTE CORRECTO, AO INVÉS DE DIZEREM QUE A PESSOA NÃO PRESTA/É MALCRIADA/CHANFRADA E SABE LÁ DEUS O RESTO DOS EPÍTETOS QUE ME ATRIBUIRAM NO SEU SUBCONSCIENTE OU PERANTE OUTRAS PESSOAS...

 

Então o MIGUEL ESTEVES CARDOSO também não presta?
Aquele jornalista fantástico que escreve crónicas sublimes acerca de tudo o que pensa !
Será que as MULHERES DO SUL o chacinaram quando ele escreveu o texto acerca das mulheres do NORTE que - segundo ele - deveriam governar o país ? Estaria o Miguel Esteves Cardoso a transpôr limites de liberdade ? As tantas deve ter recebido um portfólio de cartas de SULISTAS a maltratarem-no e a ameaçarem-no, QUIÇA !

 

 

 

TIAGO MADALENA VERSUS MARCO: O QUE É QUE EU E LAURA PAUSINI PARTILHAMOS DE COMUM NAS NOSSAS VIDAS ?

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Eu posso ter mil e uma paixões, mas serás sempre tu o meu amor, é o que eu possuo de mais belo, profundo na minha vida; não, não é exagero se eu disser que daria a minha vida por ti, é a verdade, porque a minha vida não faria sentido sem a tua, eu amo-te como nunca amei ninguém. Eu já amei outros, mas este amor sempre foi assim: incondicional, eu não tenho nada teu que possa chamar de meu, nada do que eu realmente queria. Houve um tempo em que eu me tornei obsessiva, houve um tempo em que pensei que estava louca, mas esse tempo felizmente passou, hoje eu tenho cravado em mim esse sentimento que só Deus sabe a dimensão, e eu sei que é amor. Eu amo-te de todas as formas que se possa amar uma pessoa, e não importa o tempo que passar, vai ser amor, talvez ele mude, se transforme, mas será amor, e por ser amor, ele é livre. O meu maior conforto é a tua felicidade, eu não sei quando comecei a amar-te assim. Eu vou estar sempre aqui quando mais ninguém estiver, e tu sabes disso, vou deixar-te sem mim sempre que assim o pedires, e mesmo assim vou procurar saber como tu estás e onde estás; como eu já te disse, é amor! Não importa se estou perto ou longe, se tu me amas ou odeias, é e sempre há-de ser amor…

 

Vanessa Paquete 1998 ©

 

 

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Há uns tempos atrás, em conversa privada com alguns amigos estrangeiros e depois com a cantora italiana Laura Pausini via CHAT, chegamos a uma conclusão irresoluta da minha parte; que nenhum tema da sua discografia se adaptava a alguma estória que eu havia vivenciado. Laura, sabendo da minha vida ativa e até agitada a nível de romances, estranhou que nenhuma das suas composições se adequasse a um único episódio da minha vida, todavia, tristemente assim se constatava ! Eu argumentei que ela sempre fora uma cantora muito romântica que até a data de 2004 focara muito dos seus temas no amor consumado, ora o meu maior problema era um amor não consumado e abstracto e – para isso – eu poderia citar todas as suas composições e nenhuma iria encaixar-se na estória.

 

Apenas a partir de 2004 com o término do seu relacionamento com Alfredo Cerruti é que Laura empreendeu um mecanismo de exorcismo de dor através das letras das suas canções: fora traída, subjugada, negligenciada e roubada profissional e financeiramente. O golpe foi duro para a pobre Laura que após dez anos de relacionamento viu a sua vida virada de cabeça para baixo; muitas lágrimas e confidências partilhadas com os seus fãs e amigos mais intimos via chat, ajudaram-na a ver que aos trinta anos de idade poderia recomeçar a sua vida de novo. O que nós lhe damos de atenção, afeto e carinho Laura retribui sempre na mesma moeda, escutando-nos, dando conselhos e sendo a irmã mais velha onde podemos depositar as nossas mágoas e angústias.

 

Ora, eu tendo vivenciado tantas paixões, não conseguia encontrar um tema a minha altura: não sofria de saudosismo pelos exs perdidos, não sofria ou sofrera sequer por nenhuma mulher que tivesse entrado na vida deles, não revivenciava relacionamentos (uma vez a porta fechada esta não se abre nunca mais), não sofria o final das relações; não tinha por hábito vivenciar tudo aquilo o que Laura escrevia nos seus temas após o término de uma paixão.

 

Chegamos a terrível conclusão que, porventura, nunca os amara de verdade. Não engrenava naquele mecanismo de idas e retrocessos tão habituais nas relações, chorava as minhas lágrimas e finda a dor retomava sempre a busca pelo meu amor não consumado; era como que um desafio que me ajudava a abstrair-me das hipotéticas ausências!

 

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Quando Laura concluiu vinte anos de carreira, lançou no mercado o álbum que celebrava o seu vigésimo aniversário no mundo fonográfico. Por essa altura, Laura, sentiu-se mais à vontade para nos confidenciar alguns dos seus segredos mais intimos.

 

Durante muitos anos especulara-se acerca do tema “ La Solitudine “ ; será que Marco existia ou não ? A pergunta ficou sempre no ar sem resposta, porém, Laura saciou-nos a curiosidade ao confidenciar-nos que efetivamente existira sim um Marco, pelo qual, se apaixonara na adolescência. Para nossa grande surpresa, Laura mostrou-nos numa edição DE LUXE o seu diário intimo de adolescente com as fotografias de Marco lá coladas, o comboio que costumava apanhar as 07:30 da manhã conjuntamente com ele e, inclusive, com a autorização do mesmo, atreveu-se a mostrar-nos a fotografia de Marco já feito homem adulto.

 

Afinal, o Marco de “ La Solitudine “ é um jogador de futebol de um clube citadino/distrital que já na época dava os seus toques na bola. A fotografia que Laura exibiu em primeira mão foi a de um Marco futebolista a envergar as cores azuis do seu Clube e em posse de futebolista, claro está ! Não possuindo uma música que se adequasse a nenhuma estória minha, recordei-me do quanto sofrera quando o Tiago abandonara a Secundária no ano de 1998 e o quanto só me sentira, perdida e alienada, tendo como única lembrança dele uma fotografia sua no meio dos meus cadernos. De repente, o primeiro grande êxito de Laura que vendera milhões e a consagrara em todo o mundo ganhara um novo significado para mim: eu e a Laura tínhamos em comum, o Marco, o Tiago e “ La Solitudine “ !

 

 

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No ano de 2004 eu empreendi uma longa carta ao Tiago com cerca de sessenta e três páginas (não, não estou a brincar) onde a intenção era pedir-lhe desculpas e explicar-lhe o porquê disto e daquilo. Como sempre, o Gustavo, que é Balança como o Tiago, disse-me de lata que nem da primeira página teria passado porque cansa muito e que  é apologista de pessoas que agem ao invês de se esconderem atrás de palavras e fotografias, portanto, para o Gustavo eu deveria mesmo era ter falado com o Tiago. Eu encolho sempre os ombros a tais pareceres porque não compreendo como alguém acha eu teria coragem de empreender fosse que tipo de conversa fosse com o Tiago; bastou-me ser escurraçada aos dezasseis anos de idade para perceber que olhar o Tiago nos olhos e pedir-lhe desculpas ou dizer-lhe o que quer que fosse era mortifero ara mim: eu nem sequer conseguia olhar naqueles olhos sem quase desmaiar, quanto mais, por isso esconder-me atrás das palavras sempre foi o escape perfeito.


Nessa carta, eu relato a parte em que o Tiago abandona a escola em 1998, vincando a inquiétude que senti, o vazio vivenciado por mim a contemplar o branco das paredes, o não conseguir estudar, o não ter mais capacidades para frequentar aquela escola sem ele dentro de uma sala de aulas ou a cirandar pelos corredores (na realidade, abandonei a escola quatro meses após o Tiago o ter feito), relato-lhe a solidão que vivencei, a carência da sua presença, o quanto tudo estava cinzento sem ele e os poemas que escrevia e a fotografia no meu diário/agenda pessoal (como lhe queiram chamar)!


As coincidências fizeram-nos dar umas belas risadas (a mim e a Laura), mas ainda continuo a não possuir à letra as LYRICS da minha estória de amor não consumado, quiça, talvez um dia Laura me faça o agrado e escreva algo acerca de um amor enjeitado ! Quiça, no seu próximo álbum de originais: SIMILI ! Por ora, nós continuamos a ter em comum: “ LA SOLITUDINE vive em mim e a inquiétude de não saber viver a vida sem ti. Imploro-te, espera-me… “

 

 

Este tema ser interpretado por Laura e Lara foi a cereja no topo do bolo, visto que são duas artistas, a qual a minha vida está muito ligada, quer a nível emocional, pessoal, quer a nível profissional: são duas amigas intimas e duas das melhores interpretes do mundo. Ser interpretado em Roma, na Piazza de Espanha, também lhe trouxe mais magia ainda pois por lá vivi momentos muito agradaveis e saltitei inúmeras vezes na sua escadaria, chegando a cantar na igreja da santissima Trindade para a Comunidade francófona do Quebéque diante do seu bispo.  A magia com que estas duas artistas cantam um tema juvenil já nos seus trinta e tais anos de idade é desconcertante !

 

 

 

 

LAURA PAUSINI #SIMILI (GRAVAÇÃO DO VÍDEO-CLIP EM MIAMI)

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Laura Pausini (com a qual J-Ax desejava realizar o dueto mais original dos últimos anos), depois de conseguir o terceiro lugar no pódio de 'La Voz España "com o cantor Maverick (que amanhã estrear-se-á nos palcos Espanhóis em Marbella no último concerto da Tour de Laura), está de regresso ao estúdio para trabalhar no seu futuro álbum inédito (SIMILI). A cantora de Solarolo - que em 2016 estará comprometida numa incrível turnê de estádios em Italiana como eu própria já havia publicitado -  está de fato pronto para publicar no Outono "SIMILI" ("Similares" para a versão em espanhol); o seu novo álbum será acompanhado por um vídeo-clip para dizer o mínimo especial.

 

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No dia 31 de julho Laura Pausini esteve em Miami - sob a supervisão da equipa de Sugarkane (Leandro Manuel Emede e Nicholas Cerioni) – para gravar o vídeo de um dos singles de «SIMILI». Ainda não se sabe ao certo se SIMILI será efetivamente o 1ª single do álbum, todavia, quem esteve presente na gravação garante-nos que o ritmo será bem mexido. Numa oportunidade imperdível, os fãs da cantora e compositora de Solarolo tiveram a sorte de participar nas filmagens ativamente; algo que já vem sendo recorrente nos vídeo-clips da compositora italiana e que encanta os seus fãs. As fotografias das filmagens do vídeo-clip (mais propriamente dito AS SELFIES) foram-se espalhando pelas redes cibernautas, mostrando-nos que SIMILI está mesmo pronto para ser colocado no mercado já em Setembro!

 

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Comprometida - conjuntamente com Alejandro Sanz e Ricky Martin – nas filmagens dos primeiros episódios de "The Band" (o novo programa de caça-talentos criado por Simon Cowell), Laura Pausini não descurou a gravação do seu novo videoclipe, tampouco do seu novo álbum que vem sendo gravado no estúdio do compositor e cantor madrileno, Alejandro Sanz. De acordo com alguns rumores, o novo single sairá para o mercado em Setembro, enquanto o álbum terá o seu lugar nos escaparates das lojas apenas em meados de Outono. Paolo Carta também encontra-se comprometido na produção de todo o trabalho, realizando paralelamente algumas gravações instrumentais em Roma.

 

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Design do Primeiro Flyer: Vanessa Paquete 2015 ©

Texto & Crítica: Vanessa Paquete 2015 ©

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