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FIFTY SHADES OF VANESSA PAQUETE

FIFTY SHADES OF VANESSA PAQUETE

THE MEANING OF ALL THIS

 

 
" Amo-te Teresa " & " Tentação ", provavelmente os melhores filmes de sempre a nível nacional ( tutela da SIC , of course )

 

Na realidade, hoje, não me apetece escrever muito; portanto não o farei!


Eu pretendo partir, assim que o Estado deixar de me subsidiar a existência!


Sempre tive muitos interesses na vida, mas nunca ninguém para os apoiar, como tal, estou vegetativa há já muitos anos.


Creio que a vida te corre muito bem; fico agradada por ti, por muito mágoa que sinta, por me teres rejeitado, tão incisivamente, os problemas que possuo diariamente com familiares, amigos e parceiros, levam-me a crer, que a minha raiva pelo mundo onde nasci é muito maior do que se possa imaginar e deve-se a mim, como tal, se outros não me incluíram na minha vida por acharem que eu era uma nuvem negra de pessimismo e insípida, por que raio de razão o terias feito tu? Está tudo bem, Tiago! No fundo, reagiste tal como a minha família e todas as pessoas que me rodeiam! Je ne t`en veux pas (Não te recrimino)!

 

De qualquer maneira, antes de me ir - e não faço a mínima ideia que ideia mágica irei conceber para pôr fim a minha vida - quero que este BLOG fique registado, bem como o canal do YOUTUBE e - se possível - o Facebook. Creio que, pretendo que uma parte de mim, fique ligada a este mundo e não morra jamais; lícito não?

 

Nos próximos 8 meses irei explicar - para quem quiser ler - as minhas razões: o que me desiludiu, o que me agradou, o que me deu esperança, o que me desesperançou...


Não me parece que o caso te interesse muito. No mínimo, pensarás na minha partida num minuto e, se pensares, será para te questionares se espíritos existem e, ao invés da luz, fiquem agarrados as suas recordações terrenas! Se for esse o teu pensamento mais intimo, confesso-te, que também é o meu e, trocadilhos e graçolas a parte, estou " morta " por o descobrir!

 

Eu nunca tive medo da morte, Tiago! Aos dezoito anos, eu achava que já havia chegado o fim, todavia, a minha vida tem sido prolongada com acontecimento atrás de acontecimento e - talvez - uma vontade férrea minha de resistir e uma força interior que, seja ela impulsionada por maldade ou rajos de vingança, a verdade é que me faz resistir friamente!

 

Contudo, algo me diz que chegou o fim; não te consigo explicar!


Tentarei explicar-me nos próximos 8 meses, se isso me servir de consolo para alguma coisa! Lembras-te da Laura? Acho que terei de dividir este espaço com ela pois encontra-se na mesmíssima situação que eu, e com uma vontade premente e indomável de deixar o seu parecer registado! Já li algumas das mensagens que ela me escreveu, porém, como não possui um dom de escrita tão acentuado quanto o meu, tenho de revisitar os seus escritos e tentar aprimorá-los um pouco, não mudando o conteúdo de nada do que ela me disser!

 

Nem sei o que é que estou para aqui a escrever! Estou cheia de sono. Cansada. Vegetativa e a precisar de um indutor de sono... Os meus dias mudam tão rapidamente que arriscar-me-ia a dizer que tenho uma existência bipolar; num dia estou na piscina a desfrutar do paraíso, no outro estou a planear a minha morte! Desde 1995 que não vou a praia ou a piscina tantas vezes, creio, que alimento uma estranha sensação que será o meu último Verão. Que outra razão levar-me-ia aos 35 anos de idade a comprar dois bikinis para mostrar os meus 78 Kilos?{#emotions_dlg.blushed} Que outra razão levar-me-ia a contar as idas a praia, incessantemente, e a desejar ficar morena? Talvez um último impulso de desejar saber como é. O Gustavo diz que, agora sim, estou uma verdadeira Leceira: morena de olhos verdes!{#emotions_dlg.blink}

 

Enfim, rapaz, deverias dar-me a fórmula para que eu conseguisse compreender, como a vida te corre tão bem! Ando intrigada, nada mais.



Que tal um Workshop? " Tiago Madalena explica como se ser um ser humano bem-sucedido ", mas explica tudo, ok? O emprego. A mulher. Os filhos. A família. Os amigos. Matas-me de curiosidade, dado que eu sou, como bem sabes, um falhanço existencial, enfim...

 

Não, não é auto comiseração, por favor! Simplesmente, sou honesta. Sensaborona, mas honesta! Gosto dos pontos nos " Is ". Gosto do preto no branco. Gosto das cartas em cima da mesa. Não gosto de Poker, nunca gostei, portanto, detesto bluff! E acredito que, se no passado, existem erros ou atitudes que contribuíram para o desgaste de um ser humano, essas devem ser trazidas, sim, à baila. Que " merda " é essa de se deixar o passado para trás, quando ele nos impele a ter atitudes agridoces no presente?



Essa não sou eu! Ponto. Eu detesto mentiras, Tiago! Detesto o " vamos deixar as coisas como estão e não tocar mais no assunto ". Detesto isso com toda a gente, atenção, tu não és nenhuma exceção a regra, da qual me quero aproveitar para fazer servir de exemplo. Eu não gosto de mentiras vindas de parte nenhuma. O preto no branco é-me muito importante. Também não gosto de ser melindrada e alvo de gozações alheias, como me pareceu acontecer contigo. Certo, levei uma vintena de anos a aperceber-me de tal mas - a teu favor - apercebi-me que até receberes a carta em 2005 nunca te havias apercebido verdadeiramente do quão importante foras para mim; verdade não?

 

Até chegaste a levar a situação, após a entrada do Duarte a minha vida, numa condição de normalidade aparente! Depois conto-te! Hoje não!



Ah, é verdade, esquece processos judicias Tiaguito... {#emotions_dlg.locked}Dou tanta importância a vida como a tartaruga ou o peixe que possuis (se os possuíres). Não dou a mínima para a vida e - com as dívidas que tenho para pagar - ficarias em lista de espera!

 

Decidi que o ano de 2014 seria o ano das revelações. Detesto teatro e mentiras!{#emotions_dlg.no}

 

{#emotions_dlg.meeting}PS: Sabes o que me irrita verdadeiramente? Vou ser-te honesta! No meio dos meus caprichos e das minhas inconstâncias, apareceram uma vintena, mais de uma vintena de rapazes que, por incrível que pareça, mantiveram envolvimentos profundos comigo, onde 5 casos, chegaram a vias mais intimas e familiares, onde tive de passar pelo protocolo todo de apresentação parental, aceitação materna e fraterna e uma série de provas coadjuvantes para ver se, eventualmente, eu era a rapariga certa para “ casar ou estar “ com o dito-cujo enamorado, daí ter tido 5 sogras (Deus livre quem quer que seja de tal provação). Anyway, estamos a falar de 22, para ser mais precisa! Portanto, enerva-me, que no meio desses 22 não te tenha arranjado substituto competente e enerva-me ainda mais que, a juntar a esses 22, ainda houvesse mais outra vintena de pretendentes que rejeitei, ou por ter uma opinião já bem formada acerca deles, ou, em outros casos mais singulares, por ter mesmo medo de me apaixonar por eles e sofrer, como foi o caso do Pedro, por exemplo! Tinhas razão num ponto, Tiago… A magreza faz milagres. Que o diga eu que me transformei, durante alguns anos, no bibelô de predileção dos meus namorados a ser exibida aos amigos, familiares e afins. Creio que deveria sentir-me lisonjeada, mas, pelo contrário, sentia-me sempre zangada! Sei que o meu “ suposto “ intelecto também os fazia rapidamente nomear-me a “ tal “ e  levar-me a conhecer os pais (a sério, espero que só tenhas passado por isso uma ou duas vezes porque meia dúzia de vezes é esgotante)… Anyway, eu só queria ALGUÉM QUE TE SUBSTITUISSE COMPREENDES? E, pior de tudo, 22 vieram, outra vintena foram pretendentes, mas eu teria esperado através de mais outros 50, se assim fosse necessário, só para encontrar o AMOR DA MINHA VIDA que – definitivamente – NÃO ÉS TU compreendes? Eu nasci para AMAR…Sem amor eu transformo-me num OGRE… É verdade, fui muito apaixonada por ti e, talvez a minha cegueira por ti, tivesse afastado todos os outros. Terei de ser punida para sempre por ter-te amado? Sim, amei-te, durante 22 anos ! Sim, criei uma ilusão desmedida acerca de ti, mas não creio que seja justo não encontrar o amor da minha vida devido a isso certo? E se me perguntares então porque razão te escrevo, ao invés, de procura-lo, aqui vai a resposta. “ Tiaguito, vivo numa aldeia as portas do Alentejo, onde as paisagens são de cortar a respiração, o tempo uma bênção para os amantes do Verão, as praias um paraíso, cidades maravilhosas rodeiam-me, como a capital, vivo no epicentro no Estuário do Sado e ao lado da Costa Vicentina; hey, isto é um exílio de alto luxo, embora a pobreza perdure e seja o mote da minha vida, ainda assim, só pela paisagem, é um exílio ao estilo de Resort Turístico , mas não é aqui que está o amor da minha vida. Ponto. "

 

Vanessa Paquete 2014 © All Rights Reserved

 

KALPARATU...WHAT YOU WILL NEVER KNOW

 

 

 

 

 

 

Inês...

 

O tempo foi diluindo a tua presença nas pedras gastas da calçada...

 

O tempo foi diluindo a tua alegria no mar em que te banhaste, vezes sem conta, nas ondas que te engoliam ao abraçares o azul do Oceano, na luz que comtemplavas na velha casa de campo onde passavas os teus Verões, saciada pela natureza, envolta em risos de veludo e gargalhadas estridentes; o tempo foi-te arrumando tranquilamente, pouco a pouco, nas palmas da sua mão mas nunca no coração daqueles que te amaram.

 

Passei o último mês mergulhada na tua história, a conversar contigo, em silêncio, tentando encontrar uma lógica numa morte que parece não ter qualquer lógica evidente.

 

Creio, que o meu apego a ti, se deveu a uma estranha coincidência de acontecimentos que nos enredaram numa teia emocional, da qual, ambos não conseguimos sair...Tu foste liberta, efetivamente, de uma maneira trágica e abrupta, tão célere quanto a velocidade da luz, e eu ainda aqui estou, não passados seis meses, mas sim, passados três anos a desejar que em troca da tua liberdade me aprisionem a mim no tabu do " além morte " e te façam regressar a ti para junto de quem mais tu amas...

 

De resto, este tem sido o sentimento partilhado por mim perante todas as jovens almas que faleceram recentemente e, cuja vida, deveria ter sido prolongada.

 

A morte de alguém em plena flor de idade (quinze anos) não parece ir de encontro a lógica uniformizadora da sociedade, no entanto, se a dita morte ocorrer num acidente ou numa qualquer outra eventualidade do destino que parecêssemos incapazes de travar a morte em si fica mergulhada numa espiral emocional desconcertante, no entanto, se a morte em si se for aproximando em pezinhos de lã, disfarçada de lampejos de esperança, mas envolta nos socalcos dos inevitáveis sobressaltos da alma e ladeada por abismos sinuosos, aí sim, aí a lógica inverte-se numa espiral desajustada.

 

Confesso (para quem tiver a ler estas linhas) que nunca te conheci e que a escrita desta carta resultou de uma necessidade minha de exteriorizar a minha angústia perante um Deus em quem sempre acreditei e, cujas parábolas, sempre mencionei e cujos evangelhos sempre li...Conheci-te sim, através da tua mãe, numa homenagem profunda e sentida à sua filha na sua nova condição de mãe enlutada.

 

Li e reli o relato da tua mãe quatro/ cinco vezes (aquelas que me foram necessárias) e, de todas as vezes, o choro estridente que fazia acompanhar a minha leitura denunciava bem a minha condição de alma frágil, coração esfaqueado e órfã de uma sociedade que não consigo compreender porque só um ser tão fragilizado quanto eu é que consegue exteriorizar tamanha carga de dor perante uma história que tão pouco lhe pertence...

 

Ainda que encontrado ao acaso (o livro), a tua história encarregou-se de dar um sentido inverso a minha; a coincidência das datas e a similitude da doença e dos vírus que nos foram atingindo a ambas aquando do " padecimento da mesma " ,fez-me encontrar um pouco de conforto em ti, embora, treze anos nos separassem, e eu já devesse ser uma adulta com idade suficiente para ter juízo. A verdade é que tu, Inês, fizeste-me regressar aos meus quinze anos de idade e, em boa verdade te digo que foi isso que aconteceu comigo aos vinte e seis anos; regressei aos meus quinze anos de idade, incumbida por uma missão e convicta que ainda poderia inverter a ampulheta do tempo, fazer rodar os ponteiros do relógio, conversar, rir, jogar-me numa piscina em plena forma física, com um corpo torneado e bem tonificado, adornada com um bronzeado de fazer inveja a quem quer que fosse e livre/livre para reconquistar o que havia perdido há muitos anos atrás: Foi assim que a minha viagem se iniciou Inês...Parece-te um pouco fútil não?

 

Se existe algo que eu aprendi a deambular por este mundo cibernauta e este aglomerado de redes sociais foi que quase todas as raparigas/mulheres tem uma obsessão pela sua aparência e o seu corpo e todas desejam alcançar a perfeição; creio que foi por aí também que se iniciou a tua viagem e, paralelamente à tua, a minha; daí me ter afeiçoado a ti!

 

Seria ousado da minha parte transcrever aqui algumas das palavras da tua mãe, no entanto, devo confessar-te, que visito com alguma regularidade o teu HI5 e escuto vezes sem conta o " Pedaço de Mim " de Chico Buarque que acompanha um vídeo teu do YouTube repleto de pedaços de vida teus onde demonstras uma cumplicidade comovente com o mundo que te rodeava, uma energia contagiante, um desapego total de tristezas e problemas demais e é aí que o meu próprio mundo ruí e desaba por completo; choro convulsivamente e, por vezes, acredita Inês, que nem sei porque choro...A uma dada altura, visitar o teu HI5 trazia-me tantas lágrimas à superfície, que me era impossível disfarça-las num choro silencioso e ameno. Tive de me ver obrigada a visitar essa tua página cibernauta apenas em privado e num local recôndito, não fosse a comoção trair-me e eu esvair-me, de novo, num rio de lágrimas. Se me perguntares porque o faço creio que a ti (e apenas a ti) eu consigo dar-te uma resposta, Inês...

 

Há três anos atrás houve uma inversão de fatos e acontecimentos na minha vida que me marcaram profundamente...

 

 

 

 

 

 

04-09-2010 / 5:12 Da Manhã

 

Comecei a redigir-te esta carta ontem, Inês, preparada psicologicamente, para trazer à baila a minha " anorexia nervosa e luto emocional " e confidenciar a uma meia dúzia de amigos a ginástica psíquica, física e moral que me fora necessário fazer para sobreviver nestes últimos 24 meses que mais me pareceram uma travessia de milhares de dias no deserto, a padecer de fome e a agonizar de dor...Estava imbuída de um sentimento de tristeza profundo, de um desassossego na alma inexplicável.

 

Ao falar da tua morte tão precoce não me saía da ideia que as infeções respiratórias de que ambas padecemos (tu devido a falta de defesas no teu organismo e ao avançar galopante da tua magreza e eu devido a incapacidade do meu corpo combater infeções atrás de infeções e aos meus 48 kg iminentes já desde meados de 2007) poderiam ter-nos unido num destino de morte certeiro. Quis Deus, no entanto, que os meus pulmões não se fechassem por completo, e alguma morfina à mistura para me aliviar a dor, me levasse de novo ao meu quarto alugado pelos meus próprios pés.

 

As infeções regressaram sempre (umas atrás das outras) com maior ou menor intensidade; a fraqueza do meu corpo não me permitiu combatê-las e as dezenas de antibióticos que me foram receitados estavam em vias de me originar uma úlcera no estomago. A tosse e o défice respiratório passaram a fazer parte do meu dia-a-dia e a noite já tão pouco existia para mim tais eram as convulsões de tosse e os espasmos de dor nos meus pulmões. Já, fora de casa há uns meses largos, habituei-me a ir trabalhar a servir às mesas no restaurante aonde havia conseguido uma colocação, com os olhos inchados, adornados com umas olheiras cavas e profundas a acusar uma noite de sono muito mal dormida (razão, pela qual, o dono pegava sempre comigo aliás).

 

Ambas seguimos um percurso levado aos extremos de debilidade emocional e vulnerabilidade existencial...

 

Recordo-me que, semanas antes de abandonar o restaurante devido à minha fraqueza física, os médicos haviam-me diagnosticado uma anemia e andavam em círculos e espirais infindáveis em busca de uma resposta para as minhas infeções. A respiratória, a falta de melhor, acusaram-me de padecer de bronquite asmática e receitaram-me um instrumento caríssimo para inalar quando se me fechasse a traqueia...As outras permaneceram desconhecidas e só poderiam ser combatidas ou com antibióticos ou com vitaminas (eu vivia em condições precárias, nem uma nem outra solução me pareciam adequadas). Duas semanas antes de cair na cama sem conseguir mexer um músculo que fosse do meu corpo (havia trabalhado até aos extremos para sobreviver) viciei-me em antibióticos para combater a dor...Era-me impossível esfregar o chão do restaurante, limpar as casas de banho e ainda servir as mesas sem me encher de Brufenes ao longo do dia tais eram as dores no meu corpo e em todo o meu organismo; as olheiras cavaram-se ainda mais e a magreza permitia-me usar corsários 34 e tops de miúdas da tua idade...Todavia, miraculosamente, eu sobrevivi! As minhas infeções respiratórias não se desenvolveram para uma pneumonia (como no teu caso) e não me cefeiram a vida, embora, eu desconfie que vontade não lhes faltava muito...Eu prossegui rastejando por entre os escombros (e não existe termo mais certeiro do que este " rastejar " e " escombros  ") e consegui ir sobrevivendo dia após dia / minuto após minuto; débil, fragilizada, cabisbaixa, incapaz de dar vazão as corriquices da vida, estagnada no sofrimento, alheada de um futuro que sabia não possuir e cada vez mais agarrada a um passado que me servia de âncora num mar de turbulência. Ai, Inês, se soubesses como amei o Tiago Madalena, por essa altura. Invocava-o incessantemente, mais do que alguma vez o fizera, por vezes, creio, que cheguei a viver febril e em delírio por aquela fantasia do passado.

 

A tua doença ceifou-te a vida nuns escassos seis meses, deixando para trás um mar de possibilidades pendentes ante todos aqueles que te rodeavam; muitos choraram por ti, a tua mãe teve a coragem de transpor em palavras o seu sofrimento e render-te, assim, à sua maneira, uma homenagem profunda.

 

Eu, de quando em quando, dedico-lhe umas músicas e uns poemas e troco uma ou outra palavra com ela através do teu HI5, página que ainda perdura, passados já quase três anos após a tua morte, ativa e repleta de mensagens dos teus amigos (sobre) vivos. Não imune à julgamentos alheios era tudo isto que me corria no pensamento enquanto te escrevia estas palavras num teclar premente, violento e ruidoso como que a demonstrar a minha fúria para com Deus; afinal de contas, havia-te levado a ti na flor da idade vítima de uma doença fruto de convencionalismos sociais e deixara para trás uma família inteira a chorar-te, uma mãe em luto para todo o sempre, páginas de uma vida por escrever.

 

Preparei-me psiquicamente para te dizer " Lamento Inês, lamento que a ceifeira te tenha levado a ti quando deveria ter sido eu a ir no teu lugar. Lamento-o profundamente, Inês, porque, por ti ,muitos lágrimas foram choradas e por mim ninguém iria chorar. Eu seria como uma passageira clandestina nos carris da vida, uma passageira ao vento por quem ninguém daria falta." Tal como tu, as cinzas também sempre foram a minha primeira opção; cinzas atiradas ao vento (as tuas foram enterradas) que cairiam para sempre no esquecimento...

 

Era este o meu estado de espírito esta tarde, imbuída de um sentimento de culpa, esvaída em lágrimas e a aclamar por uma calamidade qualquer que me levasse para o outro lado de lá...

 

Era este o meu estado de espírito esta tarde; eu a chamar a morte para me vir buscar e a enaltecer o seu poder de ceifeira de vidas e sabes que mais Inês ?

 

Não é que a morte me bateu mesmo a porta?

 

Mas mais uma vez o raio da ceifeira não veio no meu encalço...Aparentemente ouviu-me chamá-la mas tirou mais uma vida e, desta feita, a alguém que também tinha muito para viver e, sem sombras de dúvida alguma, não merecia morrer...

 

Sobrevivendo por entre os escombros, tal e qual, uma exilada de guerra encontrei guarida numa jovem idosa dos seus sessenta e sete anos, que aliás, também se encontrava bem familiarizada com a tua história e que, depressa, encontrou em mim uma neta de substituição...Eu, eterna, órfã de vida apaixonei-me rapidamente por aquela senhora vivaça, energética e de espirito indomável e jovial. Desde o inicio e, quebrado o gelo, os nossos laços solidificaram-se rapidamente; passávamos horas ao almoço a conversar, ela a contar-me coisas da sua mocidade e excertos da sua vida e eu, em troca, partilhava pedaços da minha...Apaparicava-me como se faz a uma criança, trazendo-me guloseimas, roupas que via nesta ou naquela loja a condizer com estes ou aqueles brincos que eu usava. Recomendava-me sempre a via dos estudos e nunca deixava que uma luzinha de presença me faltasse, à noite, no Hall de entrada para quando eu chegasse, nem tão pouco um agasalho na cama ou na mochila, para quando eu saísse do Instituto. Perguntava-me sempre se já havia almoçado ou jantado e tornou-se, muito rapidamente, num espaço de meses, na minha companhia e naquela pessoa, com a qual, eu trocava as mais intimas confidências; por vezes passávamos horas a conversar!

 

Hoje, cruzamo-nos no Hall da casa por volta do meio-dia. Vendo-me de cara amarrada perguntou-me relutante " Que foi dorminhoca, dormiste mal? Estás com um ar maldisposto! " Eu anui com a cabeça em jeito afirmativo, contando-lhe que acordara assim desassossegada do espírito e que tivera um pesadelo mal...A noite passada havíamos ficado as duas até as duas da manhã na sala-de-estar fazendo zapping nos canais e conversando acerca de tudo e de nada; um dos temas que surgiu com alguma pertinência foi a morte: falei-lhe na morte da minha mãe / na da Ana, esposa do meu pai,  enfim de como todo aquele ambiente fúnebre me havia alterado e tocado. Ela, por sua vez, falou da vida, das férias que ainda queria fazer, do passeio, ao qual, íamos as duas de Sábado à oito e dos seus eternos pretendentes. Eu queixei-me do Tomás (para variar) e ele também foi mote de conversa explicito...

 

Hoje, tive uma dessas crises depressivas, em que te escrevia o meu desalento para o expor no Facebook, e desabafar um pouco.

 

O meu desalento de final de tarde deu lugar a dor ao início da noite; chorei durante horas a fio, num crescendo de intensidade que me assustou. Só parei de chorar quando fui vencida pela exaustão física e a minha dor encontrou um corpo em frangalhos incapaz de dar vazão a qualquer sentimento. Hoje, não necessito de me olhar ao espelho para saber que tenho os olhos completamente inchados e que o sono não virá ter comigo tão cedo...A simpática e jovial sexagenária desmaiou-me no chão e aí encontrou a sua morte: o seu coração parou repentinamente, assim, sem pré-aviso, sem conceder um simples sinal que fosse a mim ou a ela...

 

Nas últimas horas revisitei a minha última semana com ela, tentando encontrar algo que explique a paragem do motor mas estou extenuada fisicamente e sinto-me já incapaz de chorar ou de raciocinar sequer: não consigo encontrar nada! A simpática e jovial sexagenária sentira falta de ar a meio da semana mas deslocara-se ao S. João e aí fora medicada convenientemente vindo para casa pelos seus próprios pés...Hoje, sinto-me culpada...Estava deprimida / maldisposta e ela stressada e apressada, creio que nem nos despedimos convenientemente uma da outra...

  

Por ora, apenas tenho algo a dizer-lhe Inês:

 

" Obrigado Dª. Helena, mil vezes obrigado, por me ter acolhido, tão ternamente, sob o seu teto e me ter administrado lições de vida imprescindíveis. Obrigado, por toda a atenção que me dispensou e por todos os almoços que me proporcionou. Obrigado, por todas as conversas de mãe-filha que tivemos e obrigado por me ter escolhido a mim para partilhar o seu dia de anos com uma garrafa de um bom vinho verde e um bacalhau à Brás...Obrigado por tudo! Jamais poderia supor que fosse partir da minha vida tão cedo e tão abruptamente...O Scobby e o Rafeiro não me largam. Trouxe-os para dentro. Hoje, excecionalmente, dormiram comigo. A porta do seu quarto está trancada e eles fixam-na, incessantemente, a espera de a ver sair de lá em trajes de noite para os presentear com um pedaço de carne. As suas netas vieram consolar-me (tinha razão, a Lau é um amor) e as suas filhas e genros foram muito compreensivos para comigo. A sua filha mais nova, Paula, estava um farrapo, incrédula, agarrada a todas as suas vestimentas; percorremos todo o seu quarto a procura dos seus exames médicos porque sabemos que não queria ser autopsiada. A sua vontade foi feita. Creio que chegamos a tempo. Eu ficarei por aqui mais um mês e todos os dias irei aguardar que me entre por uma das portas e me pergunte " Então filhota? " Por ora, não consigo dormir, e sei que não o farei tão cedo. Já sabe como é o Tomás, ficou também ele incrédulo, e incapacitado de me dar algum apoio que seja. Terei, mais uma vez, de enfrentar isto tudo sozinha. Vele por mim ,aí em cima, dê um beijo a Inês e a minha mãe se as encontrar ,e peça-lhes para que também elas me abriguem sob as suas asas...Obrigado, Dª Helena! "

 

04-09-2010

 

7:13 Da Manhã

 

Vanessa Paquete 2014 ©

All Rights Reserved

 

GOING UNDER

 

 

 

{#emotions_dlg.unknown}Lembras-te disto? Escrevi-te alguns meses após abandonar Leça. Já andava nas minhas andanças nómadas de " 10 Rooms With a View " (excelente título para um livro não?). Estou a brincar, tal significa apenas, que te escrevi esta missiva, quando iniciei a minha longa jornada por 10 quartos alugados e 10 mudanças de freguesias. Foi complicado. Na altura, sentia-me tão só, que apenas encontrei em ti um refúgio para desabafar, e, como tal, lá foste tu, novamente, o recetáculo das minhas confissões. Aos 28 anos de idade, ainda parecia uma rapariga muito "naïve"; não achas? Tão prendada nas suas palavras para contigo; tão repleta de bons agouros para com a tua vida; tão agradável na sua estima; tão devota a tua felicidade; tão carente do TEU RESPEITO! Poderia dizer-te, todavia, talvez, que fora um papel encenado para cair nas tuas boas graças (como mais tarde toda a gente o reivindicaria " Cuidado, Tiago, as missivas dessa criatura para ti, mais não passam do que artífices engenhosos de se apropriar da tua alma, apelar ao teu coração, para depois te lançar o seu feitiço de amor e enredar-te na sua teia malévola de amor eterno) Ah, meus caros, antes tivesse sido. Porém, não sendo eu uma pupila ou discípula de nenhuma feiticeira Wicca, e, sendo o Tiago, por sua vez, uma barreira inacessível, nenhuma palavra por mim escrita, proferida, ou qualquer ato pagão empreendido no auge da madrugada teria vergado aquele coração. Ante a minha pessoa, nunca houve perigo, e, as minhas cartas de amor para o Tiago eram genuínas e cheias de sentimento. Patéticas, sim! Escritas por uma ridícula apaixonada, míope e roliça, que acalentava sonhos de " estórias de encantar ", mas, sinceras! O que se seguiu foi um cansaço in extremis de ser tão ignorada, Voilá, não sou perfeita. Também colapso ante a “arte da espera”, e, face tal, bom, sou apenas humana, com uma dose bem agravada de defeitos e falhas de carácter. E cada desilusão minha, pareceu arrancar-me um pedaço do meu coração, golpeá-lo incessantemente e cruelmente, como se de um massacre se tratasse, e depois, nada mais restou desse meu coração. E ali jaz ele prostrado no chão, ainda, passados tantos anos… Em seu lugar, comprei um novo acessório para o meu peito; conseguem adivinhar? Uma estalactite das mais cristalinos que existem, mas igualmente, das mais afiadas também! 


Aqui fica o momento " Flashback"

 

09 de outubro de 2008

 

Tiago, neste dia como outro dia qualquer, preenchido por apenas 24 horas e composto por apenas duas cores (dia e noite)...Neste dia tão simples e banal, fruto do nosso quotidiano e igual a outro qualquer...Neste dia (9 de Outubro), há algo a simbolizar, algo a comemorar: o teu aniversário!

 

Acrescento a este dia tão especial um desejo que me é constante e que está sempre presente em mim:

 

- Que todas as ruas em que triste tenhas entrado, tenham uma saída feliz;

 - Que toda a seta que atires, atinja o alvo certo;

 - Que todos te paguem com o BEM, mesmo até aqueles a quem MAL, porventura, possas ter feito;

 - Que todas os caminhos percorridos te conduzam a um patamar superior de autoconhecimento;

 - Que todas as pedras encontradas no meio do caminho se transformem em SABEDORIA;

 - Que, por justiça, parentes te amem e uma mulher te sussurre ao ouvido os seus votos de amor e parabéns;

 - Que tenhas todos os teus amigos em teu redor e que nada nem ninguém te falte... 

 

E, por último, que surja, futuramente, a realização em total plenitude de todos os teus sonhos, anseios e aspirações. São estes os mais sinceros votos de uma mulher que cresceu diante dos teus olhos e a tua custa se transformou numa pensadora analítica, numa escritora mediana, numa poetisa multilingue, numa mulher de caracter incompreendido mas personalidade forte...

 

Quando a vida me sufoca, ou a desilusão e a dor me atingiram em cheio existe uma pessoa, ante a qual, eu me expresso. Talvez por saber, de antemão, que não obterei qualquer resposta me seja mais fácil rasgar-me em nudez e transparência ante um estranho.

 

Aos olhos dos outros torna-se patético. Aos teus idem aspas. Aos meus olhos é um ato de fé e coragem (já o referi por mais do que uma vez).   

 

Por todo este parágrafo atrás citado, este ano, e pela 1ª vez em 17 anos, dedico-te estas pequenas palavras e dou-te os MEUS PARABÉNS porque tu és importante! A vida é muito curta e efémera e infelizmente para muitos é alimentada de ódios e rancores...

 

E eu sou apenas humana e como humana que sou também eu cai ante sonhos de luxúria e vaidade, rasgos de vingança ante o passado, exibicionismo exacerbado, indiscrição plena à custa de um momento de glória... Um dia menti-te ao dizer-te que abdicara dele… Menti-te acerca de muitas outras coisas mais... E ocultei-te uma verdade acerca das minhas origens...Nunca tive coragem de ta revelar à custa de juízos de valor...

 

Tu jamais compreenderás o que me liga a ti e eu jamais explicar-to-ei.

 

Sou uma péssima diplomata...Um verdadeiro desastre a desculpar-me ante os outros...Não possuo o dom da comunicação oral e quando escrevo não possuo o dom da síntese. Mesmo assim tento ser honesta para comigo própria (no mínimo). A custa dos meus valores e da minha honestidade exacerbada escolhi uma vida de solidão. Amei duas ou três pessoas mas nunca lhes ocultei quem eu era e isso fez com que eles se magoassem/ se desiludissem e, posteriormente, me abandonassem.

 

E a desilusão é amarga, Tiago, sabe a fel...

 

Nos meus sonhos gosto de me imaginar como um pássaro livre, ferido na asa, mas sequioso de voar...

 

Hoje já não te minto nem me iludo mais...

 

Perante um mundo cibernauta sinto que já ajustei algumas contas com o meu passado mas não que a minha dívida esteja, por completo, saldada. Era aquela que eu via nos meus sonhos nos meus 13/14/16 e 18 anos de idade quando percorria amiúde os corredores da Secundária de semblante fechado e sempre cabisbaixa.

 

Muitas pessoas escreveram-me a dar-me os parabéns. Outras quiseram encontrar-se comigo, inclusive, para saber o que é que tinha operado tal transformação. Muitas perguntaram-me se fizera um workshop, que fotografo contratara, a que SPA me dirigira, que dieta milagrosa seguira...Enfim, tantas estupidezes e futilidades, das quais, nem o próprio Diabo lembrar-se-ia. A todos respondi sucintamente...Não fora a nenhum SPA nem recorrera a nenhum centro de estética...Simplesmente crescera/ evoluira/ mudara as minhas feições (quiçá), tornara-me numa mulher.

 

Tinha a arte e o engenho/ a criatividade e a imaginação e possuía algo muito maior: a força! Um dia lembro-me de te ter dito em silêncio algures lá para meados dos anos 90 nos meus dezasseis anos de idade: " Hoje vês-me a chorar, com o rosto enxuto de lágrimas e um nó na garganta. Vês-me desengonçada e curvada que nem uma corcunda. Não lês as minhas palavras nem me ouves quando te sussurro. Não conheces o brilho do meu olhar nem a transparência da minha alma. Não conheces a cor do meu espírito nem a beleza do meu sorriso. Amanhã ver-me-ás altiva, de olhos postos no céu. Verás o meu olhar cintilante e far-te-ei mergulhar no azul da minha íris. Conhecerás o meu sorriso e dar-te-ei as minhas palavras. Um dia verás quem eu realmente sou. "

 

E assim se criou o meu mundo cibernauta!

 

E após 3800 visitas e não sei quantos convites para agências de modelo, publicidade, one night stand & love affairs, encontros furtivos e, inclusive, prostituição o meu mundo veio todo abaixo... Era católica de gema...Com uns alicerces cristãos mais bem implementados que o próprio templo de Salomão...Abolia por completo as curtes rápidas e os encontros em bares e discotecas, abolia a venda do corpo de uma mulher por achá-lo um sacrilégio e um atentado contra a minha moral... Senti-me suja, quase que como se estivesse exposta numa montra de uma das ruas de Amesterdão, embora de mim, nem fotografias escandalosas existissem sequer mas aquela era o mundo em que vivíamos...

 

Do outro lado do ecrã trocavam-se piropos e mandavam-se mensagens a pessoas, das quais, nada conhecíamos a não ser o rosto, o corpo, a maquilhagem, a indumentária e os bares que frequentavam...Depressa aquela rede social se tornou, para mim, numa espécie de mundo cibernauta frio e animal, do qual, eu não fazia parte, embora ainda hoje me encontre lá.

 

O meu mundo cibernauta foi criado de MIM para TI...

 

É uma confissão algo franca e muito invulgar mas totalmente verdadeira. Cada fotografia lá exibida esconde uma história por trás relativa a minha adolescência ou a um sonho que tive enquanto miúda do Secundário apaixonada por ti. Os meus slides shows eram a prova viva disso. Cada um deles era acompanhado por uma música precisa e exata que te tentava transmitir algo. Aquela foi a minha maneira de "falar" contigo.Já o havia feito em carta e depois, estas novas tecnologias, deram-me a possibilidade de, no fundo, " OLHAR-TE OLHOS NOS OLHOS"

 

Vou ser-te franca...Odeio cruzar-me contigo no meio da rua. Odeio-o desde que te escrevi aquela carta. Sei que tu te sentes mal quando isso acontece...Sei que não gostas de me ver...E eu própria também não gosto de te ver...Sinto-me mal, fico estúpida e agora sinto-me nua perante ti porque se lês isto que eu te envio sabes de mim mais do que, alguma vez, eu fui capaz de confessar a alguém... Sou muito diferente de ti e das mulheres que te rodeiam.Tenho a sensibilidade a flor da pele, esqueletos no armário QB e dilemas atrás de dilemas por resolver...

 

Queria ser muita coisa na vida...Talvez a ambição desmedida me tenho pregado uma rasteira. Por vezes, pareço o D. Quixote a lutar contra moinhos de vento invisíveis. Sei que amas e és amado, portanto, encontras-te no caminho certo...O meu sempre foi um percurso errático, à exceção de sete anos de interregno e paz consumada num relacionamento simples e tranquilo.

 

FELIZ ANIVERSÁRIO TIAGO!

 

São estes os mais sinceros votos de uma mulher que, embora esteja bem longe da vista, ainda pensa em ti!

 

 

 

Vanessa Paquete 2014©  All Rights Reserved

 

PS: Eu só desejo que fique tudo registado em caso de eu não me safar; compreendem? É que, por vezes, acho que esta reencarnação não me vai correr muito de feição. Eu não sou do gênero de mulher de ficar a espera, por anos indeterminados, aprisionada na solidão e em quartos alugados na miséria, sem família (sim, esse é um ponto que vou tocar muito), que o amor me venha recapturar. Se o meu comboio já passou, e eu não fui capaz de o apanhar, apenas peço a Deus que me liberte, mas, Deus anda a matar inocentes, ao invés, de inúmeras pessoas que querem realmente despreender-se da vida... Se pelo menos, Ele compreendesse isso... A canção, bem, " O Monte dos Vendavais " é uma das minhas obras de eleição, embora tenha sido, a única obra da escritora Emily Bronte, é, indubitavelmente, um clássico da literatura a não perder. De salientar que as adaptações cinematográficas muito deixaram aquém, à exceção, da produção de 2009 do canal ITV que é soberbo ( o mesmo que passa o Downtown Abbey ), como se tu soubesses alguma coisa disto ( ??? ) ...{#emotions_dlg.sidemouth}